Cohidro e engenheiros realizam projeto de automação dos perímetros de Itabaiana

Projeto do PAS é de troca de equipamentos de bombeamento para reduzir as perdas de água, o consumo elétrico e o uso de mão de obra, além do aumento da vida útil das máquinas e da segurança operacional.
EBs possuem maquinário defasado e que exige manutenção constante (foto Jacarecica I /Cohidro)

Tendo entrado em operação no mesmo ano de 1987, os perímetros irrigados da Ribeira e Jacarecica I, ambos implantados pelo Governo do estado em Itabaiana (SE) e até hoje administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), passaram quase 32 anos operando a partir de uma tecnologia acessível à época, da mesma forma que contavam com uma oferta de água e de energia elétrica menos concorrida com as necessidades do restante a sociedade. Hoje muita coisa mudou e tem sido necessária a substituição dos métodos empregados para irrigar o campo e de operacionalizar a água disposta ao agricultor, desde as bombas d’água até os aspersores.

A mudança já ocorre nos 592 lotes irrigados por estes dois perímetros, com a troca completa no sistema de irrigação que, além de ser automatizado, tem uma saída de água reduzida e regulada à só fornecer a quantidade necessária para a planta crescer, sem desperdícios. O que ainda é regulado por válvulas de controle de pressão em cada uma dessas unidades de produção, resolvendo outro problema que era o da distribuição de água de forma desigual, penalizando aqueles agricultores que tinham plantações mais distantes das estações de bombeamento (EBs).

Esta modernização foi proposta pelos engenheiros da Cohidro no momento em que foi elaborado o plano de ações do Programa Águas de Sergipe (PAS). Financiado pelo Banco Mundial, pretende diminuir o impacto ambiental e recuperar a degradação ocorrida nos mananciais da bacia do rio Sergipe e o que está sendo feito pela empresa corresponde a uma diminuição no consumo de água dos lotes irrigados de até 60%, enquanto que poderá ser reduzida em até 50% a eletricidade necessária para bombear a água de irrigação, desde o reservatório até os campos.

Mas no mesmo programa também foi proposta a contratação de empresa especializada para elaborar um projeto de automação das EBs dos perímetros compreendidos pelo PAS, que hoje operam com máquinas ultrapassadas, de forma manual e sem dispositivos que controlem o bombeamento adequado ao nível de consumo ou acusem distorções na rede de distribuição de água até os lotes, como o caso de vazamentos.

Início dos trabalhos
Os trabalhos para da elaboração de projeto de automação das EBs instaladas em Itabaiana (SE), iniciaram em reunião entre engenheiros da Cohidro e da empresa licitada, a TPF Engenharia, realizada no último dia 5, na sede da estatal em Aracaju (SE). O engenheiro elétrico da Cohidro Ricardo Luiz Lima disse que o encontro alinhou os pontos quanto ao projeto, definindo então as melhorias que são pretendidas.

“Este projeto definirá os equipamentos e conceitos a serem empregados nas três unidades de bombeamento e no escritório administrativo da Ribeira, e que atenderão aos requisitos do que há de mais atual e moderno no mercado industrial de automação e monitoramento à distância. O projeto contemplará a substituição de todos os equipamentos elétricos, mecânicos e hidráulicos, os quais estão em operação há mais de 30 anos e com vida útil esgotada, causando com isso muitas paradas para manutenções corretivas e emergenciais gerando, com isso, gastos excessivos e comprometendo a eficiência do sistema”, explica Ricardo Luiz.

Para o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, as mudanças são urgentes e atendem às demandas da comunidade. “Um perímetro irrigado é a infraestrutura fornecida pelo Estado que compreende um reservatório de água de grande porte, as EBs e as adutoras que fazem chegar água até os hidrantes instalados em cada lote. Essa necessidade de diminuir o consumo dos perímetros se deu a partir de que o aumento do consumo humano nas áreas urbanas requereu a captação da água de nossas barragens, contrastando com os fatores climáticos e degradação ambiental que têm diminuindo a oferta das águas que fazem a recarga desses sistemas. Outro fator é o econômico, quando os recursos públicos empregados para fornecer o subsídio da irrigação ao agricultor têm que ser racionalizados, impactando menos no orçamento estadual cada vez mais enxuto para atender todas as áreas sociais”.

Através do projeto, as três EBs inclusas no plano passarão a funcionar por meio de um sistema automatizado. Um dos principais benefícios da substituição do sistema manual é a otimização do uso de energia. “Nós vimos que tem uns equipamentos bem obsoletos e a operação está manual, então nós estamos aqui juntamente com uma equipe multidisciplinar para tentar otimizar o uso da energia, trocar essas bombas e colocar bombas mais eficientes. Porque já vimos que o sistema parcelar já esta sendo trocado nos lotes, e a gente vai fazer a nossa parte, que é a de eficiência energética. O maior insumo que tem em um projeto desses é o custo de energia, esse que é o nosso objetivo” afirma o engenheiro civil Sérgio Luiz Fontes, da TPF Engenharia.

Ricardo Luiz, salienta a economia de energia, com o novo sistema de bombeamento que será implementado. “O projeto de automação visa à melhoria da eficiência no fornecimento de água e que trará uma economia de até 60% no consumo, eliminando as perdas e o desperdício que o atual sistema manual é incapaz de detectar de forma eficaz. Também trará uma maior eficiência no consumo de energia elétrica, pois os novos equipamentos a serem empregados funcionarão de acordo com a demanda de campo evitando que haja um funcionamento de 100% da capacidade operacional durante todo tempo de bombeamento. Com isso, haverá uma economia no consumo de energia que poderá chegar até 50% do que hoje se consome”.

Automatização
Automatizar o processo irá fazer com que o sistema opere de maneira remota através de um centro de operações (CO), que ficará situado no escritório do perímetro da Ribeira com todos os equipamentos necessários a operar as três EBs sem que para isso haja a necessidade da presença de funcionários nas unidades de bombeamento, mas este benefício não trará desligamento de pessoal. “O quadro (de funcionários) fica o mesmo, se você vai automatizar um processo é uma coisa que o homem não podia fazer, nós vamos tirar a pessoa do trabalho braçal e colocar ele numa função mais nobre. E com a automação você evita perdas você, por exemplo, detecta se uma bomba está vibrando antes dela dar problema então você vai lá e troca o rolamento dela senão ela vai quebrar. Isso, a longo prazo, é uma eficiência muito grande e baixa muito o custo do projeto, então isso viabiliza projetos de irrigação”, argumenta o engenheiro Sérgio Fontes.

Outros investimentos do PAS
Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, expõe que a elaboração do projeto de automação será com recursos financiados pelo Banco Mundial. “Além dessa ação, existem várias outras em andamento que visam recuperar a capacidade operacional dos perímetros, capacitar produtores, aquisição de equipamentos, reforma de prédios, segurança de barragens, dentre outras que somam investimentos da ordem de R$ 40 milhões nesses Perímetros e barragens”, informou, lembrando que as demais ações do PAS contemplam também o Perímetro Irrigado Jacarecica II, situado entre os municípios sergipanos de Malhador, Riachuelo e Areia Branca.

Engenharia da Cohidro realiza ação de integração entre estagiários

Foto: Ascom/Cohidro

A Gerência de Engenharia (Geng) da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) há cerca de um mês têm organizado palestras e debates, na sede da empresa, com o intuito de inter-relacionar os colaboradores integrantes deste e de outros setores, principalmente os acadêmicos das áreas de engenharia e que atuam na Cohidro como estagiários.

A ideia das palestras partiu do engenheiro civil Caio Francisco, da Geng, que resolveu motivar os estagiários da Cohidro e incentivá-los a trocar experiências, de forma que cada um possa trazer o conhecimento da sua área de engenharia para os colegas, sejam aqueles da mesma área como também para especialidades afins, como a Geologia.

Os debates contribuem para o relacionamento interpessoal deles, além de dar relevância o papel do estagiário enquanto colaborador da empresa. “A minha intenção foi trocar experiência e motivar cada um, buscando conhecimento e interação”, relatou o engenheiro Caio Francisco.

Estudantes de Engenharia Elétrica, por exemplo, explanam sobre pontos de atenção e erros comuns cometidos na elaboração de projetos elétricos. Estudantes de Engenharia Civil, falam sobre pavimentos e capitação de água da chuva. E para todas as apresentações é realizado um debate para que os estudantes somem conhecimento. “Essa proposta do engenheiro Caio, ajudou não só a mim, mas a todos os estagiários no sentido de ampliar novos horizontes, porque tem coisas que nós não tínhamos conhecimento e vamos conhecendo aos poucos, a cada debate pelo o que é exposto pelos estagiários” falou o estagiário Victor Paim.

“Eu acho interessante porque é um conhecimento que ultrapassa nossos próprios limites. Quando a gente contribui com uma informação dessas para o próximo, eu acho que agrega conhecimentos. E essa soma só acrescenta em relação à formação além de ser extra-acadêmico”, ressaltou o estudante de Engenharia Elétrica Felipe Carvalho.

A Geng
É o setor que executa projetos, gerencia e fiscaliza as obras de todas as frentes de trabalho da Cohidro, sejam a construção ou manutenção de barragens, sua adução, as estações de bombeamento e distribuição de água, por adutoras, para irrigação; os sistemas de abastecimento e armazenamento de água potável a partir de poços e também de cisternas.

Homenagem certifica gratidão e carinho dos colegas da Cohidro a Edno Santana

Edno Santana Santos, que neste ano completa 30 anos de Cohidro, na sexta-feira, 19, recebeu a visita de seus colegas e superiores da empresa. Tanto levaram uma placa, como certificado de bons serviços prestados à empresa, como foram oferecer a solidariedade no momento pessoal difícil que ele está enfrentando. Por conta de um severo tratamento de saúde contra o câncer, o servidor está afastado a quase um ano do trabalho que exercia na Gerência de Engenharia (Geng) da Companhia.

Segundo seu superior direto e gerente da Geng, Adnaldo Santana, Edno exercia trabalho de campo e planejamento, por ser um Técnico em Edificações, atuante no escritório e nas obras do interior. “Ele teve importante papel no início do programa de construção de pequenas e médias barragens (Projeto Chapéu de Couro), em povoados e também dos perímetros irrigados. Posteriormente de cisternas domiciliares e nas edificações dos sistemas de abastecimento. Das equipes de campo da Cohidro, dos funcionários aqui, ele era o numero um”, enaltece.

Participaram da visita e entrega de homenagem, além de Adnaldo, o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir), João Quintiliano da Fonseca Neto, o engenheiro agrônomo e mestre em Irrigação e Drenagem da empresa, Luiz Gonzaga Luna Reis e o técnico de manutenção Alberto Santos. A placa celebra os anos de empresa e serve de agradecimento pelo trabalho e amizade cultivada com os colegas. “Como prova de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados, reconhecemos que você tem sido um verdadeiro amigo e parceiro, sempre interessado no bem-estar de todos, nos ouvindo e respeitando em todos os momentos. Seu apoio e dedicação foram fundamentais para o engrandecimento desta Cohidro. Saiba que seus mais 30 anos de serviços prestados são motivo de respeito e consideração para todos da Geng e diretoria Técnica da Dirir”, registram.

“Fizemos a visita levando uma placa para homenageando-o, brindando sua recuperação com suco de Jenipapo. Ele merece. Prestamos a nossa solidariedade, para ele que está tratando um CA, mas que está se recuperando bem”, descreve o diretor João Fonseca, rogando por um completo reestabelecimento da saúde de Edno.

Última atualização: 6 de fevereiro de 2018 18:45.