[vídeo] Irrigante dá lição de alta produtividade em pequeno espaço no Sergipe Rural

O Sergipe Rural, da Aperipê TV, foi até o Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, conhecer um pouco mais o agricultor Nilson Araújo que trabalha há 22 anos no seu próprio lote, completamente cultivado com verduras, legumes e frutas mantidas com a água de irrigação pública e sob a orientação técnica da Cohidro.
Ao utilizar técnicas como a fertirrigação e o sistema de gotejamento, o produtor consegue aproveitar 100% da sua área utilizada para plantio, garantindo assim, o sustento de sua família com a comercialização destes produtos. Confira o vídeo.

[perfil] Agricultor irrigante Nilson dá lição de alta produtividade em pequeno espaço

Dos restos e perdas da horta, produtor do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, ainda mantém criação de 100 galinhas em parceria com o sogro

Nilson Araújo [Foto: Gabriel Freitas]
Agricultor do Perímetro Irrigado Piauí, Nilson Araújo trabalha há 22 anos no seu próprio lote, completamente cultivado com verduras, legumes e frutas mantidas com a água de irrigação pública e sob a orientação técnica da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro. Pelo aproveitamento de 100% de sua área e utilizando técnicas como a fertirrigação e o sistema de gotejamento, o produtor consegue o sustento de sua família – ele, esposa e dois filhos – com a comercialização destes produtos. Todos eles residem junto ao lote, no povoado Limoeiro, município de Lagarto, a 76 km da capital sergipana.

A rotina intensa de trabalho de Nilson vai de domingo a domingo: plantando, cultivando, colhendo e fazendo a entrega, ou recebendo os próprios compradores para colher os frutos na sua propriedade. “Hoje o que eu produzo, vendo direto para o comprador”, conta. A freguesia ele viu crescer após a inauguração do Mercado Municipal José Correa Sobrinho, entregue pelo governo do Estado à população de Lagarto em 2016. Hoje, a comercialização da sua produção é exclusiva para os varejistas do setor de hortifruti do mercado público. Tudo que não se tem aproveitamento na venda [cascas, folhas, caules, ramas e perdas da horta], o agricultor destina integralmente à criação de cerca de 100 galinhas caipiras, mantidas no lote do sogro.

Nilson possui 0,66 hectares de terra irrigada que, segundo ele, “tem de tudo um pouco: tomate, brócolis, berinjela, abobrinha, jiló, quiabo, pepino, mamão e macaxeira”. Para o agricultor, essa plantação variada foi uma aposta proveitosa, quando comparada aos investimentos que ele havia feito anteriormente. “Eu deixei de plantar o fumo porque não era rentável, então achei melhor plantar de tudo um pouquinho para aproveitar mais. Se eu fosse produzir só um plantio poderia tomar mais prejuízo”, justifica. Tirando a macaxeira, o produtor escolheu espécies vegetais que permitem o aproveitamento de uma mesma planta para executar diversas colheitas semanais e por um período contínuo, que pode chegar a três meses. Isso lhe garante uma propriedade onde praticamente todo dia tem algum produto para colher.

José Américo é o técnico agrícola da Cohidro que dá orientação no cultivo do lote de seu Nilson. “Eu acompanho Nilson há mais de 15 anos. Acompanho com recomendações técnicas e, quando ele precisa de mais alguma coisa, como um receituário agronômico para uso de defensivos agrícolas ou documentação relacionada ao perímetro irrigado”. O técnico conta que Nilson também já atuou como produtor fornecedor no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade ‘Doação Simultânea’. O agricultor e os demais sócios da Associação de Produtores Irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí – Appip recebem da Conab pelos alimentos entregues para instituições como asilos, creches, hospitais ou que atendem pessoas em situação de insegurança alimentar.

“A Cohidro está de parabéns, pela orientação e ajuda. Sempre que a gente precisa eles (os técnicos) estão junto, auxiliando”, disse o agricultor, que passou a pagar a tarifa através da qual a Cohidro partilha com os irrigantes o custo com a energia elétrica usada no bombeamento. Nilson também não descuida e sempre busca se adaptar às novas tecnologias utilizadas no campo. Há quatro anos, a irrigação do seu lote é feita por sistema de mangueiras de gotejamento e, de acordo com ele, ficou ainda mais fácil e melhor para o cultivo das suas produções. “Já utilizei a irrigação de outras formas, mas a irrigação feita por cima, com aspersores, dá mais trabalho. Tenho ainda a fertirrigação, mas ela só é usada no quiabo”, concluiu.

Última atualização: 8 de julho de 2020 10:51.