Estudantes de Alagoas fazem visita acadêmica em perímetro irrigado estadual em Canindé

Aula prática foi em plantações de uva, pera, melão e tomate; irrigadas e assistidas pela Cohidro

 

Com o retorno das atividades educacionais à normalidade, após o período de isolamento social da pandemia, são retomadas as visitas acadêmicas dos cursos de tecnologias rurais. O Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pelo Governo de Sergipe em Canindé de São Francisco, sempre foi um destino bastante procurado para aprender como se dá a agricultura que ocorre durante todo ano, produziu em 2021 mais de 40 toneladas de alimentos e gerou em torno de R$ 44 milhões em renda para as 1.863 pessoas beneficiadas. Isso graças à irrigação e assistência técnica fornecidas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A Empresa pública, que administra o Califórnia, recebeu na última semana duas turmas de estudantes do curso Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), campus do município de Santana do Ipanema.

Maria Eduarda está no módulo 2 do curso de Agropecuária, achou muito interessante as produções de uva, pera, tomate e melão, que a sua turma no IFAL visitou no perímetro Califórnia, sexta-feira (06). “Tem uma organização, tem um planejamento, tem uma assistência, tem tudo que um produtor precisaria para desenvolver sua cultura. E foi muito positiva essa viagem para mim, e para os meus colegas, porque nós adquirimos bastantes conhecimentos. Oportunidade única, foi um sonho estar em Canindé, visitando o perímetro Califórnia. É algo muito desenvolvido, é surreal. O que eu tirei de positivo foi a humanidade dos produtores, são pessoas bem simples e legais, honestas, que vou levar para o resto da minha vida tanto profissional como pessoal. Por este dia maravilhoso, agradeço a parceria da Cohidro, pelo trabalho desenvolvido no perímetro irrigado, e pela disponibilidade da visita”.

A produção de pera e uva, hoje consolidadas, foram campos experimentais implantados em parceria com a Embrapa de Petrolina (PE). Já os campos de tomate e melão fazem parte de um trabalho de introdução de novas culturas e variedades, feito pelos técnicos da própria Cohidro. “Este tipo de visita é bastante importante para empresa, pois nós divulgamos o nosso perfil produtivo, as nossas condições produtivas. E para os alunos, que conseguem ver um trabalho sendo executado de forma prática, onde eles vivenciam, juntos dos técnicos e produtores, todos os procedimentos que eles viram em sala de aula de forma teórica”,considerou o funcionário da Cohidro, Tito Reis, que acompanhou professor e estudantes às plantações do Califórnia durante a visita técnica.

Doutor em Ciências Agrárias, Irrigação e Drenagem, o professor do IFAL de Santana do Ipanema, Vlademir Silva, foi quem trouxe os alunos e orientou a visita acadêmica ao perímetro da Cohidro em Canindé. Segundo ele, o objetivo era fazer os estudantes conhecerem a realidade de uma área produtiva. “Vão conhecer a cultura propriamente dita e ela se desenvolvendo dentro de uma área irrigada. E para eles entenderam também como é que funciona um plantio, desde a semente até a produção. Também vem a realidade do produtor, as dificuldades que se tem em nível de instalação de áreas de plantio, ainda mais em um momento de guerra e os fertilizantes caros. Outra coisa é entender: eu estou me formando para que? Para desenvolver essas áreas, para estar participando desse processo, pegar um nível de extensão e levar essas informações para esses produtores. Mas para que isso aconteça, eles têm que conhecer isso”, analisou.

Para a gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, as visitas acadêmicas são vias de mão dupla, em que estudantes e agricultores saem ganhando. “A presença de estudantes e professores nos lotes, levando o conhecimento teórico, acaba contribuindo com o produtor e os nossos técnicos, que sempre têm algo para aprender nesta troca de conhecimentos. E o inverso também acontece, pois só o agricultor tem a vivência prática de lidar com a lavoura e sabe a forma como planta e solo se comportam. Por isso, sempre fazemos um esforço extra para receber esses visitantes”, expôs.

Também aluno do campus Santana do Ipanema, Flávio Barbosa identificou como positiva a presença dos técnicos agrícolas da Cohidro no desenvolvimento das lavouras irrigadas. “Como estudante da área, vi que a assistência técnica está presente. As lavouras sadias, viçosas, com rotação de culturas e conhecimento dos agricultores, demonstrado ao falar da cultura. Um ponto que eu achei positivo foi a troca, a simbiose entre o agricultor, o técnico e a academia em questão. E como lembrança, fica todo o conhecimento dessa visita técnica, que, para mim, foi um dia de campo”, impulsionou o estudante.

PERÍMETRO CALIFÓRNIA | Peras cultivadas com irrigação em Canindé chegam a pesar mais de meio quilo

Ozeias Beserra [Foto – Fernando Augusto]
Entre dezembro e março é realizada a colheita de pera, que tem uma importante demanda identificada no período de verão. Em Canindé de São Francisco, a pera é cultivada no Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Ao todo, 400 pés do fruto se dividem entre a variedade Triunfo e as variedades Princesinha e Santa Maria, melhoradas e adaptadas para o clima do sertão sergipano.

Para Ozeias Beserra, produtor irrigante do Perímetro Califórnia, o ano já começou com uma grande surpresa – literalmente. Nas primeiras colheitas de 2021, as peras em seu lote apresentaram uma média de 600 gramas cada. O irrigante segue em busca de compradores para a sua produção, e demonstra animação com o resultado do cultivo. “Por enquanto, ainda estou buscando mais compradores certos. Estou correndo atrás, mas ainda está tranquilo. Quando a florada aumentar, vou repassar para mais compradores e também entregar nas feiras”, planeja Ozeias.

Para o agricultor, trabalhar com a pereira é fácil, pois seu fruto tem boa aceitação no mercado e, por ser adaptada, tem um ótimo manejo. No ano passado, a colheita foi significativa e a produção ficou em torno de 12 caixas do fruto, que chegavam a pesar até 30 kgs. A expectativa esse ano é um pouco maior, considerando o tamanho e o peso das peras. O agricultor irrigante do Período Califórnia espera que sejam retiradas ao menos 50 caixas.

A inserção da cultura da pera no Perímetro Irrigado Califórnia vem acontecendo desde o ano de 2016, a partir de convênio firmado entre a Cohidro e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido – Petrolina), que viabilizou a transferência da tecnologia necessária ao início da produção, além do fornecimento das mudas, sistema de irrigação e fertirrigação por gotejo, defensivos e fertilizantes, como também a assistência técnica.

Para João Fonseca, diretor de irrigação da Cohidro, a vantagem de ter o cultivo no Califórnia é o seu valor agregado, em relação às culturas tradicionalmente produzidas no perímetro de Canindé. “Com isso, nós passamos a oferecer novas opções de produção e de geração de renda para os nossos agricultores irrigantes, a partir da introdução de duas culturas que até então não eram produzidas: além da pera, também a uva”, disse o diretor.

[vídeo] Balanço Geral Manhã entrevista diretor da Cohidro sobre uva e pera irrigada no Alto Sertão

Assista o vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code

O programa Balanço Geral Manhã, da TV Atalaia, na sexta-feira (30) entrevistou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, para falar sobre os campos experimentais de uva e pera inseridos nos perímetros irrigados do Alto Sertão Sergipano, em convênio com a Embrapa Semiárido, de Petrolina (PE).

Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia fazem balanço positivo. A produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas.

A Cohidro, subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e administradora do Califórnia, vem contribuindo com a produção fornecimento de água para irrigação aos 272 lotes totalmente irrigáveis do perímetro, com os dos três irrigantes que abrigam os campos experimentais em seus lotes. Desde o início, a empresa do Governo de Sergipe também selecionou seus técnicos para acompanhar os técnicos da Embrapa na implantação e orientação que estavam sendo dadas a estes fruticultores.

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Canindé passa a produzir uva e pera a partir de parceria entre Embrapa e Cohidro

Após inverno chuvoso e mercado desaquecido na pandemia, produtores reiniciam produção com poda dos pomares

[Foto: Fernando Augusto]
Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores fazem balanço positivo. A produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas. A implantação das duas culturas agrícolas foi possível através da parceria firmada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), de Petrolina-PE, e os perímetros irrigados Jacaré-Curituba (Codevasf) e Califórnia (Cohidro), em Sergipe. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe, inicialmente, quatro produtores irrigantes foram selecionados, sendo três no Califórnia, que reservaram meio hectare em seus lotes para receber campos experimentais.

O projeto teve início em 2016, através de uma proposta da Embrapa de introdução dessas duas novas culturas, que já possuíam um resultado positivo em Pernambuco. Clima e baixa demanda por produtos agrícolas, provocada pelo isolamento social na pandemia, desaceleraram produção no último inverno. “Eu fui um dos produtores escolhidos para plantar uva. A produção ainda é um pouco baixa, estamos no terceiro ano de produção. Paramos por um período grande de chuva, com muito frio, mas estamos dando a retomada com a poda de produção. Temos uma média de 7,5 a 8 toneladas por hectare e a tendência é aumentar a produção, até porque há uma boa aceitação nos mercados locais”, destacou o irrigante do Califórnia, Levi Ribeiro. Ele explica que o convênio com a Embrapa era de dois anos, mas após este período continuou a receber a assistência da Cohidro.

“Durante o convênio, nós tivemos acompanhamento feito pela própria Embrapa. Eles Fizeram toda a instrução e acompanhamento junto com os técnicos da Cohidro e, assim que se encerrou o convênio, os técnicos da Cohidro passaram a nos acompanhar e instruir. É importante a produção de uva, porque estamos com mais uma alternativa, além da goiaba e acerola, que também produzo”, acrescentou Levi. Os três irrigantes do perímetro Califórnia, além dessa orientação, receberam da Embrapa mudas frutíferas, todo material para montar os campos e os nutrientes utilizados na adubação durante a vigência do convênio. A Cohidro, subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), vem contribuindo com o fornecimento de água para irrigação, distribuída a Levi e outros 272 lotes como o dele.

Diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca reforça que a uva e a pera oferecem valor agregado, dando maior compensação financeira no investimento de tempo, recursos e na ocupação do lote que recebe irrigação subsidiada pelo Governo do Estado. “A vantagem da introdução dessas culturas é que elas são novas no Califórnia, e entendemos que estamos dando mais opções de renda e de produção aos agricultores, não só com a venda do cultivo do produto in natura, mas também do produto processado, a exemplo da uva, que já vem sendo utilizada para a produção de vinhos aqui em Sergipe. E a Cohidro, como parceira desse projeto junto com a Embrapa, desde o início, selecionou seus técnicos para acompanhar os técnicos da Embrapa na implantação e orientação que estavam sendo dadas aos agricultores”, completou o diretor.

Ozeias Bezerra é o produtor do perímetro Califórnia selecionado para produzir a pera. Ele conta que o fato de ser um produto inédito na região o ajudou a aceitar o desafio. “Eu aceitei cultivar a pereira porque é uma cultura viável e é rara por aqui. Também, por ser numa área experimental, vou poder aprender como se trabalha com a pera, a fim de, no futuro, ampliar essa área. É um fruto muito bom, o mercado aceita muito bem e o preço é praticamente estável, quando aumenta ou diminui, a diferença é pouca. Requer um certo cuidado na sua formação, foram dois anos conduzindo a planta para que ela ficasse com o porte ideal para a produção, e isso não foi desvantagem, visto que toda planta requer cuidados. Para mim, só tem vantagens trabalhar com a pereira”, concluiu.

Pera irrigada é cultivada como alternativa de renda no Alto Sertão Sergipano

Perímetro irrigado da Cohidro em Canindé abriga campo experimental com mais de 400 plantas, para testar viabilidade de três variedades do fruto
O irrigante Ozeias Beserra [Foto: Fernando Augusto]

A pera tem se mostrado uma produção inovadora no Alto Sertão Sergipano, dando bons frutos de diferentes variedades. No Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco [infraestrutura mantida pelo Governo do Estado para fornecer irrigação e assistência técnica agrícola para 333 lotes agrícolas], chama a atenção um pequeno pomar com quase 400 pereiras, campo experimental fruto da parceria entre a Embrapa Semiárido de Petrolina-PE e a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A mesma cooperação de transferência de tecnologia também levou a Canindé a produção de uva, criando modelos de alternância de culturas, no perímetro, economicamente favoráveis à geração de renda para os agricultores.

Ozeias Beserra é técnico em agropecuária e produtor rural irrigante no Califórnia. Com o convite para participar do experimento da Embrapa, enxergou na pera uma nova oportunidade de renda e melhoria da sua produção no campo. “Eu apostei na pera por ser uma cultura nova. Eu não conhecia, nem nunca tinha visto o pé da pereira, porque é uma planta que não tem tantos produtores. Eu, praticamente, sou exclusivo aqui no município. Resolvi apostar pra ter uma cultura nova, na expectativa de uma renda a mais, além do que consigo com as outras culturas que já venho trabalhando. Até agora, está sendo muito tranquilo de trabalhar, não vi dificuldades no manejo dela e dá pra ter um controle das pragas e insetos”, relata o produtor que, após a colheita no início de ano, fez uma pausa estratégica no ciclo de produção no pomar.

Ao mesmo tempo em que aplicou um tratamento fitossanitário para eliminar, com sucesso, uma doença fúngica, Ozeias quis atrasar a próxima colheita, para evitar colocar a produção no mercado em meio à pandemia e arriscar prejuízo. Agora, após induzir a quebra da dormência e a poda, que influenciam na produção, o processo de frutificação tem sido promissor e as plantas já estão florescendo. Em breve, haverá colheita nova. No pomar de 0,2 hectare, introduzido no final de 2017, há quase 400 pés de pera. A variedade Triunfo ocupa mais da metade da produção, enquanto as variedades Princesinha e Santa Maria ocupam o resto do cultivo – melhoradas e adaptadas para o clima do sertão nordestino.

O agricultor planeja gerar divisas para a fruta produzida em Canindé, escoando sua colheita para outras regiões, a fim de melhorar o rendimento financeiro do pomar. “Tenho planos de expandir essa produção para os municípios vizinhos, para a CEASA. A depender do tamanho que for a colheita, acredito que o mercado local não irá comportar, por isso, penso em expandir as vendas para outras regiões”, conta Ozeias. Na parceria, a Embrapa forneceu ao produtor toda a estrutura de fertirrigação por mangueiras de gotejamento, espaldeiras, mudas e nutrientes especiais para as plantas. A Cohidro, através do perímetro Califórnia, fornece a água de irrigação e os técnicos agrícolas que prestam assistência, em cooperação com os especialistas de Petrolina, que fazem visitas periódicas aos campos experimentais em Canindé.

Técnico agrícola da Cohidro, Roberto Ramos acompanhou, desde o início, a introdução dos pomares de pera e uva no Califórnia. “A gente sabe que é uma cultura nova e fica com uma expectativa muito boa de que essa área de pera sirva como vitrine, para que os outros produtores possam observar o que está sendo feito, a maneira que está sendo cultivada e, dentro dos resultados alcançados, queiram levar para os seus lotes. Quem sabe assim, mais tarde, a gente não tenha uma área bem maior de pera aqui na região?”, torce. Para ele, a experimentação de novas culturas expande o potencial econômico do perímetro. “É uma cultura resultante de uma enxertia por borbulhia, que leva um ano e meio para começar a produzir. O sistema de irrigação é o mesmo que se utiliza na área de uva, com duas mangueiras com gotejadores, cada um com uma vazão de um litro por hora. É o modelo que vai ter uma eficiência maior para esse tipo de cultura”, conclui.

[vídeo] Campo experimental produz peras com irrigação do Governo do Estado no Alto Sertão

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, mostrou no último sábado o campo experimental de peras introduzido em Canindé de São Francisco no lote do irrigante Ozeias Bezerra, em cooperação entre a Embrapa Semiárido [Petrolina-PE] e a Cohidro. É a primeira safra das pereiras plantadas em novembro de 2017 e o produtor está bastante otimista com o resultado. Na parceria, a Embrapa entrou com toda a estrutura de fertirrigação por mangueiras de Gotejamento, espaldeiras, mudas e nutrientes especiais para as plantas e a Cohidro, através do seu Perímetro Irrigado Califórnia, fornece a água de irrigação e os técnicos agrícolas que prestam assistência ao fruticultor.

Estudantes de Agronomia do Campus Sertão da UFS visitam perímetro da Cohidro em Canindé

Universitários puderam conhecer técnicas de produção irrigada para frutas e hortaliças

 

A estudante Damares Francisco pretende se especializar na área de irrigação [Foto Arquivo pessoal]
Na última quarta-feira (11), o perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco, recebeu a visita da turma do quarto ano do curso de Engenharia Agronômica do Campus Sertão da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Os estudantes puderam conhecer a aplicação de técnicas de produção irrigada para espécies frutíferas e olerícolas, como banana, maracujá, tomate, quiabo, pera e uva. Esta foi a terceira visita acadêmica dos alunos a um perímetro irrigado administrado pelo governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro.

A gerente do perímetro irrigado no sertão sergipano, Eliane Moraes, destacou que no ‘Califórnia’ há 333 lotes agrícolas recebendo água de irrigação para produzir anualmente cerca de 30 mil toneladas de alimentos, que injetam mais de R$ 33 milhões na economia local através da comercialização. “A partir de 2016 começaram a ser implantados campos experimentais de variedades frutíferas adaptadas ao clima semiárido, em convênio de transferência de tecnologia com a Embrapa Petrolina (PE). Primeiro foi a uva, que já está partindo para sua quinta colheita comercial, e depois a pera, que já rende lucros ao produtor que abrigou a nova cultura”, informou a gerente do perímetro ‘Califórnia’, que também se destaca na produção de quiabo: 4.620 toneladas foram produzidas em 2018, superando a produção de todos os outros alimentos.

A visita acadêmica foi orientada pelos professores da UFS, Marcos Eric e Thiago Matos, que levaram os 26 alunos do curso de Agronomia para conhecer experiências práticas nos sistemas de produção de fruteiras e olerícolas. “A vivência superou as expectativas. Os alunos tiveram a oportunidade de ver, no perímetro Califórnia, o trabalho prático e as áreas de produção de fruteiras, como maracujá e banana. Inclusive, estivemos em áreas experimentais de uva e pera, o que foi bem interessante”, conta o professor Marcos – que, além de engenheiro agrônomo, é doutor em Irrigação e Drenagem pela UFS.

Conhecendo na prática
No perímetro, os alunos foram recebidos pelo técnico agrícola da Cohidro, Roberto Ramos, que os acompanhou pelos lotes irrigados do produtor de peras, Ozeias Beserra, e do produtor de uvas, José Leidison. A aluna Damares Francisco participou da visita e destacou os conhecimentos apreendidos. “Vimos na prática a produção, tanto de fruteiras como de olerículas. O técnico que nos acompanhou explicou tudo certinho, foi muito atencioso e a visita foi ótima. Achei muito interessante a produção de uva e pera com o uso de tecnologias aqui em Canindé. Acho bem positivo, tanto para os produtores, quanto para o desenvolvimento da região. Tudo muito bem organizado e manejado, de acordo como deve ser”, avaliou Damares, natural do município de Carira.

A aluna enfatiza, ainda, a importância da irrigação para a produção agrícola na região do Alto Sertão Sergipano e disse que pretende se especializar na área. “A irrigação é essencial para a produção durante o ano inteiro, pois com isso o produtor não fica dependente de questões climáticas – se vai ter chuva ou não. Como aqui a gente sofre muito com a falta de chuvas, a irrigação acaba com esse problema. Eu e o professor Marcos Eric somos membros do grupo de estudos de Salinidade e Irrigação da UFS Campus Sertão e tudo o que vimos na visita, vamos levar para o grupo de estudos também”, completa Damares.

A turma do Prof. Marcos também já visitou perímetros irrigados localizados em outros municípios. Segundo ele, dessa forma, os alunos têm observado as experiências técnicas dos agricultores. “No perímetro Jacarecica I, em Itabaiana, eles conheceram a parte de sistemas de irrigação, como é feito o manejo. Em Lagarto, no perímetro Piauí, eles viram a parte de produção de grandes culturas”, recordou o professor. Em Itabaiana, os perímetros irrigados da Cohidro receberam investimentos de mais de R$ 14 milhões na troca de todo sistema dos lotes para a irrigação localizada e automatizada, reduzindo o consumo de água em 60% e o de energia elétrica em 50%. Já o perímetro Piauí se destaca em fornecer a produção para a indústria, como a de molhos e conservas de pimenta, a tabagista e às casas de farinha.

Assistidos pela Cohidro visitam produção de uva, pera e indústria em Petrolina

Os agricultores irrigantes do perímetro da Cohidro em Canindé de São Francisco, Oséias e Levi Ribeiro, acompanhados do técnico agrícola da empresa, Roberto  Ramos, na quinta-feira, 9, participaram de um dia de visitação ao polo de agricultura irrigada em Petrolina-PE, conhecendo a unidade Semiárido da Embrapa, fazendas inseridas naquele perímetro de irrigação e uma indústria de beneficiamento de suco de uva.

Foram recebidos pelo engenheiro agrônomo Paulo Roberto e o técnico agrícola Guy Guimarães, da Embrapa. A empresa federal atende estes produtores irrigantes sergipanos na parceria de transferência de tecnologia com a Cohidro, em que três campos experimentais, de uva (dois) e pera, foram implantados no Perímetro irrigado Califórnia, do Governo de Sergipe. O lote de Levi abriga um campo de videiras, que está em sua quarta produção comercial, o agricultor já produz mudas por enxertia e caminha para fornecer uvas para a produção de vinhos e sucos. Oséias tem uma plantação de pereiras que começaram a produzir frutos.

“Foi uma excelente visita. O técnico agrícola Guy que nos mostrou o desenvolvimento e cultivo de culturas, como uva e pera. Visitamos também uma fazenda que cultiva e faz o suco da uva. Vimos diversos cultivos de variedades diferentes dessas frutas e observamos o comportamento e os resultados expostos com relação de materiais resultantes de enxertia de mudas”, listou o técnico agrícola Roberto, da Cohidro. Outro agricultor irrigante do perímetro Califórnia, José Leidison, possui o segundo campo de videiras em Canindé e também foi atendido no convênio com a Embrapa.

 

 

Quarta colheita de uvas em perímetro irrigado consolida cultura no Sertão

Cohidro e Embrapa promoverão Dia de Campo para disseminar técnicas e vantagens do cultivo da uva na região
Foto: Arquivo Pessoal

Mais uma colheita de uva teve início no Perímetro Irrigado Califórnia, nos campos experimentais implantados pelo convênio de transferência de tecnologia entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa) e a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Até o final de abril, de Canindé de São Francisco partem as doces e enrubrescidas uvas para as feiras e mercados localizados na extensão que vai do Alto Sertão ao Agreste Sergipano. A cooperativa de produtores busca o aumento do número de viticultores, tornando viável a produção de polpas e sucos.

Para disseminar técnicas e vantagens do cultivo da uva na região, a gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes conta que realizará um Dia de Campo com Embrapa Semiárido, de Petrolina (PE), para definir a data. “Para os produtores, a cultura traz a possibilidade de industrializarem os frutos; para a economia do perímetro irrigado e da cidade, a possibilidade de ter uma produção agrícola especializada, de alto valor agregado e que foge dos produtos de ciclos curtos e de baixa rentabilidade, como o quiabo. Além da uva, queremos que o dia de campo trate da produção de pera, que temos aqui em outro campo experimental da Embrapa, já produzindo”, explica.

O irrigante Levi Alves Ribeiro, mais conhecido como Sidrack, é um dos produtores que abrigam em seu lote as videiras experimentais do convênio com a Embrapa, partindo para a sua quarta colheita comercial. Para ter o produto disponível à venda por mais tempo, ele adota o manejo da poda escalonada. É a poda da planta, seguido do uso de insumos adequados para aumentar a sua vitalidade, impulsionando a produção dos cachos. Se esse processo for feito em uma parte do parreiral por semana, de maneira escalonada, a colheita seguirá o mesmo cronograma, oferecendo frutos que amadurecem em períodos diferentes.

Ele se empolga com a possibilidade de o dia de campo angariar mais produtores dispostos a investir na uva. “Precisamos sempre dessa parceria com a Cohidro, para que possamos, em um futuro próximo, ter a capacidade de produzir nossas polpas de frutas, sucos, etc, agregando maior valor à produção”, disse Levi. Atualmente ele também é presidente da Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal), por onde seria beneficiada e escoada a produção.

Sidrack e José Leidison dos Santos, outro produtor com campo experimental de uva no Califórnia, têm plantadas as variedades Isabel e BRS Violeta, próprias para sucos e vinhos. Mas em outubro de 2018, eles participaram de uma prática de campo da Embrapa sobre enxertia e produziram mudas da uva de mesa BRS Vitória, para ampliar a multiplicidade de frutas no parreiral. Além deles, o produtor Ozeias Beserra adotou um campo de peras no perímetro da Cohidro; e há mais um registro no perímetro irrigado federal Jacaré-Curituba.

Eles receberam todo o material para a construção dos campos, os sistemas de irrigação por gotejamento, as mudas, os insumos apropriados para o desenvolvimento das plantas e a assistência técnica da Embrapa durante dois anos – tempo de duração do convênio. A partir disso, a orientação aos agricultores está sendo dada pelos técnicos da Cohidro, que acompanharam todas as práticas e visitas ao pólo da Embrapa em Petrolina.

Campo experimental de peras dá seus primeiros frutos em Canindé

Depois de 13 meses desde que as mudas foram plantadas, surgem os primeiros frutos de pera do campo experimental de meio hectare introduzido no lote do irrigante Ozeias Beserra, no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. Esta e mais três unidades de produção de uva foram viabilizadas no município pelo convênio de transferência de tecnologia com a Embrapa Semiárido, de Petrolina (PE). Além de fornecer mudas, estacas, arames, sistema de irrigação e fertirrigação por gotejo, defensivos e fertilizantes, a empresa federal dá assistência técnica por dois anos aos produtores agrícolas.

A Cohidro fornece a água de irrigação durante todo ciclo produtivo da planta, escolhe os seus produtores irrigantes mais adaptáveis à receber estas novas tecnologias de plantio, já acompanha e vai continuar dando assistência técnica com as sua equipe de técnicos agrícolas de forma integral, quando o período da parceria com a Embrapa acabar.

 

Última atualização: 9 de julho de 2020 22:44.