Programa Águas de Sergipe capacita alunos do ensino médio sobre o uso adequado dos agrotóxicos

Cerca de 1.200 estudantes da rede pública estadual serão capacitados, servindo como multiplicadores do conhecimento nas suas comunidades
Foto: Fernando Augusto

A semana começou com a capacitação para Uso Adequado dos Agrotóxicos, no Colégio Estadual Murilo Braga, em Itabaiana. Voltada para o ensino médio, a atividade teve como público os alunos da zona rural, principalmente os que residem nas áreas abrangidas pelos perímetros irrigados estaduais do Agreste Sergipano. É uma das ações do Programa Águas de Sergipe – PAS, que possibilita que os estudantes levem para casa as noções e cuidados que se deve ter com o uso de agroquímicos nas lavouras. Também foram passadas informações sobre o consumo seguro de alimentos e a alternativa de produtos orgânicos.

A capacitação do PAS já tinha sido aplicada aos técnicos da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro e da secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade – Sedurbs; bem como a agentes de saúde e professores dos 26 municípios que integram a bacia hidrográfica do Rio Sergipe, aos produtores irrigantes dos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana, e do Jacarecica II – situado ente Riachuelo, Malhador e Areia Branca; além dos agricultores das adjacências. Nesses municípios e em Campo do Brito, novas capacitações serão promovidas até a próxima semana, com alunos de todas as escolas estaduais do ensino médio da região.

Integrante da comissão intersetorial do governo estadual que vem acompanhando as capacitações, a técnica da Cohidro, Terezinha Albuquerque, explica que o PAS realiza ações voltadas para a preservação ambiental e o desenvolvimento humano. “A capacitação nas escolas tem como objetivo instruir os alunos sobre o uso dos agrotóxicos, salientando que sua utilização de forma inadequada pode ocasionar riscos à saúde e ao meio ambiente”, disse. O PAS em Sergipe é coordenado pela Sedurbs; com parceria da Cohidro, Emdagro, Deso, secretarias de estado da Educação e Saúde, e é financiado pelo Banco Mundial, com a contrapartida do Governo de Sergipe.

Paula Ismerim, instrutora da empresa responsável pela capacitação, afirma que a meta é atingir 1.200 estudantes da rede pública de ensino e maiores de 16 anos. “É abordada a questão do agrotóxico no dia a dia deles, tanto para quem mora na cidade como para quem mora no campo, e os riscos que todos estão correndo com o seu uso indiscriminado. A gente dá algumas informações sobre como eles podem orientar um parente ou um vizinho e sobre como se deve utilizar de forma correta o agrotóxico. É uma segunda fase. Primeiro a gente fez a capacitação dos agricultores, nos próprios povoados, agora são os estudantes, que consideramos como multiplicadores, formadores de opinião. Como muitos moram nos povoados e ajudam os pais na agricultura, fica sendo uma forma deles passarem a informação”, pontuou.

Leandro Oliveira (16) é aluno do 2º ano do ensino médio no Murilo Braga. Ele, que reside no povoado Rio das Pedras, em Itabaiana, é filho de um dos irrigantes atendidos no perímetro da Ribeira. O adolescente já ajudou na lavoura da família e conta que nunca teve que fazer a aplicação de agrotóxicos, mas já tinha uma noção do que é necessário. “Tem que ter os equipamentos apropriados, nunca ter contato direto com os produtos e nem ingerir”, afirma. Também do 2º ano, Franciele Lima (17) mora na cidade, mas na palestra ficou sabendo que mesmo fora da lavoura, ainda é necessário ter cautela com os agroquímicos. “Aprendi que é para ter cuidado com os alimentos e lavar bem antes de comer, por causa dos agrotóxicos”.

O professor Marcos Santiago coordena um programa de arborização que está sendo implantado no Murilo Braga, com o uso de mudas frutíferas e floríferas. Para ele, a capacitação acaba sendo mais uma contribuição ao projeto. “Como é o aluno que vai plantar as árvores, ele vai ter que saber lidar com o solo, o que inclui qual o adubo que se deve usar e os produtos corretos para que seja um plantio orgânico”. Em casa ou na comunidade acadêmica, ele acredita que o estudante vai se beneficiar com a atividade do PAS. “Essa palestra foi muito importante porque eles vivem isso já na comunidade, onde eles plantam, e vai servir como base para eles refletirem sobre o uso correto dos agrotóxicos. É um trabalho interativo, que foge um pouco da rotina da sala de aula e que chama mais a atenção deles”, avaliou.

 

Cohidro realiza reformas nas Estações de Bombeamento do Perímetro Califórnia

Empresa entrega obra na EB3, realizada com recursos advindos da tarifa paga pelos irrigantes de Canindé

Canal e reservatório da EB-03 também receberam reparos [foto: Fernando Augusto]
Agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, agora contam com uma nova estrutura para a Estação de Bombeamento 03 [EB-03]. A benfeitoria foi reformada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, com recursos advindos da tarifa paga pelos próprios produtores que usufruem do fornecimento de água para irrigação no perímetro. Realizada a partir de um investimento médio de R$ 40 mil, a reforma foi entregue na última semana, com a presença do secretário de Estado da Agricultura (Seagri), André Bomfim; do presidente da Cohidro, Paulo Sobral; dos diretores executivos da empresa e da gerência local.

A obra foi um dos resultados apresentados pela Cohidro à contribuição dada pelos agricultores. Os recursos oriundos da arrecadação também serão utilizados para obras nas outras EBs do perímetro de Canindé. Na EB-03, foi construído telhado para cobrir as bombas, que passaram por uma revisão elétrico-mecânica. A área também recebeu a aplicação de pintura protetiva, sinalização e novo piso. O prédio onde ficam a casa de força e o alojamento agora passam a ter novo piso e nova pintura. O duto de condutores elétricos foi reforçado e o telhado totalmente reformado. O canal e o reservatório de água também foram consertados.

O irrigante Galileu Fernandes avaliou positivamente a reforma. “Com certeza vai ficar melhor, porque as bombas e as máquinas estavam expostas à chuva, e agora vão ficar cobertas. Também trocaram as portas das casas para os bombeiros ficarem. É uma melhoria importante, porque vai evitar o desgaste do motor, que vai ficar protegido do sol e da chuva. Então só tem a melhorar a irrigação do projeto”, pontuou o agricultor, que planta quiabo, feijão e macaxeira, utilizando a água fornecida pela EB-03.

Durante a entrega da reforma, o secretário André Bomfim destacou o aumento da adimplência dos agricultores [de 4% para 88%] como uma consequência positiva do esforço da gestão da Cohidro. “É uma excelente iniciativa tomada pelo diretor-presidente e seu corpo técnico. É um exemplo de gestão, uma resposta à sociedade do trabalho que o Governo do Estado está fazendo através da Cohidro e da Seagri. Tenho que parabenizar também a todos os irrigantes, já que o índice de adimplência aqui aumentou, por consequência das atividades de reforma na EB-03. É notória a evolução da qualidade dos serviços que a Cohidro vem prestando para a sociedade”, afirmou o secretário.

De acordo com o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a reforma é um dos resultados do projeto ‘Diretoria Itinerante’, que tem atuado na escuta direta dos agricultores e funcionários de cada perímetro administrado pela empresa. “Os serviços prestados pela Cohidro são de extrema importância para o estado de Sergipe e nós, que fazemos parte dela, precisamos nos conscientizar disso e contribuir para que ela, cada vez mais, cresça e se desenvolva. Para isso, aqui no perímetro Califórnia, a gente tem que andar lado a lado com o irrigante, porque um não vive sem o outro. Somos um só. Terminamos essa reforma e vamos passar para a EB-06, depois para a EB-04 e assim sucessivamente, até trabalharmos todas as EBs. É de interesse nosso que o perímetro de fato seja eficiente, que o irrigante ganhe, cresça e tenha condição de sobreviver, de sustentar a família”, afirmou.

Na visão do diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca, as intervenções melhoraram a condição laboral dos funcionários. “Queremos dar uma condição de trabalho melhor não só aos operadores, mas principalmente para os agricultores que estão no campo e necessitam da água, na vazão e volume corretos, para produzir e gerar renda, que é o objetivo de todo mundo”, pontuou. Jean Nascimento, diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, agradeceu a colaboração de todos os funcionários da companhia, que constituíram a mão-de-obra principal das obras na EB-03. “Temos que deixar registrado o amor à causa desse pessoal, que se mobiliza e, quando é para ajudar, chega junto. São pessoas que deixam a gente feliz, pois se doam pela empresa”, pontua o diretor.

A gerente do perímetro, Eliane Moraes destaca que estrutura do Califórnia vem sendo usada há 30 anos e, para não prejudicar o fornecimento de água para os lotes, sua reforma foi dividida em etapas. “A irrigação não pode parar porque esse projeto é de importância fundamental para Canindé de São Francisco e toda a região. É um celeiro de alimentos”, completa.

Irrigantes de outros setores do perímetro de Canindé, que prestigiaram a entrega da reforma da EB3, revelaram estar confiantes na realização de reformas também nas suas estações de bombeamento. “Quando tem reforma a gente sabe que está melhorando o perímetro irrigado. E a gente precisa de água para trabalhar e manter as taxas de água em dia. O dinheiro que a gente paga está tendo um bom resultado. E vai começar a melhorar de agora em diante. Com certeza vai chegar nas demais EBs. A Cohidro está de parabéns”, finalizou o produtor Edvaldo dos Santos.

Cohidro institui ‘Diretoria Itinerante’ para atender demandas de agricultores e funcionários

Diretores das quatro áreas operacionais se revezam em visitas semanais aos seis perímetros irrigados que atendem 1.450 lotes da agricultura familiar e 31 empresariais
Presidente Paulo Sobral fiscalizando cobertura de bombas da EB-03

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro implantou a ‘Diretoria Itinerante’, em que um ou mais diretores revezam entre si em visitas semanais aos seis perímetros irrigados, mantidos pela empresa no interior do Estado. A ideia é ouvir de perto as demandas de funcionários e do público atendido pela empresa, agricultores e pecuaristas que se utilizam da irrigação ou que são atendidos com ponto de água em área de sequeiro. Com a ação, os gestores pretendem diminuir o tempo de resposta na resolução de problemas, aprimorar a fiscalização e a aplicação de recursos públicos.

Quatro diferentes setores operacionais compõem a diretoria executiva da Cohidro, dirigida pelo presidente Paulo Sobral. Para ele, a nova metodologia para atender os beneficiários e colaboradores deverá tornar mais eficaz tanto a aplicação dos recursos quanto a prestação de serviços. “Passamos por um momento em que estão sendo realinhados os métodos no serviço público, onde se pretende fazer mais com menos. Essa eficiência – em fiscalizar e identificar in loco os problemas – também é uma contrapartida ao que estamos propondo aos agricultores irrigantes e colaboradores: uma gestão compartilhada dos perímetros, com mais voz, compromisso e responsabilidades, também da parte dos beneficiados”, explica.

Jean Nascimento, diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, informa que as visitas aos perímetros começaram levando novos computadores, crachás e equipamentos de proteção individual (EPI). “Aproveitamos essas oportunidades fazendo grandes reuniões, em que todos esses colaboradores puderam ser ouvidos, para que juntos possamos encontrar a forma correta de executar nossos serviços em prol da população atendida, sem esquecer das demandas dos nossos funcionários. De cara, identificamos a necessidade da realização de obras civis nas estações de bombeamento [EBs] do perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco. Começamos pela EB-03, onde construímos todo telhado da área de bombas, e reformamos os telhados do alojamento e da casa de força; reformamos os pisos e fizemos a repintura protetiva nos prédios e equipamentos”, completa.

A agricultora Maria dos Santos trabalha com os dois irmãos no lote irrigado do pai, vizinho à EB-03 do Califórnia. Ela acredita que as obras na estrutura predial do perímetro, com mais de 30 anos de uso, melhoram a condição de trabalhar, aumentando a vida útil dos equipamentos e a garantia de ter água no hidrante que fornece água para irrigar. “Melhora, por que as bombas vão ficar cobertas, deixando de ficar à mercê do sol. Acho que com essa cobertura fica bem melhor, pois quando chover, evita quebrar os motores”. No lote dela é produzido quiabo, feijão de corda e milho – o que garante o sustento das três famílias. “Sem irrigação, aqui não tinha como produzir os alimentos, que empregam muitas famílias. É de onde muitas pessoas tiram o sustento”, destaca a irrigante.

Diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola, Carlos Vieira atuou no movimento de ‘diretoria itinerante’ mobilizando a equipe da Divisão Manutenção Mecânica para revisar tubos e conexões na EB-03. Segundo ele, o mesmo será feito nas outras cinco estações do perímetro Califórnia. “As equipes verificam e substituem as peças que podem provocar vazamentos que, por sua vez, podem interromper o bombeamento de água para os lotes dos agricultores. Em nenhum outro lugar do estado em que a Cohidro tem perímetros irrigados, se faz tão necessária a irrigação para produzir alimentos quanto no Alto Sertão. Temos que estar sensíveis a isso na hora de eleger prioridades”, considera.

Francisco Pereira é assistente administrativo no Califórnia e soma 40 anos de serviço público, desde que ingressou na antiga Comase, vindo a ser funcionário da Cohidro posteriormente. “Eu estou achando excelente essa postura dos diretores, imbuídos realmente de transformar a nossa empresa, traduzindo o pensamento dos que gostam dela, por essa forma moderna de trabalhar – atendendo o irrigante não atrás de um birô, mas vindo a campo. Hoje, conversando com alguns produtores do perímetro, a gente vê que existe esperança, por que não é uma diretoria de falar, é de agir. Eles querem resultado e, para isso, está dando condição aos produtores de colaborar também, o que é fundamental para o crescimento de todos. É importante e que também sejamos responsáveis, cada um de nós, servidores, por contribuir e retribuir esse empenho da diretoria”, afirma.

Cooperação com a Emdagro

A atuação das diretorias nos perímetros também será maior para tratar do projeto de cooperação técnica com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro, segundo explica o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural, João Fonseca. “É um plano de ação para melhorar a eficiência da assistência técnica agrícola nos lotes irrigados. Nossos técnicos, gerências e divisões serão orientados a realizar um trabalho com base e aderindo aos programas implementados em todo estado pela Emdagro. Nós teremos grande mobilização na sede, em Aracaju, e nos perímetros irrigados, junto com os técnicos da Emdagro, passando todo este conteúdo e metodologia para melhor atender ao produtor rural que depende da irrigação pública”, conclui.

 

Irrigantes do perímetro da Cohidro em Lagarto apostam no cultivo da abóbora

Nova no perímetro Piauí, cultura enfrenta poucos inimigos naturais e já tem canal de escoamento
Foto: Gabriel Freitas

Mais uma cultura surge para compor o rol de produtos cultivados a partir do uso da irrigação pública no município de Lagarto: a abóbora. No Perímetro Irrigado Piauí, alguns produtores já optaram pelo plantio do vegetal. Entre os que estão na primeira lavoura e os que começaram antes, já são contabilizados resultados positivos nas plantações. A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro considera positiva a aposta e incentiva novos cultivares através da assistência técnica, por entender que a diversificação reduz a fixação de pragas e doenças, e evita a superprodução de um só item.

Willian Domingos, técnico agrícola da Cohidro em Lagarto, conta que a abóbora está sendo uma novidade no perímetro e que, por isso, tem pesquisado bastante sobre a forma correta de plantar, tomando por base outras áreas de cultivo no estado, sem o uso de irrigação. “A média estadual da no Alto Sertão é de 25 ton/ha. Nós, aqui, pretendemos chegar a uma produção média de 40 a 50 ton/ha, com a irrigação, adubação correta e fazendo o monitoramento das pragas e doenças. O produtor tem que aplicar cálcio. A deficiência de cálcio provoca uma doença chamada ‘Fundo Preto’, além das pragas [Vaquinha, Percevejo e Cigarrinha], que devem ser controladas preventivamente”, alerta.

O agricultor irrigante Adjan Fontes já está em sua quinta plantação de abóbora da variedade ‘Lagarteira’. Tendo colhido bons resultados, ele acredita ser um bom negócio, contando com o apoio da Cohidro, que fornece irrigação ao seu lote e de outros 420 produtores. “O manejo da abóbora aqui região é fácil. A nossa região proporciona poucas pragas e doenças. Com o sistema de irrigação da Cohidro, conseguimos cultivar em qualquer época do ano, com chuva ou sem chuva, porque sempre tem água pra fazer a irrigação. O primeiro plantio eu comecei com uma área pequena, só pra experimento. Fui ampliando e, hoje, estou com duas tarefas [0,66 ha], com custo baixo”, avaliou.

Na diversificação de culturas, o produtor não sofre com o prejuízo de apostar em um só plantio, correndo o risco de perder a safra. “Decidi inovar para além das minhas outras plantações, como o mamão – meu cultivo principal. Se nele eu tiver uma queda na produção, já tenho a abóbora para compensar. Não fico dependendo só de um comércio”, argumentou Adjan. Em operação desde 1987, o Perímetro Piauí vivenciou a repetição de cultivos tradicionais, que provocaram a fixação de algumas pragas específicas, nas plantas mais comuns. Este é mais um motivo pelo qual os técnicos agrícolas incentivam a troca periódica do tipo de lavoura nos lotes dos perímetros irrigados.

Quanto à comercialização, o produtor revela que o bom mercado para a abóbora foi um fator que causou surpresa. “Meu medo no inicio era plantar uma nova cultura e não ter a quem vender. Mas quando eu plantei e produzi, ela veio com uma qualidade boa e aí começou aparecer gente querendo comprar”, disse Adjan. Ele afirma que não teme a concorrência no perímetro. Muito pelo contrário, ele aposta na união. “O pessoal daqui começa a plantar, atrai mais compradores de fora e conseguimos vender em grande quantidade. Junta todo mundo, para saírem os caminhões cheios, levando 20 a 30 toneladas. Aí todo mundo vende. Vamos ter produção, saída, compradores e melhor preço”, conclui.

Transparência Cohidro cresce 3,2 pontos no ranking do TCE

Acaba de sair o resultado da das avaliações dos portais de transparência dos órgãos do governo estadual de 2019, realizada no Tribunal de Contas do Estado – TCE e a Cohidro saltou dos 5,6 pontos em 2018 para 8,8! Um aumento de 57% na nota que garante à empresa a nota satisfatória no ‘índice de transparência’ e acima da média do índice das unidades estatais. Média do Governo do Estado que também quase dobrou, passando de 4,6 em 2018 para 8,7 em 2019.

A melhora na forma como a companhia divulga a sua organização, processos administrativos, composição de pessoal e despesas orçamentárias, sinalizada pelo TCE, é fruto da organização feita pela diretoria executiva nas assessorias de Controle Interno, de Comunicação e Gerência de Tecnologia da Informação, ao mesmo tempo em que criou a Ouvidoria Cohidro. O novo departamento muito tem a ver com essa melhora, já que agora – pessoalmente, por e-mail ou pelo número que permite ligações gratuitas de qualquer telefone: 0800 0798150 – atende dúvidas, reclamações, denúncias, sugestões e elogios dos usuários dos seus serviços e população ao mesmo tempo em que, integrada o Sistema de Ouvidorias do Estado de Sergipe – SEOuv, divulga relatórios desses atendimentos e respostas prestadas ao público.

Funcionários da Cohidro se somam em ação solidária em alusão ao Dia das Crianças

Brinquedos arrecadados foram doados a crianças de instituições beneficentes de Aracaju no 18 do Forte e Santa Maria
Fotos: Gabriel Freitas

Para comemorar o Dia das Crianças [12 de outubro], na sexta-feira (11) os funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro distribuíram 120 brinquedos em instituições beneficentes que atendem crianças em situação de vulnerabilidade social em comunidades de Aracaju. As entidades foram o Lar Infantil Cristo Redentor (Licre), localizada no bairro Dezoito do Forte e que atende 52 crianças; e a Instituição Beneficente Emmanuel (Ibem), no bairro Santa Maria, onde são acolhidas outras 68 crianças. A iniciativa partiu dos próprios funcionários da empresa, que fizeram a coleta com o intuito de levar um pouco de alegria a quem mais precisa.

Márcia Menezes é secretária na diretoria Administrativa da Cohidro e fez questão de doar brinquedos para alegrar o Dia das Crianças no Licre e no Ibem. Ela avalia que as famílias mais carentes tendem a priorizar os gastos de primeira necessidade e, por isso, ajuda. “Penso nas pessoas que não têm condições de comprar um brinquedo quando chega essa época. Quem já foi criança, sabe o que é que passa na cabeça delas quando o pai ou a mãe não tem condições. Nessa época, em elas esperam ganhar algo, ao chegar o momento do Dia das Crianças, a gente faz esse trabalho para conseguir, pelo menos, arrancar um sorriso de cada criança. Só isso já gratifica a gente”.

Na entrega dos brinquedos, representaram os colegas da companhia os assessores institucionais Mylla Rodrigues, Janailson Farias, Eduardo Salustin e o motorista Roberto Meneses. Diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jean Nascimento parabenizou os funcionários que somaram esforços e recursos para fazer o bem. “Empresa compromissada com o bem comum que é a Cohidro, perfurando poços comunitários em todo estado e fornecendo água de irrigação subsidiada para a produção de alimentos pela Agricultura Familiar, vai refletir no comportamento de seus funcionários perante a sociedade. É uma experiência gratificante trabalhar e conviver com esse pessoal alegre, esperançoso e motivado a ajudar o próximo”, considera.

Professora de Educação Infantil da turma de quatro e cinco anos na creche do Ibem, Valdinete de Jesus explica que a instituição acolhe as crianças mais necessitadas da comunidade, fazendo um trabalho para trazer mais aconchego à vida que eles têm. “Também trabalhamos a educação, o amor, a ética que eles precisam vivenciar desde pequeno, para diferenciar a situação de vida deles. E é isso que o IBEM se compromete: tratar com amor e carinho, nesses 20 anos de assistência, essas crianças, que mostram um aproveitamento ótimo nos trabalhos”, relata. O instituto beneficente tem programas de geração de renda familiar; de apoio a idosos, gestantes e parturientes; oficinas de música, dança, informática e judô – atividades que contam com donativos da sociedade para serem mantidas. Para doar, basta entrar em contato com o telefone (79) 99981-7918.

O Lar Infantil Cristo Redentor é uma instituição sem fins lucrativos que funciona há 62 anos. Até o ano de 2013 trabalhava na modalidade de abrigo. “Em 2014, iniciamos uma nova modalidade, da Proteção Social Básica, por conta de uma exigência do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), que preconizava que as instituições precisavam se adequar a um público misto, porque trabalhávamos apenas com o público feminino”, relatou Elisana Vieira, assistente social no Licre. Segundo ela, a adaptação, em um curto espaço de tempo, colocou o lar em dificuldades financeiras e com falta de pessoal de apoio. “Atualmente estamos com uma campanha ‘Abrace o Licre e faça uma criança feliz’. Por isso agradecemos a equipe da Cohidro por esse apoio, por esse abraço de olhar para nossas crianças e trazer esses presentes”, complementou. O Cristo Redentor atende ofertas de doações pelo telefone (79) 3245-2042.

Cohidro capacita técnicos para manutenção de novo sistema de irrigação automatizado

O Programa Águas de Sergipe é um investimento do governo de Sergipe com aporte do Banco Mundial, promovendo o uso responsável das águas da bacia do Rio Sergipe.

Irrigação localizada por microaspersão diminui o consumo de água nos lotes [foto Fernando Augusto]
Para modernizar e regularizar o consumo de água de irrigação nos lotes agrícolas, os perímetros irrigados Jacarecica I e da Ribeira, administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro em Itabaiana, receberam investimentos da ordem de R$ 14.334.110,64 para a troca e adição de novos equipamentos. A iniciativa do Programa Águas de Sergipe (PAS) também envolveu o Treinamento e Prática de Manutenção e Manejo de Sistemas de Irrigação dos técnicos da Cohidro, realizado no Centro de Desenvolvimento de Tecnologia em Agroecologia da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro, no mesmo município.

Ministrado pelo engenheiro agrônomo Durval Lima, o curso teve dois dias de duração, envolvendo técnicos de todos os perímetros da Cohidro que ficarão encarregados, em campo, da orientação aos agricultores sobre como operar e fazer a manutenção dos equipamentos que integram o novo sistema de irrigação. “É o monitoramento de todo sistema de irrigação, desde a limpeza dos filtros até a limpeza química do sistema de irrigação. Também falamos sobre a parte da fertilização, sobre como utilizar o injetor de fertilizantes; o monitoramento de toda a malha; a parte de automação, como usa o controlador de válvula; qual a finalidade da válvula reguladora de pressão e a de alívio”, listou Durval.

O engenheiro agrônomo da Cohidro, Gonzaga Reis, teve grande participação no projeto de troca dos sistemas apresentado e aprovado pela Unidade de Administração do PAS (Uapas). Segundo ele, a finalidade principal era a economia e a melhoria das condições de trabalho dos irrigantes. “Antes precisava transpor tubo de um lado pro outro, e esse sistema agora é fixo, automatizado, inclusive a fertilização: não é necessário que ele esteja distribuindo adubo na mão; na condução da água já vai junto também o adubo. Eram emitidos 3.200m³ ha/mês. Com a introdução desse sistema de irrigação, caiu para 1.200m³ ha/mês – ou seja, uma economia de água muito grande [60%], e também de energia elétrica [50%]”, explicou.

Gerente do perímetro da Ribeira, o técnico agrícola César Rocha reforça que, além da economia gerada, o novo sistema traz mais praticidade para o produtor, que ainda está aprendendo a lidar com as novas tecnologias instaladas nos lotes – ao mesmo que tempo que facilita o trabalho da Cohidro para controlar o consumo de água, a manutenção da rede de adutoras e estações de bombeamento do projeto de irrigação. “Com a modernidade, a princípio, todos estão sentindo dificuldade, por isso que a gente está se aprimorando para poder passar isso na prática para o produtor. As dificuldades que ele vai encontrar no dia a dia, que ele possa superar”, confia.

Marcos Emílio é técnico agrícola da Cohidro alocado no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. Também lá é cada vez mais comum encontrar lotes de agricultores dotados com os modernos equipamentos que o treinamento ensinou a operar. “A gente veio aprender sobre a parte de manutenção, a parte de fiscalização e a parte do uso desse novo sistema de irrigação no nosso dia a dia, para o nosso trabalho. Para que possamos conduzir uma irrigação que propicia ao agricultor um trabalho com mais qualidade e uma produção melhor para ele”, pontuou.

O projeto do novo sistema de irrigação previu os problemas mais comuns enfrentados pelos irrigantes. “Nós projetamos um filtro de tela, para minimizar os entupimentos dos microaspersores. Como esses filtros chegam a entupir, então projetamos uma retrolavagem. Quem indica isso são os manômetros, na diferença de pressão o produtor já sabe que está no momento de fazer a retrolavagem de limpeza do filtro”, explicou Gonzaga. Segundo Durval Lima, o objetivo é conscientizar os técnicos, para que eles passem para o agricultor esse tipo de monitoramento para ampliar a vida útil desse sistema de irrigação. “Não só isso, mas que também tenha uma produtividade maior. Se ele não faz esse monitoramento, a pressão cai, e a produtividade também”, alertou Durval.

 

Emdagro e Cohidro firmam cooperação para aperfeiçoar assistência técnica rural nos perímetros irrigados

Expertise no desenvolvimento dos recursos hídricos no campo também será disponibilizada para aprimorar assistência agrícola em todo o estado

Encontros alinharam a programação de atividades da cooperação [foto Fernando Augusto]
Paralelamente ao serviço de distribuição de água a lotes agrícolas, os perímetros irrigados gerenciados pelo Governo de Sergipe realizam o acompanhamento da produção agrícola, orientando, corrigindo e indicando soluções para os problemas encontrados nas lavouras pelos pequenos produtores. A irrigação permite a produção praticamente durante o ano todo e, assim, a assistência técnica rural também precisa ser constante. Por isso, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro estão firmando cooperação para a elaboração e execução de um plano de ação para a promoção de ganhos de eficiência à assistência técnica prestada ao agricultor irrigante.

Em reuniões realizadas entre as equipes técnicas das duas empresas públicas vinculadas à secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), foram definidos termos para essa cooperação. Entre eles, está prevista a ampliação do atendimento ao agricultor, incluindo a parte social e econômica, com extensão rural a toda a sua família, por meio por exemplo, do programa Saúde no Campo [capacitação realizada pela Emdagro para agentes multiplicadores das noções e cuidados com os riscos dos agrotóxicos à saúde], que passará a atender também aos perímetros. Outra ação prevista é a ampliação do acompanhamento à Agricultura Orgânica.

Novas reuniões estão programadas para acontecer entre os técnicos agrícolas da Emdagro e Cohidro, além de incursões aos perímetros Irrigados, para diagnosticar como ocorre a interação entre assistência e produtor rural, a fim de avaliar de que forma ela pode ser melhorada. O diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, explica que a aplicação do plano de trabalho da cooperação segue um cronograma já elaborado. “Nessa semana, ocorrerá uma reunião com os técnicos da sede em Aracaju, que vão coordenar esse projeto. Depois vamos ter uma reunião no perímetro Jacarecica I em Itabaiana, na semana seguinte, com todos os técnicos dos perímetros da Cohidro, para apresentar o trabalho que vai ser feito. Posteriormente, Emdagro e Cohidro vão até Canindé, fazer um diagnóstico do trabalho dos técnicos locais com os produtores irrigantes”, detalhou.

O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, afirma que tem mobilizado as equipes técnicas da empresa para compor, com a equipe da Emdagro, o plano de trabalho para assistência técnica e extensão rural aos lotes irrigados. Segundo ele, a companhia precisa dar esta contrapartida aos agricultores, diante da nova realidade da gestão dos perímetros. “Atualmente, nós temos buscado no produtor um parceiro que seja atuante, que compartilhe com o governo do Estado as responsabilidades com a manutenção e continuidade da irrigação pública. Por isso, temos a obrigação de assisti-los também de maneira coerente, levando orientação técnica eficiente, oferecendo solução para as suas dificuldades ao plantar. A Emdagro, co-irmã da Cohidro, já foi parceira em diversos outros projetos e tenho certeza de que vai cooperar muito nesse nosso compromisso com o agricultor”, considera.

Também o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Esmeraldo Leal, afirma acreditar na possibilidade de ajuda mútua entre os dois entes públicos do estado, cada um conforme a sua expertise técnica. “A ideia é a gente reforçar uma parceria, na qual seja ampliado esse diálogo e a gente disponibilize os nossos técnicos, se for necessário, da mesma forma que a Cohidro, caso precisemos discutir alguma coisa que envolva recursos hídricos no campo. É uma troca de desafios, para que possamos melhorar cada vez mais o atendimento das duas empresas ao público geral da Agricultura no Estado. Já fizemos um calendário, segundo o qual os nossos técnicos (Emdagro) prepararão os técnicos da Cohidro. Depois, estarmos à disposição caso necessitem de apoio técnico ou de um especialista de alguma área específica”, concluiu Esmeraldo.

 

 

Coordenador do Ministério da Agricultura apresenta à Cohidro projetos de irrigação para o Nordeste

Fotos: Fernando Augusto

Na última quinta-feira (05), o coordenador Nacional de Irrigação no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, Michel Ferraz, foi recebido pela diretoria executiva da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, em agenda voltada para o estreitamento de laços institucionais voltados para a execução de programas de distribuição de kits de irrigação com capacitação de pequenos agricultores, bem como da linha de financiamento que pretende, inicialmente, expandir a área irrigada na região Nordeste em mais 120 mil hectares e fazer a reconversão de sistemas em outros 20 mil ha. Propensa parceira nesses projetos, a Cohidro expôs demandas relativas à recuperação dos perímetros irrigados Califórnia e Piauí e à implantação de 200 sistemas de abastecimento de água para comunidades rurais.

Segundo Michel Ferraz, o programa é voltado para o fortalecimento do pequeno irrigante. “Além da entrega de kits de irrigação, ocorrem ações de capacitação e – principalmente – motivação, para acabar com esse êxodo rural, trazer de volta o produtor com uma maneira nova de produzir, com inovação. Em especial, viemos falar sobre o programa de fortalecimento da irrigação no Nordeste – Profinor, que vai ser lançado esse mês pela ministra Tereza Cristina. São investimentos e custeios relacionados à perfuração de poços, energia fotovoltaica, sistemas de irrigação, correção de sistema de irrigação com um atrativo muito grande, que é a baixa taxa de juros de 5,28% para o pequeno produtor, 5,58% para o médio, e 5,78, para o grande. Conseguimos baixar mais de 3% dessa taxa”, adiantou o coordenador Nacional de Irrigação do MAPA.

Ainda de acordo com Ferraz, a linha de crédito especial já tem aprovação do Banco do Nordeste e do MAPA, e objetiva promover o desenvolvimento da agricultura irrigada para produção direta de alimentos e de material forrageiro para os rebanhos. “A Cohidro vai ser uma parceira fundamental junto com a superintendência e com o Senar [Serviço Nacional de Aprendizagem Rural], que vai entrar com a parte de capacitação dos agricultores. Essa é a linha que o Governo Federal está traçando para o Nordeste Brasileiro, em especial, para o Semiárido”, explicou.

O superintendente do Ministério em Sergipe, Haroldo Araújo, reforça que, através da visita, foi possível promover uma aproximação entre os programas do MAPA e o Estado. “Nesta vertente, [o MAPA] entende que não se faz nada sozinho. Então, parcerias com outras instituições são de essencial importância para se implementar as políticas públicas, com especial atenção aos programas de irrigação para o Nordeste. E considerando a expertise que a Cohidro possui na área, a gente não poderia deixar de fazer essa visita para estreitar esses laços institucionais, com o objetivo de beneficiar o produtor irrigante”, afirmou.

Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro, avalia positivamente a visita, agradecendo a atenção dada à empresa que, segundo ele, tem grande potencial para integrar a linha de frente dos programas de expansão e modernização da irrigação em Sergipe. “Nós já temos inscritos no SICONV [Sistema de Convênios da União] projetos para a recuperação das estações de bombeamento e a implantação de hidrômetros nos lotes irrigados, visando ao controle do uso excessivo de água e a cobrança de taxas de manutenção dos sistemas, nos perímetros Piauí [Lagarto] e Califórnia [Canindé de São Francisco]. Também buscamos recursos federais para a implantação de 200 sistemas de abastecimento de água no campo, em poços perfurados também pela empresa. São demandas que aproveitamos a presença do coordenador do MAPA para reforçar”.

Também participaram do encontro o chefe da Divisão de Política e Desenvolvimento Agropecuário na Superintendência Federal, André Barretto; os diretores da Cohidro, João Fonseca [Irrigação e Desenvolvimento Agrícola] e Jean Nascimento [Administrativo e Financeiro]; e o engenheiro agrônomo Paulo Feitosa. A agenda do coordenador em Sergipe ainda incluiu visita à Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese) e uma visita ao Platô de Neópolis, distrito de irrigação também pertencente ao governo de Sergipe.

Em visita acadêmica, alunos e pesquisadores da UFS avaliam barragem de irrigação da Cohidro em Lagarto

Foto arquivo pessoal

As condições estruturais e operacionais da barragem Dionísio Machado, em Lagarto, foram objeto de pesquisa em uma das disciplinas do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Sergipe – UFS. A estrutura pertence ao complexo do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro no município, e garante a distribuição de água para irrigação em 421 lotes de agricultores familiares. A visita se desdobrou na produção de trabalhos acadêmicos, que constataram a conformidade da barragem com a legislação vigente, representando baixo risco em razão das ações de monitoramento continuamente realizadas.

A visita e outras atividades realizadas em sala de aula serviram para a avaliação das condições estruturais e dos perigos associados à operação da barragem de irrigação, segundo conta a prof. Dra. Rosemeri Melo (UFS). “O objetivo foi colocar em prática, junto ao alunado da disciplina ‘Sistemas de gestão e avaliação de impactos ambientais’, uma verificação operacional. Avaliar quais os aspectos e quais os condicionantes de riscos a serem evitados no processo de avaliação contínua para o gerenciamento do empreendimento, seguindo as diretrizes da Agência Nacional de Águas – ANA e da legislação estadual. A barragem opera em conformidade com a legislação vigente e apresenta baixo perigo, desde que as ações de monitoramento sejam continuadas”, avaliou.

No dia 14 de agosto, receberam o grupo da UFS no perímetro irrigado, o gerente Gildo Almeida e a estagiária da Gerência de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Gedea), Karla Betyna. “A professora Rosemeri é minha orientadora de mestrado, na área de Monitoramento e Gestão Ambiental. Assim, a visita contribuiu para ter uma visão geral de como é a estruturação de uma barragem e entender a importância do monitoramento e da gestão desse instrumento de regulação”, considerou a engenheira ambiental. “Sempre recebemos estudantes e professores para visitar os lotes agrícolas do perímetro, e dessa vez, foi na barragem, fazendo uma pesquisa que avalia e pode contribuir para o nosso trabalho de gerenciamento”, considerou gerente do perímetro Piauí.

Kisley Santos Oliveira é aluno do 8º período de Engenharia Ambiental e Sanitária. Segundo ele, a professora deu continuidade à atividade acadêmica após a visita. ”Ela pediu um relatório técnico com uma análise crítica sobre a situação, falando sobre o modo de operação, as condições de conservação física e de acesso à área da barragem; além e questões de resíduos sólidos e afluência. É uma área importante, pois a barragem serve para abastecer grande parte da população. O Intuito era avaliar, com o aprendizado do último semestre, quais impactos essa barragem poderia gerar tanto ao meio ambiente, quanto à sociedade”, disse o estudante, que considerou como proveitosa a experiência na barragem e o acompanhamento feito pelos técnicos da Cohidro.

Cursando o 5° período do mesmo curso, Bárbara Costa afirma que foi possível compreender como se realiza uma vistoria técnica. “Entendemos, de modo geral, o funcionamento de uma barragem, uma vez que aprendemos quais são os seus principais elementos e suas respectivas funções: a importância da chuva para manter o nível de água na barragem; o funcionamento da captação de água para distribuição, principalmente para uma região que tem muitos períodos secos; os impactos gerados na região pela sua instalação; a determinação dos limites de uma Área de Proteção Permanente; entre outros. Isso tudo foi importante para o nosso aprendizado em relação à gestão e a avaliação dos impactos de uma barragem”, concluiu.

 

Última atualização: 19 de setembro de 2019 15:40.