Ensino fundamental de Alagoas vem a Sergipe aprender sobre a vida no campo em perímetro da Cohidro

Quinta-feira (26) de aprendizagem no Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pelo Governo de Sergipe em Canindé de São Francisco. Alunos da Escola Municipal de Educação Básica Alice Oliveira Santos, localizada no Distrito Alto dos Coelhos, no município de Água Branca-AL, fizeram uma visita acadêmica às estruturas físicas da Cohidro e em lote de produção de uva que a companhia estadual atende fornecendo água de irrigação e assistência técnica.

Os alunos do professor Tinho Santana, organizador da visita, foram recebidos no perímetro e orientados pelo técnico agrícola da Cohidro, Joaquim Ribeiro. Eles conheceram uma das estações de bombeamento (EB) terciárias do perímetro Califórnia. A unidade responsável por pressurizar a água que vem das EBs primária e secundária e, antes delas, do Rio São Francisco, para chegar com força suficiente de irrigar os lotes de produção agrícola. Em todo Califórnia, são atendidos 373 lotes.

Outra parada dos estudantes alagoanos foi no lote do irrigante José Leidison, para conhecer e experimentar um pouco da ‘lida’ no campo. O agricultor, depois de participar de um projeto de transferência de tecnologia entre a Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) e o Governo do Estado, recebeu insumos e mudas para implantar um parreiral experimental de produção de uvas. Hoje, com a produção de suas videiras consolidada, o agricultor serve de exemplo de perseverança e pioneirismo. Depois de apostar em cultivar uma espécie que exige bastante conhecimento técnico e dedicação.

Estudantes de Alagoas fazem visita acadêmica em perímetro irrigado estadual em Canindé

Aula prática foi em plantações de uva, pera, melão e tomate; irrigadas e assistidas pela Cohidro

 

Com o retorno das atividades educacionais à normalidade, após o período de isolamento social da pandemia, são retomadas as visitas acadêmicas dos cursos de tecnologias rurais. O Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pelo Governo de Sergipe em Canindé de São Francisco, sempre foi um destino bastante procurado para aprender como se dá a agricultura que ocorre durante todo ano, produziu em 2021 mais de 40 toneladas de alimentos e gerou em torno de R$ 44 milhões em renda para as 1.863 pessoas beneficiadas. Isso graças à irrigação e assistência técnica fornecidas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A Empresa pública, que administra o Califórnia, recebeu na última semana duas turmas de estudantes do curso Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), campus do município de Santana do Ipanema.

Maria Eduarda está no módulo 2 do curso de Agropecuária, achou muito interessante as produções de uva, pera, tomate e melão, que a sua turma no IFAL visitou no perímetro Califórnia, sexta-feira (06). “Tem uma organização, tem um planejamento, tem uma assistência, tem tudo que um produtor precisaria para desenvolver sua cultura. E foi muito positiva essa viagem para mim, e para os meus colegas, porque nós adquirimos bastantes conhecimentos. Oportunidade única, foi um sonho estar em Canindé, visitando o perímetro Califórnia. É algo muito desenvolvido, é surreal. O que eu tirei de positivo foi a humanidade dos produtores, são pessoas bem simples e legais, honestas, que vou levar para o resto da minha vida tanto profissional como pessoal. Por este dia maravilhoso, agradeço a parceria da Cohidro, pelo trabalho desenvolvido no perímetro irrigado, e pela disponibilidade da visita”.

A produção de pera e uva, hoje consolidadas, foram campos experimentais implantados em parceria com a Embrapa de Petrolina (PE). Já os campos de tomate e melão fazem parte de um trabalho de introdução de novas culturas e variedades, feito pelos técnicos da própria Cohidro. “Este tipo de visita é bastante importante para empresa, pois nós divulgamos o nosso perfil produtivo, as nossas condições produtivas. E para os alunos, que conseguem ver um trabalho sendo executado de forma prática, onde eles vivenciam, juntos dos técnicos e produtores, todos os procedimentos que eles viram em sala de aula de forma teórica”,considerou o funcionário da Cohidro, Tito Reis, que acompanhou professor e estudantes às plantações do Califórnia durante a visita técnica.

Doutor em Ciências Agrárias, Irrigação e Drenagem, o professor do IFAL de Santana do Ipanema, Vlademir Silva, foi quem trouxe os alunos e orientou a visita acadêmica ao perímetro da Cohidro em Canindé. Segundo ele, o objetivo era fazer os estudantes conhecerem a realidade de uma área produtiva. “Vão conhecer a cultura propriamente dita e ela se desenvolvendo dentro de uma área irrigada. E para eles entenderam também como é que funciona um plantio, desde a semente até a produção. Também vem a realidade do produtor, as dificuldades que se tem em nível de instalação de áreas de plantio, ainda mais em um momento de guerra e os fertilizantes caros. Outra coisa é entender: eu estou me formando para que? Para desenvolver essas áreas, para estar participando desse processo, pegar um nível de extensão e levar essas informações para esses produtores. Mas para que isso aconteça, eles têm que conhecer isso”, analisou.

Para a gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, as visitas acadêmicas são vias de mão dupla, em que estudantes e agricultores saem ganhando. “A presença de estudantes e professores nos lotes, levando o conhecimento teórico, acaba contribuindo com o produtor e os nossos técnicos, que sempre têm algo para aprender nesta troca de conhecimentos. E o inverso também acontece, pois só o agricultor tem a vivência prática de lidar com a lavoura e sabe a forma como planta e solo se comportam. Por isso, sempre fazemos um esforço extra para receber esses visitantes”, expôs.

Também aluno do campus Santana do Ipanema, Flávio Barbosa identificou como positiva a presença dos técnicos agrícolas da Cohidro no desenvolvimento das lavouras irrigadas. “Como estudante da área, vi que a assistência técnica está presente. As lavouras sadias, viçosas, com rotação de culturas e conhecimento dos agricultores, demonstrado ao falar da cultura. Um ponto que eu achei positivo foi a troca, a simbiose entre o agricultor, o técnico e a academia em questão. E como lembrança, fica todo o conhecimento dessa visita técnica, que, para mim, foi um dia de campo”, impulsionou o estudante.

Irrigação pública contribui com a cesta básica mais barata em Aracaju

Tomate, mandioca, leite, banana, cana de açúcar e material forrageiro influi no preço dos itens da cesta básica 
Caixa do tomate foi vendia por até R$ 100, em janeiro – foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Aracaju desde janeiro é a capital brasileira com o segundo menor valor da cesta básica de alimentos, dentre as 20 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em março calculada em R$ 339,77, acumulando queda de 3,42% nos últimos 12 meses. Dos 12 itens pesquisados, metade tem como uma das origens de produção direta, ou de suas matérias primas, os perímetros irrigados do Governo do Estado: o tomate, mais barato para o consumidor 6,74% em fevereiro e depois 8,98% em março; a banana, que caiu de valor 10,03% de janeiro para cá; a farinha de mandioca, este ano custando 19,27% menos; o leite, menos 11,38% e o açúcar, que caiu de preço 31,02%, segundo a variação anual identificada pela entidade. Derivada do leite, somente a manteiga mantém alta de 3,53% no ano.

O aumento da oferta destes e de inúmeros outros produtos sergipanos que não fazem parte da pesquisa, interfere na diminuição do valor de custo de vida do aracajuano e também de quem vive em Salvador, desde agosto (2017), a cesta mais barata do Brasil, cotada em março no valor de R$ 322,88. Ocorre que só do Perímetro Irrigado da Ribeira, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Itabaiana (54 km de Aracaju), diariamente saem para a capital baiana, cinco caminhões carregados de alimentos como alface, couve, coentro, cebolinha e rúcula; além de uma grande quantidade de micro-caminhões, conhecidos por ‘mercedinhas’, que abastecem às feiras de Aracaju e de todo o estado. Foram 11,5 mil toneladas destes folhosos, produzidos em 2017, neste polo agrícola.

Cerca de 90% do quiabo produzido no perímetro Califórnia, administrado pela Cohidro em Canindé de São Francisco (a 213 Km de Aracaju), tem como destino as feiras da região metropolitana de Salvador e de Feira de Santana-BA. Nesta unidade da empresa, foram contabilizadas 11 mil toneladas do fruto colhidas no ano passado. De lá e também do perímetro Piauí, em Lagarto (75km de Aracaju), ainda seguem para a Bahia cargas de milho verde no período junino. Nos cinco perímetros do Governo do Estado onde se pratica a agricultura irrigada, 11,5 mil toneladas de milho em espiga foram produzidas em 2017.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, a garantia de fornecimento de água para irrigação favorece a produção. “É possível produzir o ano inteiro nos perímetros irrigados, pois o sistema de irrigação só é desligado em dias de chuva ou no Dia do Rio, no caso do perímetro Califórnia, que é uma determinação da ANA (Agência Nacional de Águas) para a captação de água do Rio São Francisco, que deve ser interrompida toda quarta-feira. Dessa forma, os produtores podem assumir compromissos de fornecimento em qualquer época. Alguns fazem investimentos nos tratos culturais para obter boa produtividade e outros chegam a adquirir veículos, para eles mesmos transportarem sua produção até o mercado consumidor. Geralmente, Aracaju ou Salvador”.

Tomate
Foi notícia em janeiro, quando preço do tomate em Aracaju disparou alta de 39,16% na pesquisa do Dieese, que os agricultores irrigantes assistidos pela Cohidro estavam optando pelo cultivo do fruto, animados pela valorização que chegou a cotar a caixa de 30kg em R$ 100. No Perímetro Irrigado Piauí, 2017 fechou com a produção de 1,8 mil toneladas e entre janeiro e março deste ano, foram mais 56 toneladas. Tal aumento da oferta do produto no mercado sergipano, resultou em uma redução acumulada de 15,72% nos últimos dois meses.

Segundo gerente do Piauí, Gildo Almeida Lima, a produção tem se modernizando para atender a demanda e suplantar o inverno chuvoso, quando optam por não plantar tomate, devido a incidência de pragas. “O tomate tem dado mais certo aqui utilizando a irrigação por gotejo, só molhando a raiz da planta. Usando a fertirrigação, onde o adubo vai diluído na água e é quase totalmente absorvido pelo tomateiro. E ainda tem o uso de lona ‘mulching’, que retêm a evaporação da água e separa a planta e frutos do solo, evitando a incidência de moléstias e fungos”, relatou.

Jorge kleber Soares Lima, presidente em exercício da Cohidro, considera que a oferta regular de produtos dos perímetros irrigados administrados pela empresa, funciona como um agente regulador de preços. “Não só com o tomate, mas todo produto com viabilidade técnica para produzir nos lotes dos nossos irrigantes, vai sofrer a interferência no valor de mercado quando houver um aumento da produção. Se o preço de venda está alto, eles produzem mais, diminui o preço gradativamente e o custo final para o consumidor também cai”, argumentou. Para o diretor, essa relação só não vai ocorrem nos momentos em que os agricultores são afetados pelas grandes crises hídricas.

“A partir do resultado de Aracaju ter a segunda cesta básica mais barata do país, a tendência é de voltarmos a ter a cesta mais barata entre todas as capitais, como já ocorreu por cinco anos (2010-2015). Ciclo virtuoso somente interrompido pela grande seca de 2016 para 2017”, justificou Jorge Kleber. Segundo o presidente, embora a irrigação seja para manter a agricultura em atividade durante os períodos de estiagem, ela ainda vai depender das chuvas para a reposição dos reservatórios. “Se tivermos um período chuvoso com médias abaixo do normal, como ocorreu há dois anos, resultará em nossas barragens com pouca ou nenhuma água para irrigação, a exemplo do (Perímetro Irrigado) Jacarecica I (em Itabaiana), que parou por quase quatro meses no ano passado”.

Mandioca
Lagarto, onde está localizado o perímetro Piauí, já foi considerado pelo IBGE o município com a sétima maior produção de mandioca do Brasil. Dentro do polo irrigado essa grandiosidade se repete, com cerca de 20 casas de farinha em funcionamento para absorver a produção das nove localidades rurais abrangidas pela rede de distribuição de água da Cohidro. Favoreceu a queda de 19,27% no preço da farinha encontrada na capital sergipana, as 215 toneladas já produzidas neste ano só nesta área de atuação da companhia. Além da irrigação, o Governo do Estado fornece assistência técnica agrícola a estes produtores irrigantes.

Balde Cheio
Programa criado pela Embrapa de São Carlos-SP, consiste em um sistema de pastagens rotativas que depende inteiramente da irrigação por ter que, a cada 24 dias, repor o capim plantado no piquete irrigado e receber novamente o gado de leite, em um ciclo contínuo. A Cohidro implantou o Balde Cheio em todos os lotes irrigados em seu Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto (123 km de Aracaju), em 2010. Lá, 45 pequenos pecuaristas produzem juntos uma média diária de 3,7 mil litros de leite, 73% a mais do que era gerado no início do projeto.

“Agora, estamos fazendo a transferência de tecnologia do Balde Cheio para o perímetro Califórnia, em Canindé. Lá, os irrigantes poderão optar por dedicar todo ou parte dos seus lotes irrigados para a produção de gado de leite. Além disso, todos os perímetros irrigados produzem algum material forrageiro, como os ramos da batata-doce, da mandioca, a manipueira (líquido excedente do beneficiamento da mandioca, na produção farinha ou fécula) e o milho verde, onde se usa o pé inteiro com as espigas ou a só a sua palhada. Tudo isso vai servir para a alimentação do gado de leite e, porque não, o de corte”, complementou o diretor João Fonseca. Para ele, a irrigação pública também vem por influir, indiretamente, na produção de carne vermelha, outro item da cesta básica pesquisada pelo Dieese, além do leite e da manteiga.

Banana
A bananeira requer, segundo o técnico agrícola da Cohidro em Lagarto, Marcos Emílio Almeida, uma média pluviométrica anual de 1.600mm, índice de precipitação que a maioria dos municípios sergipanos não possui. “São basicamente 5mm ao dia e então a irrigação vai suprir este déficit hídrico que a planta requer. Dessa forma, a produção plena da banana no estado requer água de irrigação”. O mesmo técnico acompanhou, ano passado, a introdução de um campo piloto da variedade ‘prata anã’ no perímetro Piauí. Hoje, o produtor tem dois mil pés em um hectare plantado e pretende agora ampliar o bananal em 30%, plantando a variedade ‘pacovan’.

“Rendeu bem a primeira colheita, mas tive que aumentar o número de microaspersores”, relatou o agricultor irrigante Rosendo José dos Santos, assistido no perímetro irrigado de Lagarto, constatando a necessidade de boa irrigação para produzir banana no município. “Se cuidar certinho, dura muito tempo. Adubou, tirou os (brotos) filhos, dura por tempo indeterminado”, conta ele sobre a sua experiência que já dura um ano e quatro meses. O sucesso do novo ‘bananicultor’, orientado pela Cohidro quanto à escolha de mudas certificadas, correção do solo, método de irrigação e manejo da cultura, vai influenciar os produtores vizinhos e bem logo, mais do fruto irrigado chegará ao mercado consumidor. Ficando assim, o produto, cada dia mais ‘a preço de banana’.

 

Cohidro busca soluções fora do estado para dinamizar fornecimento de água aos sergipanos

Encontro marcou o convite à Agritech e a abertura de um canal de conversação para futuras parcerias

Semana passada, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) primeiro recebeu o convite da embaixada de Israel no Brasil para a feira internacional de tecnologia agrícola (Agritech), na cidade de Tel Aviv, como forma de estreitar relações na difusão da tecnologia empregada lá, referência em captação de água via energia solar e dessalinização. Depois, a diretoria de Infraestrutura visitou sistemas simplificados de abastecimento de água de baixo custo, implantados no estado vizinho de Alagoas. Ambos os casos, a empresa quer utilizar destas tecnologias nos seus perímetros irrigados e poços artesianos.

Acompanhado do engenheiro civil da Cohidro, Valdir Pinto Santos, o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da empresa, Paulo Henrique Machado Sobral, no dia 20 esteve nos povoados Jurema e Araçá, no município alagoano de Delmiro Gouveia, há 245 km de Aracaju. Lá, puderam conhecer uma das unidades de abastecimento implantadas pelo Programa de Perfuração de Poços Estadual, gerido Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh-AL). Segundo o diretor, o que mais chama a atenção no sistema de abastecimento é a simplificação, a fim de diminuir custos.

“Foi um trabalho louvável feito pela Semarh-AL, já que diminuindo o valor investido em cada um dos sistemas de abastecimento, é possível atender mais comunidades com um mesmo recurso. E fui com um dos nossos engenheiros para justamente avaliar como isso foi feito e, se possível, trazer o modelo para implementar aqui”, pontuou Paulo Sobral.

A Cohidro, em 2017, perfurou 112 novos poços, um investimento de R$ 1.712.968,14, beneficiando diretamente 37.521 pessoas nas localidades assistidas. Em toda sua história, a companhia já perfurou 3.791 poços, sendo que 95% destas ações foram direcionadas à população rural. Neste mesmo ano, foram investidos R$ 2.487.019,70 para a empresa implantar 40 novos sistemas de abastecimento de água obtida de poços tubulares, beneficiando 42 localidades rurais onde vivem 15.290 pessoas. Em outras 214 interferências, foi mantido o fornecimento de água para 67.500 pessoas, a partir do investimento, em atendimento e peças de reposição, de R$ 247.347,80.

Israel

O diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, acompanhado de Paulo Sobral, no dia 19 recebeu a visita do engenheiro Sebastião Andrelino da Silva.  O consultor em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável visitou a empresa e outras secretarias de estado, fazendo uma articulação, aproximando a embaixada de Israel no Brasil e o Governo de Sergipe. Tanto em referência ao convite para participar da Agritech, quanto a futuras parcerias que possam surgir visando desenvolvimento regional. Principalmente se tratando do esforço de convivência com a seca, dada à semelhança de clima entre o país estrangeiro e o Sertão Sergipano.

“Nós estamos aqui, trabalhando em uma articulação entre a Embaixada de Israel no Brasil e o Governo do Estado, através da Cohidro e de outras secretarias de estado, através também do governador do estado (Jackson Barreto), que já foi também convidado pelo embaixador de Israel, para se fazer presente à uma feira de tecnologia agrícola que vai acontecer em Tel Aviv no ano que vem, em maio. E nós estivemos aqui começando os primeiros passos para que esta cooperação, entre o Estado de Sergipe e Israel, possa se estabelecer, para o desenvolvimento, principalmente da região semiárida, aqui do estado”, destacou Andrelino.

Para o presidente da Cohidro, é uma excelente oportunidade de estreitar laços de amizade do estado com o país, que é referência em agricultura irrigada, mesmo situado em uma das partes mais áridas da superfície do planeta. “Eles usam tecnologia de ponta para captação de água subterrânea, em grandes profundidades, utilizando a energia fotovoltaica, a energia solar através de placas. Isso é extremamente útil para o projeto que temos em Canindé de São Francisco, de diminuir o alto custo (75% arcado pelo Estado) com o bombeamento de água para irrigação no perímetro Califórnia. Sem falar dos diversos poços que temos que perfurar em áreas remotas, longe da rede elétrica”, considerou.

Levando em conta que grande percentual dos poços perfurados pela Cohidro no Semiárido é de água salgada, essa aproximação com Israel também pode ser muito benéfica na exploração dos recursos hídricos do estado. “É outro ponto onde Israel lidera, é na tecnologia de dessalinização de água. Trabalham extraindo o máximo de água doce e fazendo um melhor reaproveitamento produtivo do resíduo salino, a parte que sobra da filtragem, com criação de pescados ou irrigação. Isso, ao mesmo tempo cria renda aos moradores assistidos e também não contamina o meio ambiente com este sal residual”, complementou Felizola.

 

Última atualização: 11 de janeiro de 2018 11:29.