Barragens cheias animam produção irrigada em perímetros estaduais

Perspectiva é de não faltar água para produção agrícola nos períodos de estiagem.

José Valdeir [Foto: Fernando Augusto]
As barragens que fornecem água aos perímetros irrigados de Poção da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, em Malhador; Piauí, em Lagarto; e Jabiberi, em Tobias Barreto, estão cheias graças ao período de chuvas contínuas no estado de Sergipe. Esta notícia afasta o risco de desabastecimento hídrico nos períodos de escassez de chuvas, regularizando a situação da irrigação pública ofertada pelo Governo do Estado nestes polos de produção agrícola. Já entramos na segunda quinzena do mês de agosto, quando em anos anteriores esses reservatórios já tinham começado a ser usados para a irrigação, e a chuva ainda cai, mantendo o nível máximo das barragens e dispensando a rega das plantas na maioria dos dias.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), é sempre neste mês que as chuvas se tornam menos frequentes e as lavouras voltam a ter necessidade de serem irrigadas, quando se retoma o serviço de irrigação nos seus perímetros irrigados. Para o engenheiro agrônomo desta empresa pública, Paulo Feitosa, este serviço tem uma grande importância socioeconômica para o Estado.

“Em repetição, anualmente, são áreas plantadas de em torno de 6.000 hectares irrigados. Nessas áreas, a exemplo de 2021, colhem mais de 90 mil toneladas de produtos agrícolas dos campos irrigados, isso praticamente está beneficiando por volta de 1.500 pequenas famílias, já que aqui a nossa base é a produção familiar”, destacou Paulo Feitosa. No ano passado, o valor da produção dos agricultores atendidos pelos seis perímetros estaduais foi de mais de R$ 137 milhões. “Isso é de extrema importância não só para as pessoas que vivem disso, o pequeno produtor, mas toda a movimentação da economia local, porque dentro da produção agrícola você envolve maquinários, assistência, insumos, adubos, sementes etc. Então, nisso tudo há uma movimentação dinâmica muito grande no local e no regional”, concluiu o agrônomo da Cohidro.

Agricultor irrigante que produz com a água fornecida pelo perímetro Jacarecica I, José Valdeir dos Santos está satisfeito com a chuva caindo ainda em agosto, esperançoso para um verão de grande produção, com a água que a barragem cheia acumulou. “Melhor assim, porque nós aqui plantamos no período de verão, então o período de inverno estamos quase parando. Só algumas lavouras que aguentam chuva, como o pepino e a alface, que precisa da terra bem molhada. [A barragem cheia] a gente vê assim com muita alegria. Sofremos tanto com a seca que tivemos, e agora ver ela assim transbordando, é só saúde agora, para começar um verão com força total. Quando tirar aqui agora [o pepino] vai ser a batata-doce, que é a mais plantada durante o verão. Ela e o amendoim”, adiantou.

Segurança Hídrica
O engenheiro agrônomo Paulo Feitosa, com base no acompanhamento feito pela própria Cohidro e pela Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, reforça que todas as barragens administradas pela empresa estão com 100% do volume útil reservado. “Neste ano, graças a Deus, todos os reservatórios verteram durante um bom tempo e alguns ainda continuam. Isso praticamente está assegurado [água] para, talvez, até o próximo inverno. Nós estamos com uma perspectiva muito boa e não visualizamos carência hídrica para a atividade advinda desses reservatórios. São cinco barragens do Estado que têm a finalidade de fornecer água para a irrigação, no caso da exploração agrícola, principalmente de culturas olerícolas. Sendo que quatro delas destinam-se também para o consumo humano”, destacou.

[vídeo] Sergipe Rural mostra produção de limão para exportação no Platô de Neópolis

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No último dia 06, a  Aperipê TV  veiculou o programa Sergipe Rural  com reportagem mostrando a produção de limão Taiti tipo exportação no Platô de Neópolis. Até 70% da produção do lote empresarial é exportada para a Europa, com certificação internacional. São 425 hectares de limoeiros, em que trabalham mais de 300 pessoas, entre colheita, seleção e embalagem dos frutos para exportação. A expectativa é que esses números cresçam mais 15% nos próximos dois anos. No Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis, São 53 km de canais, quatro estações de bombeamento e 54 reservatórios abastecidos pelas águas do Rio São Francisco.

A Cohidro é a permissionária dos 41 lotes empresariais do Platô e fiscaliza os contratos de concessão dos lotes, desde sua funcionalidade de gerar emprego e renda na região, até o resguardo das Áreas de Proteção Permanente (APPs), sob a gerência do engenheiro agrônomo da companhia estadual, Paulo Feitosa, entrevistado pela reportagem.

Platô de Neópolis exporta limão Taiti irrigado para o mercado europeu

Lotes empresariais geram mais de 3.500 empregos diretos no empreendimento mantido pelo Governo do Estado

[Foto: Fernando Augusto]
Em Japoatã, um lote irrigado do Platô de Neópolis colhe, diariamente, três mil caixas de limão Taiti com alto padrão de qualidade, respeitando normas sanitárias e com o uso de defensivos restritos aos aceitos no mercado europeu, que absorve 70% desta produção há cerca de dez anos. São 425 hectares de limoeiros, em que trabalham mais de 300 pessoas, entre colheita, seleção e embalagem dos frutos para exportação. A expectativa é que esses números cresçam mais 15% nos próximos dois anos. A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) é a permissionária dos 41 lotes empresariais do Platô e realiza sua fiscalização, além de ceder a infraestrutura de irrigação, que é administrada pela Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis (Ascondir).

São 53 km de canais, quatro estações de bombeamento e 54 reservatórios abastecidos pelas águas do Rio São Francisco. A Cohidro fiscaliza os contratos de concessão dos lotes, desde sua funcionalidade de gerar emprego e renda na região, até o resguardo das Áreas de Proteção Permanente (APPs), sob a gerência do engenheiro agrônomo da companhia, Paulo Feitosa. Ele conta que o Platô de Neópolis, hoje, é destaque na produção de limão. “É um comércio bastante relevante e de suma importância, por sua escala de produção e de comercialização, praticamente toda exportada e muito consumida na Europa. Aqui, a Cohidro age por meio de operação e assistência técnica; nós gerenciamos os contratos, acompanhamos o desenvolvimento dos lotes e um dos objetivos maiores que nós conseguimos é o desenvolvimento socioeconômico do empreendimento”, explica.

O limão Taiti do Platô chega ao seu destino, na Europa, em containeres refrigerados levados por navios que embarcam nos portos de Salvador/BA e Natal/RN. Antes, existe todo um trabalho de plantio das mudas, manejo dos pés de limão e colheita. Reginaldo de Almeida atua nessas etapas há quase sete anos. “É importante demais esse serviço para todos os funcionários e os trabalhadores aqui da região, para levarmos o pão de cada dia para casa”, disse o trabalhador rural, se dizendo feliz com o trabalho. Pela tecnologia utilizada nos tratos culturais, as plantas produzem o ano inteiro, empregando a maior parte da mão-de-obra do empreendimento. Mas o produto ainda passa por um processo de higienização e descanso de 48h, para que só os frutos sadios sejam encerados, selecionados por tamanho e formato, seguindo para embalagem em caixas e palets – etapa que emprega outra leva de funcionários.

Osmário Gomes é gerente na empresa concessionária do Lote 20 do Distrito de Irrigação Platô de Neópolis. Ele explica que a produção de limão tem a certificação fitossanitária internacional GlobalG.A.P. “Todos os nossos tratos culturais feitos hoje são no regime europeu. O uso de pesticidas na empresa acontece através dessa certificação. Desde o início, toda produção é feita mensalmente na intenção de colher 100% para a Europa. Sendo que, devido a esta seleção, nós conseguimos 65%, 70% de aproveitamento da produção. Aqui mesmo plantamos, colhemos e fazemos a seleção e mandamos direto para o porto. Garantimos emprego e renda, para muitas famílias da região. Eu sou filho dessa terra e hoje estou aqui, com 312 funcionários, e nós estamos ainda entrando em fase de início produção. Então a tendência é que contratemos mais gente, devido à demanda de produção futura”, afirma o gerente.

[vídeo] Agrônomo da Cohidro fala do Canal de Xingó no Jornal da Alese

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O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, veio a Sergipe no dia 23 para assinatura da ordem de serviço para elaboração do projeto executivo do Canal de Xingó. Por conta disso, o engenheiro agrônomo da Cohidro, Paulo Feitosa, foi convidado para uma entrevista durante o programa Jornal da Alese, na TV Alese, na manhã de segunda-feira (26).

Paulo Feitosa – que atua no planejamento dos perímetros irrigados da Cohidro, Platô de Neópolis e no projeto do futuro Perímetro Irrigado Manoel Dionísio, do Governo de Sergipe – explicou que a obra viria para otimizar o abastecimento de água nos dois perímetros estaduais no Alto Sertão [Califórnia e Manoel Dionísio], beneficiaria também o Perímetro irrigado Jacaré-Curituba, da Codevasf e teria oferta de água para a criação de outros projetos de irrigação nos demais municípios a serem banhados pelo novo canal.

Sergipe Rural mostra o Platô de Neópolis

A equipe do Programa da TV Aperipê que foi ao ar neste sábado esteve no distrito de irrigação, mostrando a realidade do empreendimento público sob concessão ao agronegócio. Lá, gera-se emprego e renda, ao mesmo tempo em que se produz itens para o mercado interno e exportação – principalmente no ramo da fruticultura. Toda a infraestrutura do Platô de Neópolis pertence ao Governo de Sergipe, patrimônio da Cohidro, que exerce o papel fiscalizador do uso do bem público e das APPs.

Lote do Platô de Neópolis se prepara para exportar manga à Europa

O Programa Sergipe Rural, da TV Aperipê, fez reportagem sobre a iniciativa agro-empresarial que está adaptando a produção de mangas instalada no distrito de irrigação Platô de Neópolis, para a exportar para o mercado europeu. Segundo o agrônomo Paulo Feitosa da Cohidro, acompanha e fiscaliza a produção agrícola-comercial do Platô, a produção segue os passos de outra produção, em que a exportação de limão Taiti para a Europa está consolidada.

No Platô de Neópolis a Cohidro é a empresa estatal a quem pertence o patrimônio utilizado pelos 40 concessionários e desempenha a função fiscalizatória. As empresas concessionadas entre si administram o funcionamento da infraestrutura de 50 km de canais, quatro estações de bombeamento e 54 reservatórios abastecidos pela água do Rio São Francisco. Juntos produzem 570 mil toneladas anuais de produtos agrícolas e geram 5;600 empregos e permanentes. Antes do surgimento do platô, a área de 10.312 hectares só era explorada com a a monocultura da cana e de sequeiro, oferecendo menos de 1.000 postos de trabalho.

 

Do Platô de Neópolis vem quase todo coco verde do estado 3º maior produtor

Procura pelo coco verde é cada vez maior, seja para refrescar os turistas, seja para os adeptos da alimentação saudável – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Extensão de terra que ocupa um total de 10.312 hectares (ha), sendo 7 mil irrigável por sistemas de bombeamento e distribuição de água via canais, o Platô de Neópolis, que também se estende até o município vizinho de Japoatã, é uma área de exploração agrícola e infraestrutura que pertence ao Governo do Estado. É subdividido em 40 lotes empresariais em regime de concessão, que entre si administram o funcionamento do polo irrigado. Lá, prevalece a atividade da Fruticultura, com a produção de coco em destaque, alcançando 1795 ha e produção que se aproxima de 3,3 milhões de unidades por mês.

Quase 88% da área destinada ao plantio do fruto, no Platô, é ocupada pelo coco verde, que fornece a água de coco. O produto, vendido in natura ou envasado, conquista cada vez mais consumidores, impulsionados pelo turismo das praias nordestinas e pela população cada vez mais adepta à alimentação natural. Saudável, não engorda e é recomendado até na recuperação de pacientes hospitalares. A produção irrigada de Neópolis contribui com quase todo coco produzido em Sergipe, terceiro produtor no ranking nacional, com mais de 230 mil toneladas do fruto em 2016, segundo dados da pesquisa Produção Agrícola Municipal do IBGE.

Um só grupo empresarial concessionário do Platô ocupa 600 ha com os coqueirais e produz 1.000.000 de frutos por mês. Gerente desta área, Cláudio Dinisio Nascimento diz que o coco irrigado é um produto superior ao adquirido em plantações de sequeiro, com bem mais água por unidade. “A irrigação é o essencial, porque sem irrigação a gente não consegue ter essa produção, nem o volume de água por coco que hoje é uma média de 400 a 500 ml e tem coco até com 600 ml. Se não tiver água, o coco fica muito pequeno, um volume de 200 a 300 ml então não vale a pena produzir, não tem viabilidade. Um coco de péssima qualidade de 200, 300 ml não entra no mercado. Não tem viabilidade comercial. Então tem que ter água para irrigar a plantação de coco, água é essencial”, expõe o administrador.

Engenheiro agrônomo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Antônio Paulo Feitosa acompanha e fiscaliza a produção agrícola-comercial do Platô de Neópolis. Ele concorda que a alta produtividade se deve à irrigação fornecida pela infraestrutura estadual. “Irrigado, um coqueiro leva só três anos para crescer e começar a produzir. Nessa fase adulta, são de 250 a 300 litros de água/dia por pé, o que equivale de 2 a 3 horas de irrigação. Com este manejo de irrigação, o coqueiro dura mais. São 20 anos produzindo, em média. Como o Platô tem 22 anos desde que entrou em operação, atualmente temos os primeiros coqueiros plantados no início do projeto sendo substituídos por novos pés, que já iniciaram produção, a segunda geração”.

Cohidro
A Cohidro é a empresa estatal a quem pertence o patrimônio utilizado pelos concessionários do Platô. Ela desempenha a função fiscalizatória, quanto à execução dos contratos que os empresários têm com o Estado, a consumação da atividade produtiva e a geração de empregos, e ainda a garantia da preservação das áreas de proteção permanente (APP), em cada lote. Presidente da Companhia, Jorge Kleber Soares Lima, estabelece que em Neópolis a infraestrutura pública é explorada de modo diferente do aplicado aos perímetros irrigados.

“Primeiramente, o foco do Platô de Neópolis é a excelência em produtividade a partir da exploração da água do Rio São Francisco e isso exige alto grau de investimento técnico e de custeio mensal no bombeamento para irrigação. Um custo que seria oneroso para o Estado manter, como ocorre nos nossos outros perímetros. Essa elevada produção, de aproximadamente 570 mil toneladas anuais, gera divisas à Sergipe e ao Brasil, sendo parte exportada para outros países. Há certamente um reflexo imediato na economia local, pois nesses dois municípios abrangidos, são gerados 3.500 empregos diretos”, expôs Jorge Kleber.

Geovane dos Santos é um dos 120 funcionários que trabalham sob a gerência de Cláudio Dinisio no processo de colheita dos cocos verdes no pé, atividade que ocorre todos os dias nas plantações. A alta produtividade dos coqueirais quando somada ao mercado promissor, como grande procura pela água de coco, cria também terreno para melhores rendimentos aos trabalhadores. Nessa empresa, por exemplo, tem sido possível de até prover um décimo quarto salário anual aos operários. “Significa muito, porque é o sustento de minha família. O que eu ganho aqui é para manter a minha família”, considerou Geovane.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, considera o modelo adotado no Platô de Neópolis o mais apropriado para a gestão dos perímetros públicos de irrigação. “O Estado delega aos produtores o papel de administrar e de autogerir o Projeto de Irrigação. Isso é possível no Platô em função das áreas de produção serem maiores, culturas comercialmente mais rentáveis, a exemplo da fruticultura, e serem organizados em uma associação, a Ascondir (Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis). Os produtores arcam com todos os custos de operação e manutenção do projeto, bem como pagam anualmente a ‘taxa de concessão de uso’ à Cohidro, conforme o estabelecido nos contratos”, esclarece.  

Paulo Feitosa é a personalidade agronômica em destaque

Engenheiro Agrônomo Paulo Feitosa da Cohidro (Foto: Ascom/Cohidro)

Antônio Paulo Feitosa, natural de Palmeira dos Índios – AL, casado com Elenilda Oliveira Feitosa, tem três filhos: André, Rodrigues e Henrique. Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco no período de 1971 a 1974, pós-graduado em diversas áreas, entre elas destaca-se a especialização em Engenharia de Irrigação e Drenagem ministrado pela Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande-PB, no período de fevereiro a dezembro de 1983.

Chegando à Sergipe, iniciou suas atividades profissionais em 01/04/1975, na Associação Nordestina de Crédito e Extensão Rural de Sergipe – ANCAR-SE, atuando como extensionista local na  COOPERGLORIA, em Nossa Senhora da Glória, até dezembro do mesmo ano. Promovido à Coordenador Regional, passou a exercer a nova função na cidade de Propriá, com as atividades voltadas para assessoramento aos técnicos locais, abrangendo oito escritórios e cinco cooperativas de pequenos agricultores, quais sejam: CAMURUPIM, COOBASF, ESPERANÇA, JARDINS E COOPERGLORIA, como analista de projetos agropecuários, entre outras ações inerentes à extensão rural.

Como segunda promoção, passou a exercer a função de Coordenador da Região Administrativa Norte, com sede em Propriá, com as atividades focadas no gerenciamento de programas e projetos, abrangendo os segmentos agropecuários, áreas irrigadas no Baixo São Francisco (CODEVASF), programas de desenvolvimento social rural e saúde animal, com atuação em 20 municípios.

Em 1980, promovido mais uma vez, passou a exercer funções de Assessor Técnico Estadual de Agricultura Irrigada, com sede em Aracaju; Assessor Técnico Estadual de Conservação de Solo; Assessor Técnico Estadual de Irrigação e Drenagem, tendo participado da implantação dos Programas PROVARZEAS e PROINE estadual na então Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Sergipe – EMATER-SE.

Matéria publicada na edição nº05, da Revista Aease (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe)

Em janeiro de 1991, designado pelo governo do estado de Sergipe, integrou o Grupo de Estudo e Projeto – GEP, na condição de analista de estudos e projetos de irrigação pública, nas fases de análise de pré-viabilidade, viabilidade e projeto básico, com a consequente elaboração de pareceres técnicos, num total de 10 projetos, anteriormente sob a responsabilidade da CODEVASF. Posteriormente os referidos projetos foram assumidos pelo governo do Estado, a partir de fevereiro de 1991. Dentre os projetos, destacam-se: Jacarecica II, com 820 ha irrigáveis; Jacaré-Curituba, com 3.250 ha irrigáveis e o Distrito de Irrigação Platô de Neópolis, para empresários agrícolas na exploração de fruticultura irrigada, com 7.063 ha, entre outros.

A partir de 1995 iniciou suas atividades na Companhia de Irrigação e Recursos Hídricos de Sergipe – COHIDRO, desenvolvendo trabalhos de assessoramento técnico aos sistemas hidráulicos dos perímetros irrigados do Estado, ações de monitoramento das barragens concernentes aos seus balanços hídricos. Posteriormente, representando a COHIDRO, assumiu o gerenciamento dos contratos dos concessionários no Distrito de Irrigação Platô de Neópolis, com atribuições voltadas para fiscalização, acompanhamento do desenvolvimento hidroagrícola dos lotes, num total de 40 contratos, além de prestar assessoramento técnico junto à Diretoria de Irrigação, desde 2010.

Ainda como atividades extra COHIDRO, destacam-se: membro efetivo do Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Sergipe, Japaratuba e Piauí; Membro suplente da Comissão Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Sergipe e Conselheiro do CREA por duas gestões, onde ocupou o cargo de vice-presidente por dois anos.

Atualmente vem desenvolvendo atividades junto a Secretaria de Estado de Infraestrutura, onde exerce a função de Coordenador Técnico dos trabalhos inerentes a elaboração do projeto básico e executivo de engenharia do Perímetro Irrigável Manoel Dionísio, no município de Canindé do São Francisco, realizado pela empresa PROJETEC e atuando também como analista dos segmentos agronômico e irrigação e como fiscal no desenvolvimento das ações de campo.

 

Cohidro adere ao ‘Dia do Rio’ em seus polos irrigados

Foto: Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Passando a valer a partir de ontem, 21, via a Resolução Nº 1.043 da Agência Nacional de Águas (ANA), o ‘Dia do Rio’ impõe a paralisação, todas às quartas-feiras e até 30 de novembro, em todas as captações feitas no Rio São Francisco, em barragens e principais afluentes, desde Minas Gerais até a foz, na divisa entre Alagoas e Sergipe.Salvo quando se trata de uso de água para consumo humano e dessedentação animal. O Governo do Estado de Sergipe, através de sua Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), atendendo a resolução já determinou esta suspensão no bombeamento do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco e no Platô de Neópolis.

A medida, tomada na 660ª Reunião Ordinária da Diretoria Colegiada da ANA, se vale da “grave situação de escassez hídrica ocorrente na bacia do rio São Francisco desde 2013, caracterizada pelas baixas precipitações (pluviométricas) com prejuízo para a reposição do estoque de água dos reservatórios”, e em seu artigo primeiro, estabelece que, “tendo em vista a situação de escassez hídrica na bacia, o Dia do Rio como medida de restrição de uso para captações em corpos d’água superficiais perenes de domínio da União na bacia hidrográfica do rio São Francisco que ainda não estejam submetidas a outras regras de restrição de uso mais restritivas”. A regra, que vai até o dia 30 de novembro, poderá ser prorrogada, “caso se observe atraso no início do período de chuvas na bacia do rio São Francisco”, acrescenta o documento publicado no Diário Oficial da União em 20 de junho.

No Perímetro Califórnia, há 213Km de Aracaju, segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, a determinação já está sendo adotada e não vai afetar a os beneficiados pela Empresa e nem das suas conveniadas, que utilizam do sistema de irrigação. “Em Canindé, diferente do dispositivo proibitivo a nós e que lá vale também para o Perímetro Jacaré-Curituba da Codevasf, a Deso pode utilizar-se de sua captação própria, sem prejudicar o abastecimento da cidade. Muito mais do que uma regra, punível com multas, será uma forma de nós, que utilizamos do ‘Velho Chico’ para desenvolver a Agricultura, contribuirmos com a reversão da situação de escassez de água em seu leito ou represas”, avalia.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir), João Quintiliano da Fonseca Neto, o impacto que possa ocorrer na irrigação dos dois polos irrigados da Empresa, passará a ser sentido só depois do fim do período de chuvas. “Por agora e desde abril, quando se iniciou um dos melhores períodos de chuva registrados em Sergipe, nossos perímetros têm permanecido praticamente todo tempo inoperantes quanto ao serviço de bombeamento de água até os lotes irrigados. A boa precipitação registrada elimina quase por completo a necessidade de irrigação em todo Estado”, observa.

Porém, ainda segundo João Fonseca, a estiagem vai chegar e com ela, a necessidade de religar as bombas. Para isso, o diretor considera que o manejo hídrico das lavouras, orientado pelos técnicos agrícolas da empresa e de parceiros, vai saber superar a suspensão de água das quartas-feiras. “Depois de agosto, provavelmente, quanto chegar ao fim o período de chuvas, é que esta paralisação da Resolução da ANA vá de fato interromper o fornecimento de água para a agricultura. Porém, nesses perímetros que utilizam do São Francisco dificilmente haverá prejuízos na produtividade, pois predominam as culturas de ciclo longo, como a fruticultura, que suportam mais de um dia sem irrigação. Já para as olerícolas, como a alface e o coentro, um dia sem água ainda é suportável. De toda forma, estaremos atentos para identificar qualquer necessidade orientar mudanças na forma de irrigar essas plantações, no decorrer dos outros seis dias da semana”, completou.

Platô de Neópolis
Distante 107km da capital, área e sistema de distribuição de água do Platô de Neópolis pertencem ao Governo do Estado através da Cohidro. Estrutura administrada pela Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação de Neópolis (Ascondir), que possuem a concessão pública para cultivar a terra e operar o sistema. Lá, predominam a fruticultura e a plantação de cana de açúcar, cultivos de ciclos longos e até resistentes a períodos maiores de que um dia por semana.

Antônio Paulo Feitosa, Engenheiro Agrônomo da Dirir, é responsável por gerenciar e fiscalizar a operação do polo irrigado e ontem esteve com os concessionários para oficializar a decisão que foi tomada no dia 19, pela ANA. “Fomos até lá só para dar certeza de que a Resolução estava em vigor, pois todos concessionários já estavam cientes da paralisação semanal. A paralisação da quarta nem precisou ocorrer ontem, pois como está chovendo bem, também na região de Neópolis, não houve necessidade de irrigação nesta semana”, informou.

 

Última atualização: 18 de junho de 2018 21:03.