Belivaldo entrega tratores e autoriza contratos para fortalecer a agricultura em Sergipe

Governador autorizou investimentos e entregou equipamentos que totalizam mais de R$ 6 milhões para o desenvolvimento da agricultura em Sergipe

[Foto: Vieira Neto]
O governador Belivaldo Chagas, na manhã desta sexta-feira (29), autorizou investimentos e entregou equipamentos que totalizam R$ 6.149.618,52 para o desenvolvimento da agricultura em Sergipe. Foram entregues 25 tratores e equipamentos agrícolas; autorizadas a implantação de 17 sistemas simplificados de abastecimento de água e a aquisição de insumos de perfuração de poços; e assinadas ordens de serviço para reforma civil do prédio administrativo da sede da Cohidro, em Aracaju e para serviços emergenciais na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador. Além disso, foram entregues seis triciclos com carroceria baú aos perímetros irrigados da Cohidro.

Em seu discurso, o chefe do executivo estadual frisou a importância da união dos deputados estaduais e federais com o governo para parcerias em benefício da população. “Isso aqui é resultado da ação do governo do Estado em parceria com os parlamentares. Ninguém governa sozinho. Há recursos do tesouro, mas há recursos dos parlamentares. Nós estamos, hoje, autorizando ordens de serviço, fazendo entrega de maquinários e de implementos agrícolas. É uma ação empreendedora que visa o desenvolvimento, principalmente, do homem do campo. Afinal de contas, a gente tem que buscar desenvolvimento em todas as áreas, em todas as fontes”, expressou Belivaldo.

[Foto: Vieira Neto]
O secretário de Estado de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, destacou a importância dos investimentos aplicados pelo Governo de Sergipe para geração de emprego e renda no setor. “São 25 tratores, 25 aradores, 25 adulbadeiras e 25 reboques. Isso, basicamente para fomentar e incrementar a agricultura familiar para diversos municípios. A importância para agricultura familiar é muito grande, fomenta a agricultura familiar, incrementa mais e gera mais oportunidades, pois dará mais e maior condição de atendimento à produção. Isso também gera emprego e renda, pois um trator gera emprego para tratorista, para operador, a grade aradora também. Então, fomenta toda uma economia e movimenta todo o município”, explicou.

 

Mais investimentos
Na ocasião, Belivaldo autorizou a reforma civil do prédio administrativo da sede da Cohidro em Aracaju, no valor de R$ 308.444,00, que serão investidos com recursos próprios do Estado. A obra consiste no reparo e substituição de peças do telhado, rede elétrica e hidráulica do edifício que abrigam as diretorias Financeira e Administrativa e Presidência. A Construtora FCK LTDA, ganhadora da licitação, executará a obra.

[Foto: Vieira Neto]
“É importante dizer que essas ações não estão somente sendo feitas em Aracaju. Elas estão sendo feitas também nos perímetros. Nós já recuperamos três estações de bombeamento [EB] em Canindé e estamos indo para a quarta. Recuperamos as EBs e os escritório dos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana. Recuperamos também o perímetro Jabiberi [Tobias Barreto]. Temos que entender que são perímetros de mais de 30 anos de uso e vai aparecer problemas no decorrer do tempo”, destacou o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral.

Já para atender demandas na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador o governador autorizou serviços emergenciais no local, necessários para a ativação da comporta de segurança da barragem. O uso da comporta vai permitir a manutenção da rede de adutoras e, assim, eliminar perdas, melhorando a qualidade do fornecimento de água de irrigação aos agricultores atendidos tanto em e Malhador quanto em Areia Branca e Riachuelo. Serão R$ 102.950,00 investidos, fonte de recursos próprios. A ação beneficiará em torno de 2.965 pessoas nos três municípios. Serão executados serviços emergenciais de trepanação, dragagem e localização da tubulação de equalização da barragem de irrigação.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Governador autoriza implantação de sistemas de abastecimento de água para mais de 900 famílias de comunidades em Sergipe

Serão beneficiadas comunidades de Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Lagarto, Riachuelo, Malhador, Aquidabã e Poço Verde

 

O governador Belivaldo Chagas, na manhã desta sexta-feira (29), autorizou investimentos e entregou equipamentos que totalizam R$6.149.618,52 milhões para o desenvolvimento da agricultura em Sergipe. Foram autorizadas a implantação de 17 sistemas simplificados de abastecimento de água e a aquisição de insumos de perfuração de poços para garantia de acesso à água. Além disso, foram entregues seis triciclos com carroceria baú aos perímetros irrigados da Cohidro.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
“O homem do campo sofre muito, principalmente, nos momentos de seca. Com os sistemas simplificados de abastecimento de água e a partir da perfuração de poços autorizadas, vamos atender a população que sofre com escassez de água. Além dessas, brevemente pretendemos anunciar mais ações para melhorar a vida dos sergipanos”, afirmou o governador.

Com a autorização de implantação de 15 sistemas simplificados de abastecimento de água, 880 famílias de 15 comunidades de seis municípios sergipanos serão beneficiadas. Em Cristinápolis, será beneficiado o Assentamento Luiz Alberto (Agrovila Nova Esperança); em Estância, o Assentamento Analício Araújo Barros, Assentamento Dom Helder Câmara, Assentamento Roseli Nunes, Assentamento Edmilson Evaristo e Assentamento Geraldo Garcia; em Indiaroba, o Assentamento Nicácio Rodrigues, Assentamento Sepé Tiaraju (Agrovila Sabão), Assentamento Sepé Tiaraju (Agrovila Cajá), Assentamento 8 de Agosto, Assentamento 5 de Janeiro (Agrovila I) e o Assentamento 5 de Janeiro (Agrovila II). Já em Lagarto, será o Povoado Açu Velho e, em Riachuelo/Malhador, o Assentamento Marcelo Déda (Agrovila I) e Assentamento Marcelo Déda (Agrovila II). Serão investidos R$ 740.338,99, via emenda parlamentar do deputado federal João Daniel.

“Em parceria com o governo do Estado, para melhorar a vida das comunidades, dos assentamentos no estado de Sergipe, estamos preocupados em resolver esse problema de abastecimento de águas nas comunidades. São várias comunidades importantes, que agora vão ter o abastecimento”, destacou o deputado federal João Daniel.

Ainda na solenidade, Belivaldo assinou contrato de prestação de serviço para implantação de outros dois sistemas simplificados de abastecimento de água, em Aquidabã e Poço Verde, via recursos do projeto Dom Távora. Serão investidos R$ 147.973,40 em benefício de 84 famílias.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
O prefeito de Indiaroba, Adinaldo Nascimento, nomeou as localidades que serão beneficiadas em seu município e evidenciou que a ação vai melhorar a qualidade de vida das pessoas assistidas. “O Assentamento Nicácio Rodrigues, Sepé Tiaraju – Agrovila Sabão, Sepé Tiaraju – Agrovila Cajá, 8 de Agosto, 5 de Janeiro e o Assentamento 5 de Janeiro. Cada agrovila dessas, tem uma média entre 15 e 30 famílias, totalizando em torno de 200 famílias que terão acesso a esse bem sagrado que é a água. Sem dúvida vai gerar emprego e renda. Estou falando da qualificação social nessas agrovilas, de melhorar a qualidade de vida das mulheres, porque são elas que fazem ainda o comboio da água, do cenário do balde na cabeça. É até emocionante para a gente que convive com essa realidade em pleno século XXI e somente nesse momento estamos conseguindo realizar através do governo do Estado”, reconheceu o prefeito.

Perfuração de poços e perímetros irrigados
O Governo do Estado, também, investirá R$ 849.912,13 para aquisição de insumos de perfuração de poços e equipamentos para manutenção dos perímetros irrigados. A ação beneficiará aproximadamente 13.805 pessoas de seis perímetros irrigados em Canindé de São Francisco, Tobias Barreto, Itabaiana, Areia Branca, Malhador, Riachuelo e Lagarto. Serão substituídas peças com mais de 30 anos em uso na distribuição de água aos agricultores beneficiados pela irrigação pública. O serviço é responsável pela produção de alimentos, geração de emprego e renda no campo.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
“Vai nos ajudar a preparar o solo. Por isso é um momento de alegria. Quero externar meu agradecimento. Eu, como filho de Canindé e, hoje, gestor desse município, venho aqui transmitir essa alegria para povo da nossa cidade e agradecer ao Governo de Sergipe”, agradeceu o prefeito de Canindé de São Francisco, Weldo Mariano.

Os perímetros irrigados da Cohidro, também receberam, seis triciclos, com carroceria baú, doados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os veículos darão suporte ao trabalho de assistência técnica agrícola e aos agricultores assistidos pela Cohidro.

O valor superior aos R$6 milhões investidos considera, ainda, a entrega de tratores e equipamentos agrícolas para fortalecimento da agricultura familiar e as autorizações para reforma civil do prédio administrativo da sede da Cohidro, em Aracaju, e para serviços emergenciais na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador, também realizadas na mesma solenidade.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Plantação comercial de maracujá na irrigação estadual dá frutos de alta qualidade

Cohidro incentiva adoção de cultivos diferentes, abrindo novos mercados, melhorando renda e capacidade de geração de empregos nos seus perímetros

O calor típico do Semiárido somado à disponibilidade de água do Rio São Francisco, que no Perímetro Irrigado Califórnia ocorre o ano todo, possibilitaram a implantação de uma plantação de maracujá a nível comercial em Canindé de São Francisco. São oito hectares (ha) plantados com a fruta e que está alcançando padrões de qualidade acima da média estadual e, tão logo os maracujazeiros atinjam a sua produção plena, vão abastecer uma indústria de sucos no município de Estância. Embora o lote empresarial no perímetro possua assistência técnica própria e tenha promovido um alto investimento neste maracujá, é o fornecimento de água feito pelo Governo do Estado, através do perímetro da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que dá suporte à produção em pleno Alto Sertão.

Gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes ficou surpresa com o tamanho e o rendimento dos frutos do novo pomar. Comparando o peso delas inteiras com o da polpa sem sementes, o aproveitamento pode chegar a 35,7%. “O Califórnia fornece irrigação para este e outros 332 lotes e incentiva a adoção de culturas diferentes daquelas que têm excesso de oferta e baixo preço de venda no perímetro, a exemplo do quiabo, visando melhorar a geração de renda no campo. Agora que vemos que este maracujá de alto rendimento pode dar certo, vamos compartilhar esta boa nova e até organizar visitas guiadas ao pomar, para que outros produtores irrigantes fiquem animados em produzir. Criando um novo mercado de clientes, fornecedores de insumos e mão de obra qualificada para a produção”, defende.

O maracujá do lote empresarial de Lívia Sales, gerenciado por Humberto Ribeiro, segundo análise laboratorial feita pela indústria de beneficiamento, alcançou 13,9º de Brix, que determina a quantidade de açúcar no suco da fruta, superando a média regional que fica entre 12 e 13. O peso médio de 286g por fruto supera a média da região, que é de 200g. Acidez, porcentagem de polpa e semente, aspecto do fruto, cor e aroma também estão acima da média para Sergipe, qualificando a produção a oferecer um suco com potencial para ser exportado. A projeção é de que esta nova área plantada de 8ha, depois de todas as colheitas, vá alcançar as 320 toneladas de maracujá. A colheita está sendo feita há pouco mais de um mês e toda a produção atende o varejo local, abastecendo os três maiores estabelecimentos de Canindé.

“O resultado da produção está excelente e estamos trabalhando com dois distribuidores, para distribuir em cidades da região e em outros estados. Não estamos tendo dificuldade de mandar para fora. Essa não é a nossa capacidade total de produção, porque é a primeira colheita que começamos a fazer, então o fruto ele dá menos, porque as plantas ainda não enramaram para baixo formando uma cortina, fechando normalmente, então vamos produzir muito mais. A nossa previsão é de produzir por mais ou menos 1,5 ano, aí depois teremos que tirar essas plantas e replantar novamente. A estrutura vai ficar, então seria só replantar realmente”, apontou Humberto Ribeiro. A expectativa dos produtores é que entre dezembro e janeiro a plantação vá ter uma produção com porte para fornecer frutos também à indústria.

Já no começo da plantação, o senhor Humberto aperfeiçoou um instrumento de polinização das flores do maracujazeiro, usando uma escova em forma de anel, copiando o trabalho que na natureza só consegue ser feito por alguns poucos tipos de insetos. “Aquela polinização deu muito certo. Dá um resultado melhor do que fazer com a mão”, reforçou o gerente do lote que explica que existiram outros cuidados para que a plantação tenha prosperado. “Temos um grupo, com o engenheiro agrônomo e técnico agrícola, que determina um programa mensal de pulverização. Mas a gente faz uma vistoria diária na área, e assim que detectamos qualquer problema na planta ou no fruto, a gente aplica outra pulverização com recomendações também do nosso engenheiro agrônomo, e assim a gente vai corrigindo”, finaliza o gerente do lote empresarial.

 

[vídeo] Programa Estadual de Melhoramento Genético atende perímetro irrigado da Cohidro

Destinado à melhoria da produtividade de leite nos pequenos rebanhos da bacia leiteira sergipana, o Programa Estadual de Melhoramento Genético por Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), planeja inseminar, até o final de 2021, 885 animais de 186 pequenos criadores, investindo R$ 200 mil, em parceria firmada com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS)

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, no último sábado (16) mostrou a realização do diagnóstico gestacional de cerca de 50 vacas de pequenos criadores que são irrigantes do Perímetro Irrigado Jabiberi, administrado pela Cohidro em Tobias Barreto. A companhia estadual, vinculada à Seagri, no próximo ano pretende ampliar o número de animais atendidos naquele e no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco.

Agricultores irrigantes de Lagarto apostam em mercado promissor da abóbora

Mercado escasso de abóbora abre espaço para o irrigante lagartense mudar sua estratégia e investir no cultivo

 

Luan de Oliveira é irrigante do Perímetro Piauí e plantou abóbora pela segunda vez [Foto – Fernando Augusto]
Há cerca de dois anos, a abóbora já aparecia entre os cultivos em crescimento de área plantada no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado em Lagarto, e, agora, que o mercado para o fruto está mais atraente para o agricultor, o número de lavouras está crescendo. Em Sergipe, a região com mais produtores de abóbora é o Alto Sertão, mas muitos agricultores daquela localidade, com ou sem irrigação, decidiram plantar o milho neste ano, de olho no alto preço de venda do cereal. O mercado escasso de abóbora abre espaço para o irrigante lagartense mudar sua estratégia e investir no cultivo. Para isso, o produtor conta com a flexibilidade garantida pela assistência técnica e a irrigação fornecida durante todo ano pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).
Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida, informa que os agricultores irrigantes que estão apostando na abóbora, também lançam mão às tecnologias de irrigação atuais, utilizando sistema de mangueiras de gotejamento, mais baratas e econômicas, casando com a praticidade da fertirrigação, que leva o adubo até a planta diluído na água. O funcionário da Cohidro analisa o mercado de hortifrúti, supondo que o preço vai aumentar em breve. “No momento, está de R$ 1,00 o quilo, mas a tendência é melhorar o preço porque o pessoal que plantava abóbora optou pelo milho sequeiro no Sertão. Daí, vai faltar abóbora no mercado e o perímetro vai investir na abóbora para aproveitar essa oportunidade”, previu Gildo Almeida.
Luan de Oliveira é irrigante do Perímetro Piauí e plantou abóbora pela segunda vez, agora em uma área maior, ocupando quase um hectare (ha). Ele utiliza a irrigação por gotejamento e deve colher no fim de novembro. “É um plantio tranquilo, pois não necessita de muita mão de obra. Plantei a abóbora Lagarteira (conhecida como Tieta) dia 17 de agosto e já adubei 3 vezes. Plantei abóbora porque é uma plantação de fácil cultivo, não gasta muito e nem necessita de muita mão de obra, não tem muita praga e é fácil de cuidar. Vendo para compradores de outras cidades, conheço alguns, procuro sempre o melhor preço”, apontou. Para o agricultor, que está cultivando a abóbora no período de estiagem, a irrigação fornecida pela Cohidro garante a produção. “A gente aqui só consegue produzir abóbora sem irrigação durante o inverno”, acrescentou o produtor.
É a primeira vez que Fernando Fontes está plantando a abóbora e a sua expectativa é de que o mercado esteja aquecido para as vendas quando ele for colher. “Eu estou apostando na abóbora, através do gotejamento, e estou com a esperança que possa ter bons resultados. Plantei vendo que a plantação de abóbora no Sertão este ano foi abaixo do esperado. Plantei fora de época, através da irrigação e esperando que venda com preço bom. A área que eu tenho plantada é duas tarefas (0,66 ha). Já dei a primeira adubação e continuo molhando através do gotejamento e, com fé em Deus, vai dar um lucro vantajoso para a gente”, avaliou o irrigante atendido pela Cohidro no perímetro de Lagarto.
“A Cohidro orienta na parte técnica, no acompanhamento, principalmente para os produtores que estão começando com um novo plantio, como é o caso da abóbora. A gente indica a irrigação por gotejamento, com a fertirrigação, porque se for para plantar a abóbora com aspersão, molhando a planta por cima, vai prejudicar a flor, não vai produzir com todo o seu potencial. A água vai lavar o pólen e até a água que junta dentro da flor pode fazer perder e ali já pode não dá uma abóbora”, complementou Gildo Almeida, acrescentando que o ideal são as mangueiras de gotejamento, que molham as plantas por baixo. “A Cohidro orienta, com a parte técnica, o tipo de adubação ou, se caso necessário, a utilização de algum tipo de inseticida para combater alguma praga, mas nem sempre é necessário”, concluiu o gerente do perímetro irrigado.

Pimenta Biquinho: produção garantida pela irrigação estadual e incentivo da indústria em Lagarto

Investimento para colher variedade é menor que o da malagueta, com alto grau de ardência e de tamanho menor

[Foto: Fernando Augusto]
Variedade de pimenta que tem por característica a ardência moderada e talvez por isso seja usada na fabricação de conservas e até geléias, a biquinho ganhou um incentivo a mais para ser cultivada pelos agricultores beneficiários do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. A indústria local renovou os contratos para a compra da pimenta e a irrigação e a assistência técnica, fornecidas pelo Governo do Estado durante o ano todo, tornam esses pipericultores aptos a assumir o compromisso de venda por longos períodos. Antes desse tipo de plantação receber este estímulo do mercado, no final do ano passado foram colhidas 72 toneladas (t) da biquinho. Em 2021, é esperada uma safra maior, que começa de fato após o período de inverno, impróprio ao cultivo, casando com a época de pico das compras feitas pela indústria.

Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) fornece água e dá a orientação técnica para esses irrigantes do perímetro atenderem à demanda de mercado pela biquinho. Gerente do Piauí, Gildo Almeida esclarece que o suporte dado pela empresa de irrigação pública é essencial para o produtor cumprir os contratos de venda. “Agora, desde quando começou o preparo do solo até a colheita, a Cohidro sempre está dando orientação técnica, na formação, espaçamento, o jeito de molhar a pimenta e todas as fórmulas, a gente acompanha e incentiva”, expõe Gildo, que não vê outro meio de plantar a biquinho sem irrigação. “A época que a indústria local escoa mais a produção, é na época de estiagem aqui. Então, eles têm que usar tanto a irrigação quanto os acompanhamentos que a gente dá”.

Reginaldo Bispo produz em seu lote no perímetro Piauí há 18 anos e agora está colhendo a biquinho plantada há mais de quatro meses. “A gente planta e quando é com uns 70 a 90 dias já estamos colhendo. Eu comecei a colher há 30 dias mais ou menos, são quatro tarefas e meia. Eu fiz um contrato com uma indústria local e voltei a plantar. E está valendo a pena sim”, confirma o agricultor, dizendo que além da garantia de venda, em algumas ocasiões a indústria adianta parte do pagamento pela pimenta fornecendo insumos. “A empresa sempre tem nos ajudado fazendo com que sempre dê manutenção. No ano passado, ela forneceu adubo para a gente trabalhar, para facilitar mais a vida do produtor, e só tem nos ajudado”, confirma ele que mantém três áreas com idades de plantios diferentes, para dispor de período de colheita bem maior do que o próprio ciclo produtivo da planta.

Gildo Almeida aponta que o forte da produção da biquinho é no segundo semestre do ano, ainda também pelo fator climático. “No período de chuva não dá para plantar, tanto a pimenta biquinho quanto as outras, pois a pimenta não é muito propícia ao inverno, na friagem ela não é adaptável. No inverno, tem mercado para escoar, mas só que não compensa, pois vai gastar muito com adubação, com defensivos. Mesmo que não precise irrigar ela no inverno, ela não se adapta à frieza. A boa produção da pimenta é de agosto a janeiro, ou fevereiro do ano seguinte, pois ela se adapta mais no clima quente com a irrigação. No inverno não compensa, pode até produzir, mas o retorno, ou seja, o lucro não vai ser favorável”.

“A irrigação da Cohidro e a assistência técnica ajudam em tudo que precisamos. Na orientação para colocar defensivos, na orientação quando tem alguma doença que aparece ou alguma praga, é ela quem nos orienta. A gente pede para [o técnico agrícola] vir olhar e ele orienta o que deve fazer e o que não deve. Compensa, sim, plantar a pimenta biquinho e eu vou continuar plantando. Se a empresa local estiver recebendo nós estaremos plantando, porque aqui gera muito emprego. Às vezes a gente pega cinco pessoas, às vezes pega dez. Isso vai depender da quantidade que tem para colher”, finaliza o produtor Reginaldo Bispo.

 

No ranking da produção de pimentas no perímetro Piauí em 2020, a biquinho (72t) está em segundo lugar, encostada na malagueta (73,5t), e na frente da jalapenho (34,5t) e da habanero (23,5t).

 

Assistência técnica e irrigação pública auxiliam redução de custos na pecuária em Tobias Barreto

Estado criou bancos de sementes para popularizar variedade de palma e a gliricídia

 

[foto: Fernando Augusto]
Tocado pela alta nos preços das commodities milho e soja, o valor da ração animal tem se elevado, dificultando a sustentabilidade nas pequenas propriedades da Agricultura Familiar. Em Tobias Barreto, no Perímetro Irrigado Jabiberi, pequenos pecuaristas estão buscando alternativas alimentares aos grãos, para manter as criações de gado de leite, corte e ovinos. Orientados pela assistência técnica e programas do Governo do Estado, eles apostam no cultivo de espécies diferentes do que a pecuária convencional pratica, dentre elas a palma orelha de elefante, a gliricídia e o BRS Capiaçu. A irrigação fornecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) na maior parte do ano, facilita o desenvolvimento destas plantas que são dadas aos animais em suplementação ao capim, também irrigado.

“No perímetro irrigado, hoje, quase 70% das plantações são voltadas à produção leiteira. Estamos incentivando a produção do máximo de alimento possível dentro do lote, para alimentação dos animais, tentando variar o máximo possível. Desde o plantio de gliricídia, que produz uma proteína de alta qualidade; até o plantio da palma, que é mais energética; do BRS Capiaçu, de alta produtividade e também com um teor, tanto de energia quanto de proteína, elevado. Estamos trabalhando com diversos tipos de alimentação para o gado, de volumosos, para reduzir a aquisição de insumos externos. Assim, você aumenta a capacidade do produtor ter mais rentabilidade, porque essa produção é muito mais barata do que a comprada fora”, justificou o técnico agrícola da Cohidro que presta assistência ao Jabiberi, José Coelho.

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca conta que o Capiaçu chegou ao Jabiberi por indicação da Cohidro. “Já a introdução da palma orelha de elefante e a gliricídia, recebeu o incentivo do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação, há cerca de um ano. É uma parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF)”, detalha.

A Cohidro é vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), que através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), outra vinculada, executa o programa no estado. “Para ter acesso às sementes da palma, os irrigantes do perímetro se comprometeram a doar o saldo da primeira colheita de ‘raquetes’ para beneficiar mais pessoas com acesso às sementes. Desta forma, as espécies forrageiras se multiplicaram para os lotes de outros produtores”, complementa João Fonseca.

José Coelho já contabiliza que o incentivo vá chegar para todos os produtores através destes primeiros ‘bancos de sementes’ no perímetro. “Ao todo são 55 produtores de leite hoje no perímetro, produzindo leite, mas diretamente começamos com 15 pessoas e vamos ampliar até chegar a todos”, destacou o técnico. A intenção é de que o pequeno pecuarista atendido no perímetro consiga plantar a maior parte da alimentação destinada às suas criações. “Alguma coisa tem que comprar, não tem jeito, mas comprar cada vez menos insumos externos. Também tem a Associação dos Pequenos Criadores do Perímetro Irrigado Jabiberi (APEC). Nesse verão, vamos ter que adubar todos os lotes e fazer a aquisição de milho e soja. Se isso for feito de forma conjunta, reduz o custo de aquisição”, conclui, destacando o apoio dado pela empresa também ao associativismo.

Uilde de Jesus é presidente da APEC. Ele foi um dos beneficiados com sementes de palma, mudas de gliricídia e já ampliou sua gama de alimentos alternativos para o gado e os ovinos que cria. “Eu associei minha palma com o feijão guandu, que é fósforo, tanto para a alimentação animal quanto para a adubação para a palma. Eu quero baixar o mínimo de custo na minha propriedade, daí meus animais tiveram uma melhora, aumentando o estado corporal das vacas, porque aumentou também a quantidade de ração, já que saiu mais barato e com isso, só teve ganho no gado de engorda e no de leite, permaneceu ou foi até melhor que a ração convencional comprada. A Cohidro está dando o apoio essencial à gente porque, para a implantação do capiaçu, da gliricídia e da palma veio o projeto através dela, então estamos aproveitando a chance e estamos nos dando bem, graças a Deus”.

Outubro Rosa – Mês da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero

Como forma de respeito e cuidado com a saúde de todas as nossas funcionárias, a Cohidro adere à campanha do Outubro Rosa, mês da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero.

A empresa, iniciando pela sede em Aracaju, já começou a ser decorada com adereços e avisos, lembrando e informado sobre o Outubro Rosa. Logo mais será distribuído um material informativo sobre como as nossas colegas de trabalho podem proceder para prevenir o câncer de mama e de colo do útero. Além dos tradicionais laços de fita rosa, como forma de cada um manifestar apoio à campanha de conscientização e saúde.

 

[vídeo] Pimenta biquinho volta a ser bom negócio no perímetro irrigado estadual de Lagarto

A pimenta biquinho foi tema para reportagem no programa Estação Agrícola, levado ao ar na TV Sergipe no domingo (03). No Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo  Governo de Sergipe  em Lagarto, ocorreu a retomada dos contratos de venda para a indústria local, depois de dois anos. Agora que os produtores têm comprador certo, voltou a ser vantajoso plantar o fruto nos lotes beneficiados pela irrigação pública fornecida através da Cohidro.

 

Contando com a irrigação por todo ano e a assistência técnica dos técnicos da Cohidro, o irrigante Reginaldo dos Santos, além da área que ele já está colhendo, tem outra parcela com mais de dois meses de plantio e outra semeada há 25 dias. O que dá a ele um período de colheita bem maior do que o próprio ciclo produtivo da planta.

Produção do amendoim irrigado deve ser impulsionada por flexibilização do isolamento social em Lagarto

Grãos sem comprador serviram de semente na safra a ser colhida a partir de novembro
Seu Antônio cozinha o amendoim que planta e a colheita dos irrigantes vizinhos [Foto: Fernando Augusto]

Patrimônio Imaterial Sergipano, o amendoim cozido é um método de beneficiamento que absorve praticamente toda safra do produto no estado. Seu consumo é associado às festividades juninas e é um petisco dos mais apreciados nas atividades recreativas. Com a reabertura das praias, bares e eventos, depois de mais de um ano e meio de pandemia de Covid-19, o consumo do amendoim tem grande expectativa de voltar à normalidade neste fim de ano. Produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, após diminuírem a produção no primeiro semestre deste ano em cerca de 7%, agora estão animados em retomar os plantios. Queda que nem aconteceu em alguns desses lotes atendidos pelo Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), com irrigação e assistência técnica.

O casal Josefa Araújo e Alcides Meneses planta o amendoim no perímetro irrigado da Cohidro há cerca de uns três anos e sentiu dificuldade em escoar a produção no período da pandemia, mas isso não significou em perda da produção. “Mudou muito. Ficamos sem vender o amendoim. Daí, secamos o produto, guardamos para semente e agora estamos usando esta semente para plantar. Isso compensou, porque agora a gente não está precisando comprar a semente. Foi ruim, porque para comprar os adubos nós nos apertamos, não tinha o amendoim para vender. Mas agora [o mercado] está melhor, graças a Deus e até o comprador veio aqui esta semana olhar [a lavoura]. E já tem uma área ali limpa, que vamos plantar com esta semente que guardamos”, adianta.

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida explica que além da queda o período é de entressafra, por conta do inverno chuvoso, condição climática que diminui a produtividade do amendoim e dificulta o trabalho de colheita. “O amendoim agora está em falta no mercado, a produção de amendoim caiu um pouco, mas a tendência dos próximos meses é de normalizar. O pessoal está começando novamente a plantar e outros estão se preparando para fazer plantação. Houve uma queda de 2021 com relação à 2020, porque em 2020 com a pandemia fechou tudo, as praias, as festas. Em 2021, muitos não plantaram com medo de não achar a quem vender o produto. Mas nos próximos meses vai normalizar. Tem gente que já fez a plantação e outros estão se preparando para fazer a plantação novamente”, esclarece.

Diretor de irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca justifica que além do mercado promissor para o amendoim, a cultura é muito empregada na rotatividade de cultivos. É incentivada pela assistência técnica dada pelos técnicos agrícolas da empresa, para melhorar a fertilidade natural do solo e, em consequência, a produtividade de outras espécies plantadas na mesma área depois, ou até mesmo consorciado ao amendoim, a exemplo do maracujá. “É uma cultura pouco exigente. Atua na fixação biológica do nitrogênio ao solo e fornece uma grande quantidade de matéria orgânica ao solo, através dos restos culturais, ajudando o agricultor a economizar em adubação. Por essas vantagens, em nossos perímetros, ele acaba por ocupar as áreas na sequência de outros cultivos mais duradouros ou exigentes durante as entressafras, como a batata-doce e o coentro”, revelou o diretor.

Antônio de Souza, mais conhecido como Toinho do Amendoim, tem muita experiência plantando e cozinhando a sua produção e a dos seus vizinhos no perímetro irrigado de Lagarto. Para ele, a pandemia pouco interferiu no seu negócio. “São mais de 15 anos que eu trabalho com o amendoim, plantando e colhendo. [No período de pandemia] a vendagem foi boa, a diferença é que o pessoal não plantou com medo de não vender, já que não ia ter festa. Mas não caiu muito não, na verdade foi bom demais, tanto que o São João do ano passado faltou amendoim e nesse São João também foi bom demais, bom mesmo. Não pude reclamar não. Esse ano faltou também, para comprar. Se eu tivesse mais, teria ganhado dinheiro”, analisou o irrigante que plantou amendoim no dia 13 de outubro, em 0,5 hectares do seu lote.

 

Última atualização: 18 de novembro de 2021 21:13.