[vídeo] Melão de alta produtividade é cultivado no perímetro Califórnia

#TBT de julho de 2022, quando o programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, esteve no Perímetro Irrigado Califórnia, para mostrar uma produção de melão de alta produtividade.

Melão que conta com técnicas de manejo fitossanitário, irrigação e de fertirrigação avançadas. A partir dos serviços de fornecimento de água de irrigação e assistência técnica disponibilizados pelo Governo de Sergipe, através da Coderse, a 333 produtores irrigantes de Canindé de São Francisco.

[vídeo] AgroSE mostrou cultivo de melão em pleno inverno inverno do Alto Sertão Sergipano

Espécie frutífera de cultivo ainda tímido em Canindé de São Francisco, o melão agora ganhou destaque no lote de Erivaldo Peixoto, atendido com água de irrigação e assistência técnica agrícola pelo Governo do Estado, através da Cohidro, no Perímetro Irrigado Califórnia, situado naquele município. Foi o que mostrou a reportagem do programa Agro SE, da TV Atalaia, em julho.

A dificuldade encontrada pelo produtor para emplacar o melão no Alto Sertão Sergipano foi maior, pois a sua lavoura vai passar a maior parte do seu ciclo produtivo (que leva torno de 75 dias) vai ser durante o inverno chuvoso. Época de maior incidência de pragas e doenças. Uma primeira lavoura — cultivada por Erivaldo Peixoto quase toda no período seco — alcançou um excelente produção: 25 toneladas de frutos de qualidade comercial, em 5 mil pés cultivados em 0,7 hectares. Sucesso que rendeu até a realização de um Dia de Campo.

[Vídeo] Melão de alta performance é mostrado em Dia de Campo em perímetro da Cohidro no Alto Sertão

O programa Estação Agrícola, da TV Sergipe, neste domingo (22) destacou o Dia de Campo sobre o Cultivo do Melão Amarelo no Alto Sertão, realizado no lote do agricultor Erivaldo Peixoto. Ele é atendido com água de irrigação e assistência técnica agrícola pelo Governo de Sergipe no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. 

Estudantes de nível técnico e superior, além de outros agricultores, puderam conhecer toda a técnica utilizada pelo produtor irrigante em sua lavoura de alta performance. Utilizando, sob orientação da Cohidro, a fertirrigação e a irrigação localizada, por mangueiras de gotejamento. 

Perímetro estadual realiza Dia de Campo sobre cultivo irrigado de alta performance do melão

Participantes foram orientados sobre procedimentos e insumos utilizados na lavoura

[foto: Fernando Augusto]
Espécie frutífera de cultivo ainda tímido em Canindé de São Francisco, o melão agora ganhou destaque em um Dia de Campo realizado na última semana, no lote de Erivaldo Peixoto, atendido com água de irrigação e assistência técnica agrícola pelo Governo do Estado no Perímetro Irrigado Califórnia, situado naquele município. Estudantes de nível técnico e superior, além de outros agricultores, puderam conhecer toda a técnica utilizada pelo produtor irrigante, que comparou os resultados do melão amarelo, cultivado com a água do perímetro e solo do Alto Sertão Sergipano, ao que ele cultivava tempos atrás, em Pernambuco.

“Aqui eu estou achando melhor porque a terra é suficiente. Ele já se habitua, a terra já tem o nutriente chamado potássio, que dá o ‘brix’ do melão, essa coloração boa que ele tem. E temos uma área muito boa de água e que tem menos pragas”, adianta seu Erivaldo, que no perímetro Califórnia colheu 25 toneladas de frutos de qualidade comercial, em 5 mil pés cultivados em 0,7 hectares.

Todo o ciclo produtivo de 67 dias da lavoura do melão — cultivado com o uso de moderno sistema de irrigação por gotejamento e uma completa ‘dieta’ de nutrientes aplicados via fertirrigação — foi orientado e anotado por técnicos da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro); empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e que administra o perímetro Califórnia. A exposição deste levantamento, e principalmente as impressões descritivas do agricultor, foi o conteúdo programático do Dia de Campo.

Tarcila Silva, estudante de Engenharia Agronômica no Instituto Federal de Alagoas, Campus Piranhas, considerou o Dia de Campo do Cultivo Irrigado do Melão bastante proveitoso, por conciliar a teoria da sala de aula com a prática. “Lá na frente, isso vai contribuir muito. O mais interessante foi ver o produtor explicando”, avaliou.

No Curso Técnico Agropecuária oferecido no Centro Estadual de Educação Profissional Dom José Brandão de Castro, em Poço Redondo, estuda Márcia Araújo. Para ela, o cultivo do melão como foi visto no Dia de Campo, pode oferecer uma rentabilidade maior ao agricultor. “Vou levar o conhecimento que eu aprendi hoje. E, com fé em Deus, algum dia aplicar quando eu me formar, para poder ajudar alguns produtores também”. Cursando o 3º ano do Técnico em Agropecuária, Giclecia Vieira considerou ótima a experiência que teve no Dia de Campo. “Eu pensava que o melão não dava aqui no Sertão, e hoje deu para ver que pode ser plantado e colhido”.

Práticas agrícolas
Luely Feitosa é engenheira agrônoma e professora do Dom José Brandão que acompanhou os alunos do Técnico em Agropecuária no Dia de Campo. Ela expõe ter lhe chamado a atenção a atuação do agricultor no Dia de Campo, como responsável por explicar os procedimentos adotados no ciclo da lavoura. “Tem agricultores que desenvolvem técnicas e práticas agrícolas, como uma técnica fantástica, e que nos ensina muito mais. Para nós, essa troca de experiência é riquíssima para o aprendizado, para o dia a dia do profissional, seja ele aluno ou professor. É fantástico e gratificante ver que tem um produtor rural que tem essa disponibilidade de dividir com a gente essa experiência dele, está de parabéns”, cumprimenta.

“[Em Pernambuco] onde eu plantava melão, tinha muita dificuldade com a mosca branca e o fungo chamado oídio. A gente gastava na média de R$ 16 mil a R$ 18 mil em um hectare de melão, e hoje aqui eu só gasto R$ 12 mil. Então, eu estou otimista com essa produção daqui. E tem o mercado em Caruaru (PE), em Recife (PE) e em Garanhuns (PE). Lá está faltando mercadoria. Se eu tivesse mais parceiros para plantar, tinha como escoar de dois a três caminhões por semana. E em Sergipe nós temos também, conseguimos escoar o melão para Itabaiana”, completou Erivaldo Peixoto, há 4 anos no perímetro Califórnia como produtor irrigante do Setor 05.

Diversificação
A assistência técnica oferecida pela Cohidro inclui a orientação por variar as culturas adotadas, para não haver superprodução e o agricultor encontrar dificuldade de escoamento. Segundo a gerente do perímetro Califórnia, Eliane de Moraes, aumentar a área cultivada com o melão só contribui com a tarefa dos técnicos da empresa. “Por exemplo, com o quiabo os atravessadores costumam baixar o preço de compra pelo excesso de produto. Dando uma margem de lucro muitas vezes insuficiente para o agricultor garantir o seu sustento. Apostar no melão agora, na uva e pera, como já fizemos em parceria com a Embrapa, pode ser uma saída para encontrar mercados com mais vantagem para quem produz”, afirma.

Funcionário da Cohidro e também estudante de Agronomia no IFAL de Piranhas, Tito Reis trouxe da academia a ideia e os métodos científicos para que a lavoura de alta performance do seu Erivaldo fosse tema de um dia de campo. “É ajudar o sistema de produção na diversificação de culturas, trazer o conhecimento da sala de aula. Na qualidade de acadêmico, funcionário da Cohidro e técnico em Agropecuária que sou, tenho a preocupação em trazer a melhoria da qualidade produtiva para dentro do perímetro Califórnia. Aplicando as práticas; os tratos culturais e fitossanitários; melhorando a qualidade do solo, para que o solo venha produzir mais; todo o acompanhamento técnico que a gente desenvolveu, passando para o produtor o nosso conhecimento, para que eles possam produzir com qualidade e com regularidade”.

Estudantes de Alagoas fazem visita acadêmica em perímetro irrigado estadual em Canindé

Aula prática foi em plantações de uva, pera, melão e tomate; irrigadas e assistidas pela Cohidro

 

Com o retorno das atividades educacionais à normalidade, após o período de isolamento social da pandemia, são retomadas as visitas acadêmicas dos cursos de tecnologias rurais. O Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pelo Governo de Sergipe em Canindé de São Francisco, sempre foi um destino bastante procurado para aprender como se dá a agricultura que ocorre durante todo ano, produziu em 2021 mais de 40 toneladas de alimentos e gerou em torno de R$ 44 milhões em renda para as 1.863 pessoas beneficiadas. Isso graças à irrigação e assistência técnica fornecidas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A Empresa pública, que administra o Califórnia, recebeu na última semana duas turmas de estudantes do curso Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), campus do município de Santana do Ipanema.

Maria Eduarda está no módulo 2 do curso de Agropecuária, achou muito interessante as produções de uva, pera, tomate e melão, que a sua turma no IFAL visitou no perímetro Califórnia, sexta-feira (06). “Tem uma organização, tem um planejamento, tem uma assistência, tem tudo que um produtor precisaria para desenvolver sua cultura. E foi muito positiva essa viagem para mim, e para os meus colegas, porque nós adquirimos bastantes conhecimentos. Oportunidade única, foi um sonho estar em Canindé, visitando o perímetro Califórnia. É algo muito desenvolvido, é surreal. O que eu tirei de positivo foi a humanidade dos produtores, são pessoas bem simples e legais, honestas, que vou levar para o resto da minha vida tanto profissional como pessoal. Por este dia maravilhoso, agradeço a parceria da Cohidro, pelo trabalho desenvolvido no perímetro irrigado, e pela disponibilidade da visita”.

A produção de pera e uva, hoje consolidadas, foram campos experimentais implantados em parceria com a Embrapa de Petrolina (PE). Já os campos de tomate e melão fazem parte de um trabalho de introdução de novas culturas e variedades, feito pelos técnicos da própria Cohidro. “Este tipo de visita é bastante importante para empresa, pois nós divulgamos o nosso perfil produtivo, as nossas condições produtivas. E para os alunos, que conseguem ver um trabalho sendo executado de forma prática, onde eles vivenciam, juntos dos técnicos e produtores, todos os procedimentos que eles viram em sala de aula de forma teórica”,considerou o funcionário da Cohidro, Tito Reis, que acompanhou professor e estudantes às plantações do Califórnia durante a visita técnica.

Doutor em Ciências Agrárias, Irrigação e Drenagem, o professor do IFAL de Santana do Ipanema, Vlademir Silva, foi quem trouxe os alunos e orientou a visita acadêmica ao perímetro da Cohidro em Canindé. Segundo ele, o objetivo era fazer os estudantes conhecerem a realidade de uma área produtiva. “Vão conhecer a cultura propriamente dita e ela se desenvolvendo dentro de uma área irrigada. E para eles entenderam também como é que funciona um plantio, desde a semente até a produção. Também vem a realidade do produtor, as dificuldades que se tem em nível de instalação de áreas de plantio, ainda mais em um momento de guerra e os fertilizantes caros. Outra coisa é entender: eu estou me formando para que? Para desenvolver essas áreas, para estar participando desse processo, pegar um nível de extensão e levar essas informações para esses produtores. Mas para que isso aconteça, eles têm que conhecer isso”, analisou.

Para a gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, as visitas acadêmicas são vias de mão dupla, em que estudantes e agricultores saem ganhando. “A presença de estudantes e professores nos lotes, levando o conhecimento teórico, acaba contribuindo com o produtor e os nossos técnicos, que sempre têm algo para aprender nesta troca de conhecimentos. E o inverso também acontece, pois só o agricultor tem a vivência prática de lidar com a lavoura e sabe a forma como planta e solo se comportam. Por isso, sempre fazemos um esforço extra para receber esses visitantes”, expôs.

Também aluno do campus Santana do Ipanema, Flávio Barbosa identificou como positiva a presença dos técnicos agrícolas da Cohidro no desenvolvimento das lavouras irrigadas. “Como estudante da área, vi que a assistência técnica está presente. As lavouras sadias, viçosas, com rotação de culturas e conhecimento dos agricultores, demonstrado ao falar da cultura. Um ponto que eu achei positivo foi a troca, a simbiose entre o agricultor, o técnico e a academia em questão. E como lembrança, fica todo o conhecimento dessa visita técnica, que, para mim, foi um dia de campo”, impulsionou o estudante.

Última atualização: 3 de junho de 2022 19:49.