Produção orgânica ganha destaque em perímetro irrigado de Lagarto

Cohidro incentiva conversão agroecológica para promover saúde e geração de renda para agricultores irrigantes

João Pacheco [Foto: Ascom/Cohidro]
Há quase 20 anos, o produtor rural João Pacheco, do município sergipano de Lagarto, começou a investir no cultivo de legumes e hortaliças folhosas sem o uso de agrotóxicos. O agricultor iniciou a sua própria produção orgânica após participar de atividades e visitações promovidas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que administra o Perímetro Irrigado Piauí, onde sua propriedade está localizada. Além de fornecer a água para irrigação, o que permite a produção em qualquer época do ano, a empresa do Governo Estadual fornece ainda a assistência técnica e extensão rural aos agricultores, juntamente com assessoria em agronegócio, para ajudar a escoar a produção.

Reconhecido e registrado como agricultor orgânico no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, seu João conta que a produção agroecológica foi a melhor maneira que encontrou para cultivar no campo, com saúde e segurança. “A gente evita aquele cheiro forte dos agrotóxicos, fica livre de muitas doenças, acostuma e não quer mais sair”, afirma. Participando de cursos, palestras e dias de campo, o agricultor aprendeu a fazer o seu próprio composto orgânico para fertilizar o solo, com esterco de gado e torta da mamona. Já para pulverizar e combater as pragas, utiliza a planta Nim e outros produtos naturais. Ele planta variadas culturas agrícolas em seu lote: couve, pimentão, coentro, rúcula, alface, repolho, cebola, cebolinha, couve flor, brócolis, alho poró.

O produtor irrigante destaca a importância das orientações obtidas no processo de cultivo orgânico, e do auxílio recebido, sempre que necessário. “O pessoal da Cohidro incentivou bastante a gente, eu gostei e agora só paro quando morrer”, brinca João Pacheco, que reforça ainda a importância dos conhecimentos adquiridos durante o período de experimentação na agricultura, desde a iniciativa de abandonar o uso de agrotóxicos até a busca pelas espécies que se dão bem com o solo, passando pelas técnicas de produzir sem usar veneno. “No início, só plantava fumo e mandioca; depois de ser orgânico, entrei para as hortaliças. Até tentei tomate, mas não deu certo. Agora só são folhosas, todo tipo de folhosa a gente planta”, conta o agricultor orgânico.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, reconhece o empenho dos produtores orgânicos e ressalta a contribuição dos técnicos e agrônomos da companhia. “Nosso pessoal faz visitas frequentes aos lotes familiares, passando toda orientação técnica da melhor forma de plantio, estimulando a conversão para a agricultura orgânica, que tem um forte potencial na agricultura familiar nos nossos perímetros”, explica. Esse potencial se transforma em realidade na melhoria da renda do agricultor, quando ele se dedica ao cultivo de alimentos orgânicos. Os produtos que são autênticos e reconhecidos por órgãos competentes, como é o caso dos cultivados pelo João Pacheco, têm preço de mercado geralmente 40% superior ao mesmo produto quando cultivado de modo convencional [com o uso de agrotóxicos].

Por incentivo da Cohidro, João Pacheco e outros 10 produtores do perímetro Piauí formam uma Organização de Controle Social (OCS), que é autorizada pelo MAPA para venda direta ao consumidor de produtos sob a designação de orgânicos. Pacheco comercializa seus produtos nas feiras livres e também para clientes que negociam diretamente com o produtor. “Tem muitos clientes, de Aracaju mesmo, que passam aqui pra levar. Já acostumei com esse ramo, não tem jeito. Vou continuar, se Deus quiser!”, conclui o produtor rural.

[vídeo] Irrigante João Pacheco dá exemplo na Agricultura Orgânica

João Pacheco é um agricultor irrigante que, junto de outros produtores atendidos pela Cohidro no Perímetro Irrigado Piauí, fazem parte da Organização de Controle Social – OCS. Eles têm registro no Ministério da Agricultura que os autoriza à venda dos seus produtos sob a denominação de orgânicos, diretamente ao consumidor, seja em feiras ou diretamente no lote agrícola aonde a irrigação é fornecida pelo Governo de Sergipe.

Fazem quase 20 anos desde de que a Cohidro introduziu o conceito de produção orgânica aos irrigantes desse perímetro, como alternativa mais rentável em relação aos gêneros produzidos de maneira convencional e que ofereciam uma qualidade de trabalho e de vida para as agrofamílias, livres do risco de contaminação por agroquímicos. João Pacheco é exemplo a ser seguido e símbolo de que a produção de alimentos sustentável é possível e lucrativa.

Perímetro irrigado de Lagarto recebe visita de estudantes de Agronomia da Bahia

O dia de campo no pólo irrigado da Cohidro atende ao cronograma acadêmico das disciplinas de Fruticultura e Entomologia Agrícola
Foto: Fernando Augusto

“As aulas teóricas são necessárias, mas no campo, podemos ver e colocar em prática tudo que nos é ensinado”, disse a universitária Jéssica da Silva, que cursa o 5° período de Engenharia Agronômica na Faculdade do Nordeste da Bahia – Faneb, em Coronel João Sá. A jovem fez parte do grupo de estudantes e professores que visitaram o Perímetro Irrigado Piauí, no município sergipano de Lagarto, uma parte da infraestrutura que o Governo do Estado mantém, distribuindo água de irrigação a 421 lotes agrofamiliares.

Durante a aula de campo, os estudantes puderam conhecer exemplos de produção certificada de mudas frutíferas, de banana prata anã e uma amostra de produção orgânica de hortaliças. “A gente tem uma estação de bombeamento (EB) na barragem, a 5 km daqui, no rio Piauí, com uma adutora de 600 mm que faz a água chegar nesse reservatório secundário, onde a EB-02 distribui a água em sete setores, em sete povoados aonde estão os lotes”, explicou aos estudantes o técnico agrícola da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, Willian Domingos.

Dessa forma, pôde ser ampliado o raio de visão que os visitantes têm do escritório-sede do perímetro, onde também conheceram a Estação Meteorológica. Dali, segundo ele, equipamentos de mensuração do clima tanto geram dados necessários para determinar o tempo e o período para irrigar no dia, como também alimentam o banco de informações climáticas do estado.[pullquote align=center]

Assista à reportagem do programa Sergipe Rural sobre a visita clicando aqui.

[/pullquote]O foco maior da visitação foi a produção irrigada de espécies frutíferas que, conforme explicação do técnico da Cohidro, se faz de forma consorciada, possibilitando a diversificação da produção, e evitando que o agricultor sofra tanto com os altos e baixos do mercado. “Ele tem o maracujá, mas também tem o quiabo, coentro e a macaxeira. Ou seja, o produtor tem a diversificação de culturas e não enche o lote de uma cultura só. Se há 30 dias, o maracujá custava e R$ 4 o quilo, hoje está a R$ 0,50, aí tem que ter outra cultura para garantir a geração da renda familiar”, exemplificou Willian.

O professor Lucas Aroaldo expôs que a visita serviu para mostrar como funciona toda a infraestrutura envolvida, que vai desde a assistência técnica até a estrutura que a Cohidro oferece para esses produtores. “Os técnicos são capacitados para o entendimento da agricultura familiar desse policultivo, que envolve desde a olericultura orgânica até a produção de espécies frutíferas. É de suma importância que os alunos tenham contato com essas experiências de setores e com os produtores assistidos pela Cohidro”.

Depois de conhecer a complexa produção de mudas do produtor irrigante Nivaldo Araújo, a estudante Jéssica afirmou que a aula de campo foi interessante. “Possibilitou que pudéssemos absorver novos conhecimentos e saber de que forma é feito todo o processo [de produção] das mudas de cada cultura”, complementou a universitária. O irrigante Nivaldo Araújo, por sua vez, conta que para estar certificado a fornecer mudas citrícolas em Sergipe, segue um rigoroso controle de qualidade das matrizes, devendo haver muita disciplina nas rotinas de segurança fitossanitária. “O controle de pragas aqui dentro depende de mim, porque o segredo são as portas dos viveiros, por isso, todos os dias eu estou aqui. Digo aos funcionários que se gera um foco de doença aqui, perde tudo e o prejudicado não sou só eu, mas sim todos nós”, ressaltou.

O grupo ainda foi conhecer a produção de banana prata anã do irrigante Rosendo Santos, que realiza o controle de pragas com os métodos convencionais; e a produção orgânica de João Pacheco, onde o controle de pragas é feito usando processos alternativos. Nesses locais, o professor Fábio Leal, que ensina sobre os insetos inimigos das lavouras, pôde mostrar aos alunos, na prática, o trabalho de manter as plantas sadias, com e sem o uso de agrotóxicos. “Essas viagens servem para os alunos terem uma visão mais integral do processo agropecuário, aí eles vão fazendo os links necessários entre uma disciplina e outra. Hoje, tentamos identificar algumas pragas, métodos de controle e o que pode ser feito para minimizar os problemas causados por insetos”, concluiu.

 

UFS Campus do Sertão descobre agricultura irrigada do perímetro da Cohidro em Lagarto

Duas turmas de estudantes de Agronomia do Campus do Sertão visitaram o perímetro em pouco mais de um mês – Foto: Isabela Menezes (Ascom/Cohidro)

Duas visitas seguidas de diferentes turmas do curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Campus do Sertão, situado em Nossa Senhora da Glória (SE), ocorreram ao Perímetro Irrigado Piauí, unidade da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Lagarto (SE). Nos dias 16 de outubro e 27 de novembro, professores e alunos quiseram conhecer os métodos empregados para os cultivos irrigados, convencionais ou orgânicos e de que forma os técnicos agrícolas da empresa estadual acompanham e colaboram com essa produção agrícola.

O curso superior é considerado novo em Glória, iniciou em 2016, e em outubro 24 estudantes da primeira turma de Agronomia do campus, hoje em seu 4º ciclo, foram levados pelos professores-doutores da UFS Thiago Matos Andrade e Gustavo Hugo Ferreira de Oliveira até o perímetro Piauí. A viagem técnica faz parte do módulo de Sistemas Agrícolas II, onde eles estudam fruticultura e olericultura. Depois de conhecer a infraestrutura da Cohidro que envia água para os 421 lotes irrigados, a Estação de Bombeamento 02, os estudantes seguiram para a visita técnica ao campo. Começando na plantação de banana prata anã do irrigante Rosendo José dos Santos. O plantio se destaca pelo uso da microaspersão com fertirrigação, mais econômica e eficiente, levando o fertilizante diluído na água de irrigação até as plantas.

A estudante de Porto da Folha (SE) que faz Agronomia em Glória, Andreza de Paula Pereira, está no 4º ciclo de agronomia e foi à visita acadêmica confirmar aquilo que viu em sala de aula. “Então, a gente está vendo na prática as coisas que a gente já vê na teoria. A questão da produção da banana, toda a forma de plantio, da irrigação, da fertirrigação. São coisas que a gente já vê no nosso cotidiano, nas questões da teoria. Vimos que tem a questão da Sigatoka amarela (Mycosphaerella musicola) que a gente já tinha debatido muito em sala de aula. Então, é juntar o útil ao agradável”, avaliou.

“Essa turma pôde ver de perto como o seu Rosendo está tratando a Sigatoka sem contabilizar prejuízos na plantação. Dalí, eu e os técnicos Willians Domingos e Marcos Emílio Almeida, levamos eles para conhecer um lote com diferentes espécies de pimentas: malagueta, jalapeño e biquinho, todas elas são fornecidas para a indústria aqui mesmo em Lagarto. O passeio dos alunos terminou no lote de João Pacheco, produtor orgânico há mais de 15 anos. Mostrando para esses estudantes que no perímetro existe também essa preocupação com a saúde das pessoas e meio ambiente. O João Pacheco e mais 10 produtores são reconhecidos e inscritos no Ministério da Agricultura através da OCS (Organização de Controle Social), o que dá direito deles vender nas feiras e direto nos lotes, os produtos como orgânicos”, esclareceu Gildo Almeida Lima, gerente do perímetro Piauí.

Para o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, a relação com os perímetros irrigados e a academia de Ciências Agrárias contribui muito com a formação desses futuros profissionais. “Fazendo essas visitas aos nossos perímetros, é possível de confrontar não só o que eles aprendem nos livros, mas também de ver muita coisa que eles não vão encontrar na agricultura convencional de sequeiro. Com a irrigação pública, garantida para esses produtores há 31 anos pelo Governo do Estado, praticamente é possível se plantar de tudo um e se qualifica em um laboratório vivo para o futuro agrônomo, inclusive para futuras incursões individuais que ele possa precisar fazer para concluir sua formação. As ‘porteiras’ desses perímetros estão sempre abertas para a comunidade acadêmica, onde já recebemos visitantes que vão desde o pré-escolar até os que fazem pós-graduação superior”, informa.

Thiago Matos, engenheiro agrônomo pela UFS e com título de mestrado e doutorado pela Universidade Federal de Lavras (MG), reforça que a visita acadêmica dá suporte ao conteúdo teórico que ele leciona em sala de aula. “A gente trata das culturas que são as hortaliças e uma parte da fruticultura, como a cultura de maracujá, ou coco, ou a banana. E como aqui a Cohidro tem essa representação com todas as culturas, nada melhor do que ver aquele conteúdo que ele está vendo lá em sala, para ter o contato propriamente com o campo”, argumenta o professor.

Segunda turma de Agronomia
Já em novembro, novamente os professores trazem seus alunos ao perímetro Piauí. Desta vez os estudantes do 3º ciclo, segunda turma de Agronomia do Campus do Sertão, pela disciplina Sistemas Agrícolas I e com um grupo maior: 28 alunos. Durante estas duas passagens pelo polo irrigado, o doutor Thiago Matos instituía notas de pela participação dos acadêmicos, mas também avaliava a condução da agricultura adotada por agricultores irrigantes, técnicos agrícolas e de como se comportava a empresa para com esses públicos que assiste.

“Um trabalho bom, a gente está vendo a substituição do sistema de irrigação antigo que consumia mais água, por um sistema mais moderno, como no caso aqui do gotejamento, esses avanços. Essa forma própria da condução (seleção de plantas por touceira) também é uma tecnologia bem mais nova, mais recente, pude perceber que incrementa produção, então está sendo bem satisfatório. Os técnicos daqui estão de parabéns pelo trabalho e que continue assim”, considera o professor Thiago.

Esse segundo grupo vindo do campus de Glória pôde conhecer a produção de tomate feita pelo irrigante Gidelson Gonçalves, utilizando um sistema moderno de cobertura dos canteiros com lonas do tipo mulching. “A tecnologia não é nova no nosso perímetro irrigado de Lagarto e consiste em proteger os frutos do acesso ao solo, inibindo o aparecimento de doenças e pragas que afetam diretamente a qualidade do produto. Além disso, auxiliam na propagação dos raios solares em toda planta, através do reflexo feito pelo material plástico. A água de irrigação, fornecida à planta a partir de mangueiras de gotejo que passam por debaixo da lona, também é melhor aproveitada, pois sofre muito menos evaporação com essa cobertura, resultando em economia de água e de nutrientes que seguem até a planta pela fertirrigação”, argumentou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto.

Aprendizado
O outro professor que acompanhou as turmas, Gustavo Hugo, é engenheiro agrônomo e doutor em melhoramento genético de plantas. Ele leciona os módulos Sistemas Agrícolas I e II, para as duas turmas de alunos visitantes. O assunto dado por ele cuida das hortaliças, frutos, a parte de fruticultura e grandes cultas também, como o milho e cana. “Acho que o maior objetivo nosso como tutores, professores da UFS é trazer a realidade do agricultor para os alunos e acredito que essa parceria com a Cohidro aqui de Lagarto, a gente pode dar essa vivência para os alunos, tanto do campo, como propriamente as dificuldades do agricultor no dia a dia. Eu acho que é isso, que a universidade tem que romper as barreiras e tirar os alunos daquela teoria, e partir para colocar eles na prática”, defende.

“Tanto a questão da organização do espaçamento das plantas, a de deixar o ‘mato’ para a reciclagem de nutrientes, do vapor de transpiração. Também a gente viu bastante a questão das folhas no chão, que isso é muito interessante, tanto para o olhar técnico para a conservação do solo, quanto para o agricultor, para potencializar o uso do que ele tem na área”, lista a estudante Andreza sobre o que aprendeu na visita à produção de bananas no perímetro. Na avaliação dela, os aspectos econômicos não passaram despercebidos. “Ele falou que é bem rentável, são híbridos e que apresentam potencialidade boa e falou do escoamento, que tem um bom escoamento. Essa é uma cadeia muito importante para a produção e faz parte da preocupação do curso também”.

Segundo seu professor, “vai ter um grande agregado de conhecimento. Desde a hora que chegamos, com uma recepção com a explicação de tudo que acontece no perímetro. Acho que isso eles vão levar para a vida profissional deles e uma volta futura, quem sabe, como profissional já nesse ramo, cuidando tanto da irrigação como a parte das hortaliças, orgânicos e fruticultura. Eles estão vendo, o produtor e técnicos aí dando esse conhecimento para eles discutir, vendo a realidade e finalizando como essa grande oportunidade de ver uma agricultura 100% orgânica na região”, conclui o professor Gustavo Hugo.

Agricultura orgânica
Thalisson Oliveira Vieira é outro aluno do 4º de Agronomia. Para ele, o ponto alto da visita foi no lote agroecológico do irrigante João Pacheco, há 15 produzindo com sucesso. “Tendo em vista que ele tem um acompanhamento técnico com o pessoal da Cohidro; tem um selo que certifica a idoneidade dele com relação ao produto orgânico que ele comercializa. Ele tem um sistema de compostagem, que é essencial no processo de produção. Ele evita trazer o máximo de insumos de fora, procura utilizar-se dos próprios insumos da propriedade para que ele consiga produzir e isso potencializa a sua margem de lucro também”, listou.

Para o estudante, o diferencial do agricultor orgânico não ficou só no campo agronômico, pois identificou que no lote irrigado de João Pacheco existe uma visão empresarial e de fidelização do cliente. “Ele tem até a própria quitanda de venda em sua propriedade, onde ele possibilita que os clientes venham colher em sua lavoura. Essa interação entre agricultor e consumidor é de extrema importância, visto que isso é uma atividade muito difundida dentro da agroecologia, que é o ciclo de confiança entre agricultor e consumidor. Isso é extremamente importante e é uma coisa que a gente vê cada vez menos dentro do cenário global dos sistemas de produção agrícola”, avaliou Thalisson, que estuda em Glória, mas é natural de Lagarto.

 

Horta na escola motiva visita ao perímetro Piauí

Foto: Arquivo pessoal

Na última terça-feira (13), 40 alunos dos Colégio Estadual Senador Walter Franco, do município de Estância (SE), visitam as dependências do Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro, em Lagarto (SE). Orientados pelo professor Pablo, eles participam de um projeto de horta na escola e para aprimorar a unidade de plantio que já criaram, queriam conhecer plantações comerciais e orgânicas no polo agrícola irrigado pelo Governo do Estado.

Acompanhados do gerente Gildo Almeida e os técnicos agrícolas Marcos Emílio e José Américo, todos da Cohidro, puderam conhecer o funcionamento das estações de bombeamento e meteorológicas do perímetro, que trabalham em conjunto. Uma determinado quando se faz necessário irrigar e a outra enviando água para os 466 lotes irrigados.

Na sequência, conheceram o lote do irrigante João Pacheco, que há mais de 15 anos planta uma infinidade de tipos de vegetais sem nenhum tipo de agrotóxico. Agricultor registado pelo Ministério da Agricultura, que o autoriza à venda diretamente ao consumidor sob a designação de produto orgânico.

Foram as práticas e manejos empregados pelos produtores agroecológicos, atendidos pela irrigação e assistência técnica da Cohidro em Lagarto, que motivaram a visita dos estudantes e mestre, a fim de replicarem esse conhecimento, na horta que fizeram dentro da unidade de ensino em Estância.

Estudantes de Agronomia em Glória visitam perímetro de Lagarto

A turma do 4° ciclo de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Campus do Sertão, situado em Nossa Senhora da Glória (SE), esteve no Perímetro Irrigado Piauí, unidade da Cohidro em Lagarto (SE), no dia 16 de outubro. Os estudantes, acompanhados pelos professores-doutores Thiago Matos e Gustavo Hugo, puderam conhecer os campos irrigados de variedades frutícolas e a horticultura, os métodos empregados para o cultivo e de que forma os técnicos da companhia estadual acompanham e colaboram com essa produção agrícola.

Depois de conhecer a estrutura da Cohidro que envia água para os 421 lotes irrigados, a Estação de Bombeamento (EB) 02, os estudantes seguiram para a visita técnica ao perímetro irrigado, começando na plantação de banana prata anã do irrigante Rosendo José dos Santos. O plantio se destaca pelo uso da microaspersão com fertirrigação, mais econômica e eficiente, levando o fertilizante diluído na água de irrigação até as plantas.

Trata-se da 1° turma do campus, com 24 alunos e a viagem técnica faz parte do módulo de Sistemas Agrícolas II, onde eles estudam fruticultura e olericultura. O Principal objetivo da visita foi o de confrontar a teoria, vista em sala de aula, com a prática adotada nas plantações.

Estudantes do IFS aplicam resultados de pesquisa com solos no perímetro da Cohidro em Lagarto

Agricultores orgânicos são foco da atividade acadêmica promovida pela disciplina de Extensão Rural do curso de Agroecologia.

Retornaram ao Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, os alunos da disciplina Extensão Rural do curso Tecnológico de Agroecologia do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus São Cristóvão. Desta vez, para a apresentação de seus trabalhos de pesquisa realizados a partir das análises do solo coletado lá, em 6 março, somente em lotes de agricultores orgânicos. Os mesmos produtores são o foco da atividade acadêmica que ocorreu dia 18 de maio, recebendo as orientações de como proceder com a correção de solos baseada na metodologia agroecológica, ou seja, sem o uso de agroquímicos.

O perímetro Piauí, há 75 km de Aracaju, é uma das seis unidades de irrigação pública estaduais administradas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), a qual fornece água bruta para irrigação dos cultivos nos lotes e também assistência técnica rural. Nesse trabalho de orientar o produtor, segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da empresa, João Quintiliano da Fonseca Neto, já se passaram 18 anos desde que os técnicos e engenheiros agrônomos da Cohidro começaram a influenciar a conversão à agricultura orgânica.

“Hoje temos um grupo consolidado de 10 produtores orgânicos, assistidos pela Cohidro em Lagarto, que fazem parte de uma Organização de Controle Social (OCS) e outros cerca de cinco que querem entrar. São inscritos no Ministério da Agricultura (MAPA), que os autorizam a venda desses alimentos sob a denominação de orgânicos. Isso para eles é um diferencial de mercado, pois o orgânico vale cerca de 40% a mais do que o produto convencional. São mais difíceis de produzir, requerem bem mais mão de obra e ainda existe pouca concorrência, é o que torna o orgânico mais valorizado ”, argumenta João Fonseca.

Após estes mesmos estudantes terem feito a coleta nos lotes dos agricultores do perímetro Piauí, as amostras de solo foram encaminhadas ao Laboratório de Solos do IFS, onde a professora e doutora em Solos, Liamara Perin, fez a análise da composição e a orientação correta de como proceder com a correção. Ela estabelece que a coleta, a análise laboratorial e a interpretação dos resultados, sempre será a mesma, se tratando da agricultura orgânica ou convencional. O que realmente muda é a orientação a ser feita para a adubação.

“O objetivo da análise dos solos é avaliar o teor dos nutrientes que tem no solo, a avaliação de pH (acidez/alcalinidade), de teor de matéria orgânica e dos nutrientes em geral que tem naquele solo. Baseado nisso será feita a interpretação. Nós avaliamos e sempre perguntamos ao produtor o que ele tem na sua propriedade para fazer a adubação. Geralmente são compostos de estercos, torta de mamona, e baseado no que tem disponível, nós fizemos os cálculos para recomendar a quantidade daquele adubo para atender as necessidades da cultura que ele tá plantando”, orienta a Drª. Liamara.

Marcio Erick Figueira dos Santos é estudante do sétimo período de Agroecologia no IFS. Neste trabalho, ele teve como interesse o maior à interação entre os saberes, da teoria e da prática. “Ver esse conhecimento que os produtores têm nas produções de hortaliças e levando um pouquinho da academia do IFS, sempre vai ter essa troca, justamente ter essa ponte e suporte da Cohidro, essa parceria. Fizemos a primeira parte na demonstração de como coletar o solo e levamos para o laboratório de solos. E com todo suporte da professora, nós trabalhamos a interpretação e análise de solo, já para trazer de acordo com as culturas que eles desejariam plantar, e a partir daí ter toda essa recomendação de adubo. E é bem particular, pois cada solo é diferente, e cada produtor é diferente”, analisa.

Na mesma linha pensa Gleise Prado da Rocha Passos, que é a professora e doutora em Ciências Sociais que leciona disciplina de Extensão Rural e que levou os alunos até o perímetro irrigado. “Nós temos essa preocupação de, pegar aquele conhecimento que nós recebemos e que aprendemos em pesquisas e estudos científicos e poder trocar experiência com os produtores e agricultores também, ter o conhecimento prático deles. Pensar como eles e pensar como nós, a partir do estudo, que eles também necessitam e podem estar usufruindo do conhecimento que é produzido nesse instituto. Então, fizemos umas coletas dos solos daqueles que estão aqui hoje, e nós fizemos uma análise gratuita no IFS para eles. E agora o instituto retorna trazendo resultados de como melhorar o solo e sugestões para que a produção deles sejam mais eficaz”.

Do outro lado está o produtor rural, como João Pacheco da Silva, agricultor orgânico há bastante tempo no perímetro Piauí, que acredita só ter a ganhar com mais conhecimento, aprendendo coisas diferentes. “A gente sempre aprende coisa melhor, como no caso do bórax. É obrigatório a gente usar nesse solo que a gente fez análise, diziam até ser proibido. Então, já que é recomendado, já não tem mais perigo. Muita coisa na agricultura se aprende na prática mesmo, mas tinha coisas que você fazia e que não era adequado. Mas que através das palestras, você pôde corrigir, evitar desperdícios e má produção. Aprende a conviver com o solo sem judiar muito”, acredita ele, que abrigou em seu lote a apresentação dos alunos do IFS.

“O objetivo da adubação orgânica é sempre melhorar o solo, é para ter um solo vivo, um solo com vida, um solo com matéria orgânica que aí vai ter retenção de nutrientes e a partir disso, produzir plantas saudáveis e bonitas. A partir do momento que melhora o solo, consegue produzir bem. É diferente do objetivo da agricultura convencional, onde o foco é a planta,” justifica Liamara Perin. Para ela, a produção agroecológica abandona a visão de que o solo é somente um suporte para as plantas. “Nós adubamos com produtos orgânicos de lenta disponibilidade, para melhorar o solo a longo prazo e com o passar do tempo, a quantidade de adubo usada é menor, porque ele vai conservando esses nutrientes e aí nós teremos plantas se desenvolvendo bem”.

Agricultura sem solo
O ex-aluno do IFS, o hoje agroecólogo Denisson Rozendo atua na produção orgânica no perímetro da Cohidro da forma tradicional, em canteiros e usando o solo para plantar. Mas também aprendeu na academia e hoje desenvolve comercialmente um modelo que dispensa o solo para a agricultura: a Hidroponia. A tecnologia se baseia em plantar os alimentos dentro de calhas, onde correm água e fertilizantes para alimentar as plantas. Mesmo tendo concluído os estudos acadêmicos, ele ainda pesquisa meios de tornar esse sistema de plantio, longe do chão, totalmente orgânico, sem os hoje indispensáveis nutrientes industrializados.

Denisson considerou bastante válida a atividade dos ex-colegas e conta que aliar prática e teoria só tende a beneficiar tanto o aluno quanto o agricultor. “Muita coisa, tudo que a gente vê no campo, é o que a gente aprende no curso. Mas só que a gente aprende a teoria né, aqui a gente tem a prática e alguns erros cometidos pela gente, por nós agricultores. Então, com a ajuda da teoria, a gente vai corrigir esses erros. Eu como aluno e agricultor, corrigi meus erros através da teoria, porque a prática já sabia de algumas coisas, só vêm a complementar”.

Presenças
Estiveram presentes, na atividade que ocorreu no lote de João Pacheco, o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima e os também servidores e técnicos agrícolas da Cohidro Willian Domingos e José Américo. Além do produtor-agroecólogo Denisson, compareceram os agricultores orgânicos de longa data e integrantes da OCS como Delfino Batista, José Edmilson dos Santos (Tal), Raimundo Batista do Nascimento e Josevan Lisboa Batista.

Estudantes do IFS aplicam resultados de pesquisa com solos no perímetro da Cohidro em Lagarto

Retornaram ao Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, no dia 18 de maio, os alunos da disciplina Extensão Rural do curso Tecnológico de Agroecologia do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – Campus São Cristóvão. Desta vez, para a apresentação de seus trabalhos de pesquisa realizados a partir das análises do solo coletado lá, em março (6), somente em lotes de agricultores orgânicos. Os mesmos produtores são o foco da atividade acadêmica, recebendo as orientações de como proceder com a correção de solos baseada na metodologia agroecológica, ou seja, sem o uso de agroquímicos

Técnicos da Cohidro fazem acompanhamento de orgânicos do Perímetro Piauí

Dupla de técnicos da Gerência de Desenvolvimento Agrário da Cohidro (Gedea), nesta quarta-feira, 13, foi até o Perímetro Irrigado Piauí, fazer um acompanhamento dos produtores orgânicos que são irrigantes no polo irrigado.

Jonathas Bruno e Luís Roberto tinham por objetivo levantar a continuidade da produção sem agrotóxicos, listar o que cada agricultor tem produzido e de que forma esses alimentos estão sendo comercializados.

Com base nessas informações, a Gedea faz seu planejamento de atuação e elenca as necessidades que cada produtor tem.

Luís Roberto e o produtor Barbosinha – Foto: Jonathas Bruno
Produtor orgânico João Pacheco e Luís Roberto -Foto: Jonathas Bruno

Produtores do perímetro irrigado de Lagarto registram melhorias após investimento do Governo do Estado

Sete meses após o governador Jackson Barreto entregar oito novas motobombas e a recuperação do maquinário e tubulações da EB-02, o perímetro Piauí obteve avanços na irrigação – Fotos André Moreira (ASN).jpg

Sete meses após o governador Jackson Barreto entregar oito novas motobombas e a recuperação do maquinário e tubulações da Estação de Bombeamento (EB) 02, o perímetro Piauí, em Lagarto, segundo produtores, obteve melhorias na irrigação. Além de novos equipamentos, o perímetro passará por reformas e recebe, ao todo, R$ 916 mil em recursos do Proinveste. O polo agrícola foi responsável, apenas em 2016, pela produção de 7.604 toneladas de alimentos, dentre eles a batata-doce, mandioca, quiabo, tomate e maracujá. Com esse quantitativo, os produtores conseguiram gerar o montante de R$ 12,9 milhões.

“Recebemos bombas novas no perímetro, que ajudaram 100% na irrigação, e está funcionando tudo direitinho. Aqui no meu terreno planto alimentos como batata, macaxeira, hortaliças, milho, e o Piauí é muito importante para mim, pois é quem sustenta a todos nós. Sem água no verão não podemos plantar nada, e através do perímetro várias famílias conseguem sobreviver. Tiro meu sustento todo daqui, pois não há outra fonte de renda. De modo que a ajuda do governo é essencial para nós”. Esse é o depoimento do agricultor Genivaldo de Jesus, proprietário de um dos 421 lotes do perímetro irrigado de Lagarto.

Genivaldo, assim como os demais agricultores, recebe em seu terreno água para a agricultura, além de assistência técnica rural. Ele é um dos beneficiados do projeto de irrigação pública do Governo do Estado, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida, o perímetro desenvolve 28 culturas e promove o incentivo à agricultura orgânica.

O gestor do Piauí conta que as intervenções do governo no perímetro foram fundamentais para a melhoria do trabalho rural. “Ao todo são 14 bombas em Lagarto e, destas, oito são novas. Elas substituíram equipamentos que estavam em funcionamento há mais de 30 anos e estavam ruins. O objetivo do novo maquinário foi melhorar a pressão de água para o campo e facilitar mais o sistema de irrigação. E a situação melhorou muito aqui. Antes não havia pressão para bombear água para o produtor e agora a situação melhorou para todos os produtores. Essa é uma forma de valorizar o perímetro. O governo está investindo em bombas novas, o que é uma grande ajuda para todos nós, e não esqueceu do perímetro, estando sempre presente. E a tendência é melhorar mais o Piauí”, destacou Gildo Almeida.

À época da entrega dos novos equipamentos, o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, explicou que as recém-entregues motobombas são mais potentes e possuem selo de eficiência em consumo de energia, de modo a consumir menos energia e necessitarem ficar menos tempo ligadas para bombear a quantidade de água necessária à irrigação.

Em operação desde 1987, o Perímetro Piauí nunca contou com um investimento desse porte, para melhorar o seu potencial hídrico. De acordo com o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o investimento em novas bombas somado à recuperação, graças às chuvas, do nível da água da barragem Dionísio Machado que abastece o perímetro de Lagarto, devem proporcionar boas consequências.

“Essas novidades têm tudo para gerar uma produção recorde de alimentos, suplantando a deficiência provocada pela seca que nos abateu do ano passado para cá. Logo estaremos dando continuidade na recuperação do perímetro Piauí. Depois de melhorar a EB-02, vamos reformar a EB-01 e prédios administrativos, demandas que estão em processo licitatório e serão custeadas pelos recursos do Proinveste. Vale frisar que além da reforma de todo prédio, tubulações e maquinário hidráulico, na EB-02 foram instaladas oito novas motobombas, mais potentes e econômicas no consumo de energia elétrica”, ressaltou Felizola.

Para o presidente da Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Amorim, as bombas novas facilitaram muito. “Foi uma benção. Antes a situação estava precária. Estávamos perdendo quase todo o plantio. Depois das bombas, a situação melhorou 99%. Estávamos racionando a água porque a barragem estava em situação difícil, mas com a chuva a situação melhorou. Acredito que o governo está preocupado com a agricultura familiar, afinal sem ela o que seria do comércio e de quem mora na zona urbana? Sem a agricultura nada funciona. Acreditei na entrega das bombas, o governo prometeu e cumpriu. Ficamos ansiosos pela entrega, mas graças a Deus chegou e veio na hora certa”.

João Pacheco é um dos que acredita no perímetro irrigado. Ele, entre outros trabalhadores locais, é adepto da agricultura orgânica e não faz uso de nenhum tipo de agrotóxico em suas plantações. Ele conta que, apesar do aparecimento de pragas e doenças, segue sem utilizar venenos. Sobre o perímetro Piauí, João é enfático: “é fundamental e a nossa salvação. Se não fosse isso, estaríamos levando a mesma vida de sempre: plantando fumo e mandioca”.

O Piauí destina a produção para feiras livres e mantém parceria com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que compra a produção para que seja repassada para instituições beneficentes doarem a pessoas em situação de insegurança alimentar ou no preparo de refeições. A Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP) entregou no ano passado 296 toneladas de sua produção agrícola, gerada pela irrigação pública do Governo do Estado, beneficiando 5.740 pessoas. Foram 69 fornecedores, que geraram R$ 551.450 pelo conteúdo produzido.

Irrigação
“A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe recebe R$ 11 milhões do Proinveste para investimento nos perímetros, aquisição de novos equipamentos que irão auxiliar nos trabalhos de perfuração de poços, além de limpeza e manutenção de barragens e ações de infraestrutura da empresa.”

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Última atualização: 24 de novembro de 2019 11:56.