Governo do Estado retoma administração da Ceasa de Aracaju

Prédio pertence ao patrimônio da Coderse, vinculada à Secretaria da Agricultura, que gerenciava a concessão do espaço para a associação de usuários

Ceasa Aracaju | Foto: Fernando Augusto / Ascom Coderse

O prédio da antiga Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju, vai ter sua administração retomada pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que passará a administrar o espaço. Após a extinção da empresa pública Ceasa, em 1991, o local continuou a funcionar como centro de comércio atacadista e varejista de hortifrutigranjeiros, por meio da concessão pública à Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju). A expectativa é de que, até o fim do mês de abril, seja concluída a transição.

Segundo o diretor de Infraestrutura da Coderse, Ernan Sena, atualmente, estão sendo avaliadas as opções para definir qual será o modelo de regularização de uso do espaço. “Realizamos o levantamento cadastral dos usuários da Ceasa, a análise estrutural e o levantamento das informações necessárias para realizar uma proposta de Plano de Orçamento Anual para o empreendimento, equiparando a Ceasa às outras unidades e departamentos da própria Coderse”, pontuou.

O diretor de Infraestrutura informou, ainda, que, a partir desses estudos do grupo de trabalho, a Coderse também iniciou os processos licitatórios para contratação de empresas terceirizadas de vigilância e de limpeza, aos moldes da administração pública, de forma que estes serviços contratados venham a substituir a incumbência hoje sob responsabilidade da Assuceaju.

De acordo com o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Paulo Sobral, sobre o modelo de regularização de uso do espaço e com base no levantamento cadastral dos ocupantes, a prerrogativa é de que sejam criados instrumentos que priorizem a permanência dos atuais usuários. “A maioria desses ocupantes têm empreendimentos formalizados, contratos comerciais a cumprir e o quadro de funcionários, assim como suas próprias famílias, que dependem dessa fonte de renda”, disse o presidente.

Conciliação

A transferência gradativa da administração do espaço, da Assuceaju para a Coderse, atende à Ação Civil Pública do MPSE. Cumprindo o ‘Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento’ firmado entre o Ministério Público, o Governo do Estado, Coderse e Assuceaju. 

Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe leva mais qualidade de vida e infraestrutura ao campo

Coderse surge para desenvolver novas políticas públicas que atendam outras necessidades do meio rural, além da carência hídrica [foto: Fernando Augusto]
Ao se transformar em Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), a antiga Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro) ganhou status de atuação em todos os 75 municípios, abrindo diálogo e mecanismos para captação de recursos das esferas municipal, estadual, federal e até internacional, a fim de desenvolver novas políticas públicas que atendam outras necessidades do meio rural, além da carência hídrica que a Cohidro já supria.

A mudança também favorece o diálogo com os poderes Executivo e Legislativo, de onde recursos originários de fundos, programas e emendas parlamentares possam dar o empuxo necessário à promoção de meios de geração de emprego, renda, produção de alimentos e qualidade de vida para a mulher e o homem do campo.

Antes, enquanto Cohidro, a companhia estava restrita a administrar os seus seis perímetros irrigados, limitados a setores de sete municípios; cuidar e fiscalizar os contratos de concessão do Platô de Neópolis (que também abrange Japoatã) e da Central de Abastecimento (Ceasa) de Aracaju; e a perfurar, instalar e recuperar poços, barragens e cisternas.

Segundo o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, serão ampliados os serviços que a antiga Cohidro fazia, mas outras ações de infraestrutura, aquisição de equipamentos e saneamento rural farão parte do leque de atuação da nova companhia. Para tanto, o diretor informa que vários processos licitatórios estão em andamento acelerado.

“A Coderse chegou, e chegou de verdade. Terão comunidades rurais em que a gente vai poder trabalhar a parte de calçamento, de esgotamento, e também adquirir máquinas e implementos para fortalecer a cadeia produtiva das localidades, melhorando a infraestrutura e gerando qualidade de vida, com mais saúde e renda para quem vive no campo”, destacou Paulo Sobral, ao observar que a Coderse vai fazer essa ação direta e concreta com os municípios, em parceria com as comunidades e associações rurais.

Para ele, com a Coderse, um ciclo de ações governamentais será promovido para elevar os níveis de desenvolvimento humano no meio rural, refletindo no ambiente urbano. “Isso é a base. Se você produz água, se você produz qualidade de vida para o homem do campo, automaticamente você dá condições para que ele produza comida. Você está fechando um ciclo de extrema importância para o estado”, complementou o presidente da companhia estadual.

Captação de recursos

A maior parte das novas políticas públicas encabeçadas pela Coderse, em vista de promover qualidade de vida à população rural, partirá da Diretoria de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola. O diretor Ernan Sena considera importante a mudança, para favorecer a captação de recursos e promover serviços e obras. “Sabemos que um dos limitadores da Cohidro era a falta de recursos. Com a mudança no estatuto para Coderse, teremos uma melhor condição de captação financeira, viabilizando a exploração do grande potencial que essa empresa tem e cumprindo a sua função social. A expectativa é muito boa, vamos trabalhar duro para conseguir aumentar o número de realizações da empresa”, avisou Ernan Sena.

Reestruturação

Diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite destaca que com a companhia maior e mais aberta à captação de recursos do que era a Cohidro o seu setor poderá melhorar os serviços oferecidos nos seis perímetros irrigados, e até ampliar a sua atuação.

“A intenção é recuperar mais da infraestrutura dos perímetros, construída em meados dos anos 80, ao mesmo tempo em que queremos ampliar essa atuação para mais localidades rurais. A irrigação é, sem dúvida, essencial à atividade agrícola e também à pecuária, na maior parte do nosso estado, em regiões onde a chuva é bastante irregular, quando não é escassa”, pontuou Júlio Leite.

Recursos humanos 

O diretor Administrativo e Financeiro (Diraf) da Coderse, Thomas Jefferson da Costa, falou da expectativa de crescimento das ações da empresa. “Sinto-me feliz e honrado por fazer parte deste momento tão importante da instituição. Eu conheço o trabalho da Cohidro há muito tempo e, apesar do pouco tempo no cargo, posso dizer que agora como Coderse ela reúne todos os elementos para dar um grande salto nos próximos anos”.

Será na Diraf que muitas das novas funções da Coderse irão tomar forma, nos setores de recursos humanos, licitações e financeiro. “Além do quadro de profissionais competentes, temos todo o respaldo do nosso secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, e do nosso governador Fábio Mitidieri”, completou Thomas Jefferson da Costa.

[vídeo] I Encontro de Gestores de Ceasas do Brasil foi realizado em Aracaju e teve participação da Cohidro

O programa  Sergipe Rural (Aperipê TV), no sábado (7), fez a cobertura do I Encontro de Gestores de Ceasas do Brasil, realizado pela Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju). O  Governo de Sergipe foi representando no evento pelo diretor-presidente da  Cohidro, Paulo Sobral.

Paulo Sobral participou pelo fato da estrutura da Central de Abastecimento de Aracaju pertencer à Cohidro e Assuceaju administrar o espaço. Mas ele também palestrou sobre a influência da companhia estadual — com seus perímetros irrigados, distrito de irrigação, poços e obras em barragens — no abastecimento de hortifrutigranjeiros em Sergipe e em outros estados do Nordeste.

Cohidro destaca participação no abastecimento de alimentos em Encontro de Gestores de Ceasas do Brasil

Estrutura da Central de Abastecimento de Aracaju pertence à Cohidro e Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju) administra o espaço

 

Paulo Sobral recebe certificado e medalha de participação no evento das mãos do presidente da CEAGESP, Coronel Mello [foto: Fernando Augusto]
O I Encontro de Gestores de Ceasas do Brasil ocorreu, em Aracaju, nos dias 28 e 29 de abril, reunindo 39 representantes de centrais de abastecimento de 20 estados e foi organizado pela Assuceaju, em parceria com a Associação Brasileira das Centrais de Abastecimentos (Abracen). Evento que contou com palestras, homenagens aos comerciantes pioneiros da Ceasa Aracaju e participação, por videoconferência, da Federação Latinoamericana de Mercados de Abastecimento (FLAMA).

O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Paulo Sobral, palestrou sobre a influência do órgão no abastecimento de hortifrutigranjeiros em Sergipe e em outros estados do Nordeste.

“A relação entre a Cohidro e a Ceasa vai além da estrutura que abriga a Central de Abastecimento fazer parte do patrimônio da nossa empresa estadual desde 1992. A Cohidro, que no último dia 13, completou 39 anos de existência, começou a trabalhar, em 1983, com a perfuração e instalação de poços tubulares, com uma ação focada principalmente em comunidades rurais. Com os poços, é feito o abastecimento humano, dando meios para as famílias se fixarem no meio rural, para produzir frutas, hortaliças e queijos, que vêm diariamente ser comercializadas na Ceasa. Além disso, a água destes poços servem para a dessedentação animal, importantes para a produção de carne, leite e derivados. Nesse período, são quase 4 mil poços perfurados pela nossa companhia estadual”, pontuou Paulo Sobral.

O presidente listou as ações de irrigação pública feitas pelo Governo do Estado através da Cohidro, empresa pública vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). São seis perímetros irrigados administrados diretamente pela Cohidro e que beneficiam 14 mil pessoas com água para irrigação e assistência técnica agrícola. Irrigantes que juntos, produziram em 2021, mais de 90 mil toneladas de alimentos, incluindo 1,6 milhões de litros de leite, gerando cerca de R$ 137 milhões em renda a esses beneficiários. Já o Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis – patrimônio do Estado em que a concessão aos concessionários de 40 lotes irrigados é gerida também pela Cohidro – produz anualmente aproximadamente 370 mil toneladas de produtos agrícolas, gerando 3.500 empregos diretos.

“Com a irrigação nos perímetros, a nossa relação é mais direta com a produção, pois é um benefício contínuo. Ao fornecer água de nossas barragens (e do Rio São Francisco, em Canindé) e a assistência técnica para garantir o melhor aproveitamento da água e solo”, considerou Paulo Sobral.

O presidente da Cohidro ainda complementou, que desde 2012, a companhia executa as ações do Governo do Estado para a recuperação de barragens, atendendo cerca de 2 mil unidades neste período. “Reiniciamos este programa em 2022, já temos equipes em Porto da Folha, Poço Redondo e Canindé de São Francisco. Vamos promover a limpeza e ampliação de 20 barragens de médio porte e 1.000 das de pequeno porte. Tudo isso: poços, barragens, perímetros de irrigação e Platô de Neópolis; influi na produção de sete dos 12 itens da cesta básica pesquisados no Nordeste e faz com que, há 8 meses seguidos, Aracaju tenha a cesta básica mais barata do Brasil”, complementa o presidente da Cohidro.

O presidente da Assuceaju, Wilson Nunes, comandou a organização do encontro de gestores. Ele reforçou que a Cohidro e a Secretaria de Estado da Agricultura, são parceiras dos comerciantes da Ceasa, em benefício dos pequenos e médios agricultores, maioria no estado. “Têm papel importante no escoamento de toda produção agrícola, e Paulo Sobral é parceiro do Ceasa, não de agora, mas a muito tempo. E a ideia é fomentar todas essas discussões aqui em Aracaju e em todos os Ceasas do Brasil”, disse ele, justificando a realização do evento.

Para o presidente da associação de usuários, a produção de hortifrutigranjeiros gerada com apoio da Cohidro chega até a Ceasa de Aracaju. “Nós temos uma produção muito boa de abacaxi, que a Cohidro tem papel fundamental na questão da execução dos poços artesianos. Nós temos a batata-doce na região Agreste, que também é fundamental”, complementa Wilson Nunes.

Ceasa passa a dividir horário de atendimento a comerciantes atacadistas e público em geral

Proprietária do espaço, Cohidro define medida em nova portaria e segue enviando fiscais ao local

Após nova reunião com os representantes dos comerciantes concessionados ao uso das instalações da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) de Aracaju; na quarta-feira (8), a presidência da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) baixou nova Portaria em atenção às medidas restritivas à aglomeração de pessoas para prevenção à transmissão do coronavírus. Atendendo à demanda de comerciantes e consumidores, foram determinados dois horários diferenciados de atendimento: das 03h às 06h – período exclusivo para os clientes que fazem compras em atacado; e das 06h às 13h30, para o acesso às compras do público geral. Outra medida limita o acesso ao estacionamento mercado, proibindo a entrada de veículos a partir das 07h.

Dirigida à administradora do espaço da Cohidro, a Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), a Portaria 25/2020 complementa as medidas estabelecidas no documento anterior [24/2020] e altera o horário de funcionamento que, anteriormente, havia sido indicado em atenção somente aos critérios determinados no Decreto Municipal de 6.101/2020, de 23 de março, segundo a qual a abertura dos mercados municipais deve ficar restrita ao período de 5h30 até 13h30. Segundo o presidente da Cohidro, Paulo Sobral, o novo horário não aumenta o período em que a Ceasa funciona como ‘mercado municipal’ ao grande público. Cria um horário especial para o comércio de hortifrutigranjeiros em atacado, atendendo uma reivindicação dos comerciantes já habituados com a abertura do comércio atacadista 03h.

“Pelo contrário, retiramos meia hora do de funcionamento ao público em geral e restringimos o acesso ao estacionamento interno para diminuir o fluxo de pessoas dentro do prédio da Ceasa. O público do comércio atacadista, proprietários de mercadinhos, restaurantes e feirantes procuram a Ceasa nesse horário da madrugada para que, no horário comercial, estejam com as mercadorias preparadas para receber seus clientes. Com exceção do horário, as normas da portaria 24/2020 continuam valendo para o controle de público: higienização com álcool 70%, EPI para funcionários e conscientização dos clientes. Nossos fiscais estão percorrendo periodicamente todas as bancas, orientando e advertindo quem desrespeita as normas municipais e estaduais, sob risco de multa aos reincidentes”, avisa Paulo Sobral.

Medidas de prevenção
José Carlos dos Santos é comerciante de hortifrutigranjeiros em atacado na Ceasa há 36 anos, e considera necessárias as medidas preventivas. “É importante ter apoio. O fato de a Cohidro estar sempre vindo aqui já não nos deixa com aquela sensação de estarmos sozinhos. Essas orientações são sensatas e nos trazem um pouco mais de segurança. No momento que estamos vivendo, não precisamos de inseguranças, mas sim de pessoas que se preocupem com o bem estar dos outros, que mudem as regras para, com certeza, melhorar nosso convívio. Nós colocamos pia para os clientes e funcionários lavarem as mãos. A cada meia hora sai um da gente pedindo para que eles vão até a pia e lavem as mãos e o antebraço. Se todas essas normas salvarem uma só vida, já se fez justos todos os sacrifícios e todas as mudanças. Já valeu a pena”, avalia o comerciante.

Trabalhando no comércio de frutas e verduras na feira livre de São Cristóvão, Ivania Santos destaca como positivas as ações de higienização e a sinalização horizontal dos pisos aplicada pela Assuceaju, demarcando a distância a que cada cliente deve ficar um do outro. “Estou achando ótimo, muito boa toda essa organização aqui na Ceasa. É uma correria danada para cumprir as orientações dos cuidados com a nossa saúde, mas aqui está sendo ótimo, com as marcações e limpeza das mãos”, disse. Ela explica que mesmo com a alta nos preços de alguns produtos e a dificuldade de logística provocada pelas medidas de enfrentamento ao coronavírus, não têm do que reclamar. “As feiras estão sendo boas, só não tenho como repassar esses preços ao meu freguês, mas todo mundo está vendendo direitinho”, concluiu.

Cohidro fiscaliza cumprimento de medidas recomendadas à Ceasa Aracaju

Para evitar aglomerações, Ceasa implementa controle de acesso priorizando entrada de pedestres e restringindo veículos a 10 por vez

[Foto: Fernando Augusto]
Fiscais da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) visitaram a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) em Aracaju, na terça-feira (31), para conferir a aplicação das orientações de enfrentamento e prevenção ao novo coronavírus, determinadas por decreto da Prefeitura de Aracaju e de portaria emitida pela companhia. A Cohidro também realizou nova reunião com a administradora do espaço, a Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), que passou a adotar medidas intensivas de higienização e implementou controle efetivo de entrada, priorizando clientes pedestres e restringindo o acesso de veículos a somente 10 por vez.

Adotando os mesmos critérios aplicados nos mercados municipais de Aracaju para enfrentamento ao coronavírus, a Cohidro – proprietária do espaço físico cedido à Assuceaju, para a comercialização de hortifrutigranjeiros – emitiu a Portaria 24/2020 na última semana. No documento, a companhia reforça a necessidade de obediência aos decretos 40.567/2020, do Governo do Estado, e 6.101/2020, da Prefeitura de Aracaju, bem como às medidas emitidas pelo Ministério Público Estadual (MPE), e estabeleceu algumas normas, como a redução do horário de funcionamento, ficando de 5h30 às 13h30; a suspensão da feira livre; o distanciamento de dois metros entre as bancas de comercialização; e a realização da limpeza intensiva de bancas e pisos da área de vendas.

Durante a visita, os fiscais da Cohidro constataram que as medidas de proteção individual para clientes e funcionários, já adotadas na semana passada, continuam a ser executadas. Já nesta semana, a Ceasa passou a realizar a limpeza diária de toda estrutura de acesso ao público e também adotou o controle efetivo nas entradas de acesso ao mercado. “Ao abrir os portões em novo horário, determinado para 5h30, damos prioridade de entrada para os clientes pedestres. Posteriormente, liberamos lotes de veículos para compras de 10 em 10 automóveis, e ficamos aguardando a sua saída para a liberação da entrada de mais clientes. Estamos também cumprindo a solicitação do MPE, de lavar a Ceasa todo dia, com cloro e sabão em pó”, disse o gerente administrativo da Ceasa, Dorgival Targino.

O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, direcionou uma equipe de fiscalização que atua nos perímetros irrigados do Governo do Estado, para verificar as ações que foram exigidas pela Prefeitura, Governo e MPE. “Foi avaliado hoje que, ao restringir a entrada de veículos, dando premência aos clientes que estão a pé, está se criando um congestionamento na entrada da Ceasa. Por isso, já solicitamos o apoio da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju, que está organizando a entrada da Ceasa e o tráfego na avenida Gentil Tavares”, informou. Paulo Sobral assegura ainda que a gerência da Ceasa está atuando no fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) aos funcionários, como luvas e máscaras, e na disponibilização de álcool 70% para os clientes.

A Prefeitura de Aracaju também contribuiu, enviando à Ceasa, na terça-feira (31), as equipes especializadas em desinfecção da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), atuando na limpeza das áreas abertas do mercado. As visitas de fiscalização da Cohidro à Ceasa continuarão a ser realizadas até o fim do isolamento social, destaca o presidente da companhia. “As nossas inferências vão continuar acontecendo enquanto durar esse período de isolamento social, para garantir que o funcionamento da Ceasa – mercado de importância essencial ao abastecimento de pequenos comércios de alimentos e feiras do interior – resguarde a saúde dos clientes, diante do risco que oferece a pandemia do coronavírus’, completou Paulo Sobral.

Cohidro notifica Ceasa Aracaju a acatar regras municipais de prevenção ao coronavírus

Horário de funcionamento foi reduzido das 5h30 até 13h30 e feira livre foi suspensa

O Governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe – Cohidro, estabeleceu medidas restritivas de prevenção e enfrentamento à pandemia do coronavírus para a Central de Abastecimento do Estado de Sergipe – Ceasa, em Aracaju. O horário de funcionamento, que era das 5h às 18h, foi reduzido e agora passa a funcionar das 5h30 às 13h30. As medidas seguem orientações da Prefeitura de Aracaju e de portaria da Cohidro, que também determinaram a intensificação da limpeza, a realização de campanha educativa junto aos usuários e a suspensão temporária da feira livre interna.

A Cohidro exerce a função de fiscalizar e regularizar a execução do contrato de concessão do espaço da Ceasa para a Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju). O grupo assumiu a administração do mercado quando o antigo órgão estadual foi extinto, nos anos de 1990. A associação continuou ocupando as mesmas instalações do prédio, que hoje é patrimônio da Cohidro. De acordo com o presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a central de abastecimento se enquadra como mercado municipal e por isso, deve atender às determinações da Prefeitura de Aracaju expressas no Decreto Municipal 6.101/2020, que restringe o horário de funcionamento e determina as ações preventivas ao contágio ao novo vírus.

“A Ceasa exerce atividade essencial, pois abastece pequenos negócios que comercializam gêneros alimentícios, e até as feiras livres que ainda estão autorizadas a funcionar no interior do estado. Nos reunimos com a diretoria da Assuceaju para explicar a importância das medidas para reduzir o risco de contágio ao coronavírus, e as determinações foram bem-recebidas pela diretoria da associação. Seguindo o decreto municipal, tivemos também que suspender a feira livre promovida semanalmente no pátio do estabelecimento, onde os feirantes que não possuem bancas comercializavam para a comunidade do bairro Getúlio Vargas e adjacências”, destacou Paulo Sobral.

Na Portaria 24/2020, publicada no Diário Oficial de Sergipe nesta sexta-feira (27), a Cohidro determina que as bancas deverão funcionar a dois metros de distância uma das outras e os funcionários deverão usar equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras e luvas, além do álcool em gel 70%, item que também deverá estar acessível aos clientes e visitantes em cada banca de comercialização, e também na portaria. O documento estipula, ainda, para a associação, a realização de campanhas educativas, com conversas e comunicados aos associados sobre as medidas de prevenção à COVID-19, através do sistema de som interno e outras ações complementares, a fim de promover os cuidados básicos para evitar a disseminação e a contaminação durante a pandemia.

O gerente administrativo na Ceasa de Aracaju, Dorgival Targino, explica que as ações de prevenção já haviam sido iniciadas junto aos clientes e funcionários, e que buscarão alternativas para atender a todos os itens listados. “Já estávamos distribuindo luvas descartáveis e, dentro do possível, estamos atendendo as determinações. Diante das dificuldades para encontrar os produtos, hoje só estamos fornecendo máscaras e luvas para os nossos funcionários e para os clientes, além do álcool 70% líquido. Desde já, gostaríamos de fornecer todos os itens, mais ainda não temos condições”. Sobre a campanha educativa, ele informa que “estamos veiculando orientações através do som interno da Ceasa e complementando com as informações passadas pelos médicos através da TV”, concluiu.

 

Ceasa recebe limpeza completa da Emsurb via Cohidro

Varrição, capinagem e limpeza da área da Ceasa e feira semanal – foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Na manhã deste domingo (22), a área da antiga Central de Abastecimento de Aracaju (Ceasa) passou por uma limpeza completa e inédita na central de hortifrutigranjeiros, diante do número de ações e trabalhadores envolvidos de uma só vez. Deu-se a partir de um convênio entre a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), proprietária do imóvel, e a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Esta, aplicando no espaço público do Governo do Estado, as mesas práticas de asseio e conservação que exerce nas feiras livres e mercados municipais aracajuanos sob sua responsabilidade.

Todo espaço, incluindo os estacionamentos interno e externo, recebeu serviços de varrição e capinagem. Já na área onde ocorre a feira semanal, todo sábado, e nos boxes do bloco B, houve uma lavagem e desinfecção intensa do piso. O enxágue com o uso de detergentes e desinfetantes se faz necessário para eliminar os microrganismos que possam surgir do acúmulo de restos de alimentos, que só o ato de varrer não eliminaria por completo.

Diretor-presidente da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima garante que esta foi somente uma das ações do Governo do Estado para buscar a regularização e maior atenção para com os pequenos e médios comerciantes que tiram da central de abastecimento o sustento de suas famílias. Segundo ele, é interesse da empresa que a Ceasa continue exercendo o papel fundamental de receber e redistribuir a produção agrícola do interior de Sergipe e a geração de renda para todos os envolvidos em todas as etapas do processo. Nessa cadeia, inclusive, se incluem os agricultores familiares e empresários do agronegócio, alocados nos perímetros irrigados que a própria empresa possui no interior de Sergipe, onde é administradora ou ente público regulador da infraestrutura hídrica.

“Já estamos a um mês atuando de forma incisiva na reorganização do espaço. Temos que reconhecer que a gerência, implementada pela atual gestão da associação, tem feito avanços significativos. A Ceasa tem atendido um número maior de pessoas e está mais bem gerida que em tempos atrás. Mas sempre existirão pontos a serem revistos e uma parcela de beneficiados, com o espaço, que não se sentirão igualmente assistidos. Para estas e outras pendências, a Cohidro passou a ser cada vez mais atuante, presente e disposta a sanar divergências como instância superior que é, sendo ela a proprietária do prédio”, ajuíza o presidente.

O prédio e área física é um espaço público que, quando foi extinta a Ceasa de Aracaju em 1992, passou a ser um patrimônio da Cohidro. Desde aquela época está cedido, em regime de concessão, à Associação de Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), para assim continuar a prestar o mesmo serviço de uma central metropolitana de abastecimento de alimentos, ao qual foi concebido.

“Para além desta ação de domingo, que contamos com a valorosa colaboração da Emsurb, estamos também acertando parcerias com a Emurb (Empresa Municipal de Obras e Urbanização de Aracaju), DER (Departamento Estadual da Infraestrutura Rodoviária de Sergipe) e SMTT (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju). Para tratarmos da desobstrução das galerias pluviais e asfaltamento da parte que ainda é calçada em paralelepípedo. Assim facilitaremos a limpeza e o escoamento da água da chuva. Da mesma forma que se faz necessária a reorganização na sinalização de estacionamentos, vias de trafego e áreas de carga e descarga internas”, reforçou Jorge Kleber, agradecendo a receptividade das instituições públicas que a Cohidro tem procurado, demostrando o interesse geral e a importância dada à Ceasa.

Comissão de trabalho
Criada há menos de um mês e composta de servidores da Cohidro, a comissão interna de trabalho para a regularização da Ceasa tem feito avanços, tanto na adequação da qualidade do espaço oferecido para comerciantes e clientes, como a limpeza de ontem, quanto na elaboração de um novo edital para concessão do espaço.

“Estamos estudando os modelos de concessão de espaços públicos, igual a Ceasa, aplicados em outros estados e até aqui, como é o caso da Rua do Turista em Aracaju. Dessa forma, vamos elaborar o edital para a ocupação de todos os pontos de comércio de produtos, que são as lojas, os boxes, as bancas na feira, os estacionamentos de caminhões que vendem as cargas fechadas e ainda os carregadores”, externou Ceciliano Gama Alves, presidente da comissão de trabalho da Cohidro.

Comissão de trabalho realiza mais uma visita a Ceasa

Mais uma visitação feita pela comissão de trabalho para a regularização da antiga Ceasa de Aracaju no último sábado, 14. Espaço público pertencente à Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), concedido para a Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), que administra o comércio de hortifrutigranjeiros.

A visita em um sábado quis constatar a situação da feira semanal que ocorre neste dia. Há cerca de um mês ela mudou de local, dentro do pátio da Ceasa, para melhor acomodar o trânsito de veículos e passar a ser coberta por tendas, não mais por bancas, assegurando proteção contra sol e chuva para feirantes e fregueses.

Embora os feirantes façam queixas de que perderam a referência que tinham antes, para serem encontrados pelos antigos clientes e que com as tendas, o espaço entre as bancas tenha diminuído, o maior problema identificado está sendo na pavimentação e drenagem do novo espaço. O calçamento em paralelepípedo dificulta o escoamento da água da chuva e a higienização do local. O asfaltamento da área já estava sendo pleiteado pela Cohidro junto ao DER.

Dona Carmelita Alves comercializa na feira da Ceasa há quase 40 anos. Vende queijos vindos diretamente do Sertão Sergipano. Para ela, as pessoas estão demorando a se acostumar com a mudança da feira, por terem se desencontrado dos clientes, mas o problema mesmo está na falta de escoamento da água quando chove, prejudicando a feira. Já Maria de Lourdes e Maria Lucia Nunes de Jesus, mãe e filha, tem 38 anos com uma banca na Ceasa e dizem que a mudança no local da feira melhorou, com o aumento do estacionamento para os clientes.

Novas visitas
No sábado, estiveram presentes à Ceasa o economista Carlos Alberto Coutinho, o advogado André Luiz Viana e a gestora governamental Claudia Moreira Rego, que integram a comissão de trabalho da Cohidro para regularização da Ceasa. Novas visitas estão sendo agendadas com representantes da Emsurb e Emurb, para organização do espaço de vendas e da SMTT, para questão da circulação e estacionamento de veículos, dos clientes e de carga/descarga.

A comissão ainda trabalha no processo licitatório para administração do espaço e está elaborando o novo edital. Em fase em que colhe informações de ceasas em outros estados ou em situações semelhantes, como é o caso da Rua do Turista.

Última atualização: 24 de abril de 2018 14:56.