Governo leva água do São Francisco para o Povoado Vila Miranda em Capela

O novo sistema de abastecimento parte do sistema da Adutora do São Francisco na altura do povoado Terra Dura. A interligação do Sistema à adutora foi autorizada pelo Governo do Estado, através da Deso.

Fotos: Jorge Henrique/ASN

A parceria entre o governo do Estado, a prefeitura de Capela proporcionou a chegada de água de qualidade nas torneiras de mais de três mil moradores do Povoado Vila Miranda. Nesta sexta-feira, 27, o vice-governador Belivaldo Chagas dirigiu-se ao povoado para realizar a inauguração do sistema de abastecimento de água do Povoado, juntamente com a prefeita Silvany Sukita e o diretor- presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Carlos Melo.

Antes de o novo sistema ser instalado, a moradora Roberta Santos Santana vivia numa situação bastante complicada com o marido e a filha. “Era uma situação muito difícil. Descíamos até o Pageú para lavar roupa com bacia na cabeça. Era muito ruim. Para beber água, tinha que buscar no Taquari. Agora, a cerca de quinze dias temos água direto das nossas torneiras. É uma verdadeira benção”, agradeceu.

O vice-governador Belivaldo Chagas ressaltou que a população do município já conta com água da melhor qualidade. “A gente fica feliz em ver que mais de três mil pessoas estão sendo contempladas. População essa que há mais de trinta anos vinha esperando por água de qualidade. Com isso, a parceria entre o governo do Estado e a prefeitura de Capela faz com que a população acabe com o sofrimento com o carro-pipa. A ideia é trabalhar ainda mais para que outras comunidades possam ser contempladas, melhorando a vida de toda a população da região”, ressaltou.

Novo sistema
O sistema é composto por uma rede de tubulação com seis quilômetros de extensão, caixa d’água, registro e filtros. Os recursos para implantação, oriundos do SAAE, foram de aproximadamente R$ 450.000,00. Com a anuência, a SAAE Capela derivou o sistema de abastecimento da adutora até o povoado Miranda, tornando possível que 3.000 pessoas passem a ser beneficiadas com água encanada em suas residências.

Durante a solenidade, foi anunciada, ainda, a perfuração de oito poços artesianos para ajudar no abastecimento de água de outros povoados da região, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Presenças
Participaram da solenidade a superintendente da Casa Civil, Conceição Vieira, a vice-prefeita de Capela Adjane Pires, o diretor-presidente e o diretor de Infraestrutura da Cohidro, (respectivamente) José Carlos Felizola e Paulo Henrique Sobral; diretor-presidente da Fundação Aperipê, Givaldo Ricardo, vereador Rony Cruz.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Com 13 barragens recuperadas, Estado ampliou área de atuação do programa

Com mais de 75 anos de existência, barragem do Algodão em Cedro, nunca tinha secado antes de 2016 – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

O último período de estiagem em Sergipe alcançou regiões anteriormente menos prejudicadas pela seca. Tal agravante levou à exaustão, mais reservatórios de água do que nos anos anteriores. O Programa de Recuperação de Barragens do Governo do Estado, que desde 2012 executou ações em quase 2 mil dessas aguadas rurais em regiões sertanejas, desta vez teve que agir em novos municípios, a exemplo de Cedro de São João e Ribeirópolis. Ao todo, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), investiu R$ 1.470.341,64 na reforma de 13 barragens rurais de médio porte e que fomentam a vida no campo e sustento de 12.438 pessoas.

São barragens de terra, construídas há bastante tempo e que, por ação das enxurradas e da erosão, foram sofrendo assoreamento. Com o passar dos anos, a capacidade de acúmulo de água diminui e, com a seca que se abateu em Sergipe em 2016, os reservatórios secaram totalmente. Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, foi ocasião propícia para evitar novas crises de desabastecimento. “Os serviços de recuperação e ampliação das barragens só são possíveis quando estas estão secas, possibilitando assim o aumento da capacidade de acumulação”, estabeleceu.

Para as ações foram destinados R$ 1.240.341,64, dos R$ 2 milhões em recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), que a Cohidro recebeu via convênio com a Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (SEIDH), desempenhando também ações de perfuração de poços e instalação de sistemas de abastecimento de água. O investimento em recuperação de barragens foi aplicado em municípios sergipanos que, em 2016, tiveram decretado pela União o estado de emergência devido à seca.

E o resultado foi positivo antes mesmo de uma nova seca começar, comemora o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola. “Uma seca das mais severas da história foi, graças a Deus, suprida por um inverno bastante generoso em quantidade de chuva. Isso garantiu que a maioria das barragens que nós recuperamos no período de estiagem, enchesse em sua totalidade. Garantindo assim, uma maior autonomia e chance de persistência do sertanejo no campo, tendo um tempo maior de uso daquela água. Como sempre digo, a água existe no sertão, em forma de chuva. O que é preciso fazer é investir em meios de guardá-la para usar durante a seca. Isso se faz, principalmente com as barragens e as cisternas, outra atuação que a nossa empresa, em breve, vai voltar a ter também no Estado”, argumentou.

Um dos municípios que só passaram a ser atendidos a partir da última seca pelo programa foi Cedro de São João. No Povoado Poço dos Bois, com cerca de 1.100 habitantes, a Barragem do Algodão secou pela primeira vez desde que foi construída, há mais de 75 anos. Mas, depois de recuperada, nas primeiras chuvas de 2017 recuperou sua carga total, ampliada pelas obras que retiraram muita lama de seu leito. Um reservatório de múltiplos usos, atendendo a dessedentação dos rebanhos criados em seu entorno, à pesca artesanal e ao laser, atraindo banhistas das cidades vizinhas e também gerando renda ao comércio local.

Manoel Vieira Alves, 74 anos, aposentado, morador do Poço dos Bois, na época lamentou o açude ter secado, mas tinha esperança de que a obra e as próximas chuvas poderiam reverter esse quadro. “Aqui era o lazer da gente, para dar água ao animal, para tomar banho, pescar, pegar um peixinho. Tudo aqui servia para gente, servia e serve, quando tiver de novo, né? Aqui nasci e me criei, nunca vi uma seca dessa não. Nasci e já tinha a barragem e nunca vi secar. Tem que fazer uma benfeitoria dessa, né? Mas aí agora com essa benfeitoria que tão fazendo, os nossos netos é que vão morrer e ela ainda não vai secar, com o poder de Deus”, suplicou.

Além da Barragem do Algodão, nesta edição do programa e com os recursos do convênio com a SEIDH, foi possível a realização de obras nas barragens públicas nos povoados Alagadiço, em Frei Paulo; Serra da Guia e Queimadas, em Poço Redondo; Mancinha, em Carira; Montes Coelho, em Tobias Barreto; Aningas, em Nossa Senhora da Glória; Lagoa de Dentro, em Gararu. E também nos assentamentos Paulo Freire, em Porto da Folha; Francisco José dos Santos, em Poço Verde; João Pedro Teixeira, em Canindé do São Francisco e na sede do município de Nossa Senhora de Lourdes.

Ribeirópolis
Município do Agreste Central Sergipano, Ribeirópolis resistiu à seca o quanto pode, entretanto sucumbiu à crise hídrica e decretou estado de emergência em fevereiro deste ano. Nessa época, o Programa de Recuperação de Barragens já estava em operação e, para tal, já tinha verbas destinadas às 12 barragens selecionadas. “Dessa forma, para atender a demanda da barragem do Povoado João Pereira, que secou, tivemos que arcar, com recursos próprios, as obras de limpeza da barragem, ampliando em mais R$ 230.000 os recursos investidos pelo Governo do Estado, nesse ano, em barragens”, completou o presidente Felizola.

Agricultor às margens da barragem, Gidelmo Barreto Menezes disse que não é comum a barragem secar, mas acredita que vá ser mais difícil disso se repetir, com a obra que melhorou sua capacidade de acúmulo. “Vai sim, com a água que rendeu, deve durar mais. Chegou a secar, porque o verão veio puxado”, considera. Ele planta, dentre outras cultivares, a batata-doce e é no período do verão que a maior utilidade da barragem se faz presente, quando todas as roças ao seu redor bombeiam da água para irrigação. Mas a orla, lá construída pela Prefeitura Municipal, sugere que se trata de um frequentado espaço de lazer. “A limpeza foi uma maravilha, rendeu mais água, tirou a lama e rendeu água”, completa o morador do Povoado João Pereira, onde vive uma média de 1.400 habitantes.

 

Com sistema instalado em São Cristóvão, ‘Água para Todos’ chega em 28 localidades

Sistema com poço, bomba, encanamentos, reservatório e chafariz. Casos à parte, população faz a ligação nas casas – Foto Michaelle Santiago (Ascom-Cohidro)

A instalação do sistema de abastecimento de água no Povoado Camboatá, em São Cristóvão, totaliza 28 comunidades atendidas na primeira fase do Programa ‘Água para Todos’ em Sergipe. A nova unidade promove o atendimento de 88 moradores, de um total de 4.885 já assistidos em todo Estado. Ainda em 2017, outras 1.454 pessoas terão acesso à água em mais 9 instalações, via o convênio entre União e Governo do Estado, onde a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) é o órgão executor.

O valor investido, até o momento, é de R$ 4.351.181,16. Recursos oriundos do Ministério da Integração Nacional e do Governo de Sergipe, para implantação de sistemas de abastecimento de água em 37 localidades rurais. Com a segunda fase concluída, serão ao todo 107 localidades, em 29 municípios sergipanos, recebendo água para consumo humano. Um investimento federal total de R$ 14,4 milhões, somado à contrapartida estadual de R$ 720 mil. “Serão mais de 5.000 famílias sergipanas beneficiadas com água própria para o consumo humano, residentes em povoações rurais distantes das redes convencionais de distribuição de água e selecionadas a partir de levantamento socioeconômico independente, licitado pela Cohidro”, argumenta o diretor-presidente da Companhia, José Carlos Felizola.

Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, o número de localidades atendidas vai aumentando conforme os sistemas de abastecimento recebem a ligação da energia elétrica. “Hoje, a suma maioria das unidades estão prontas, faltando apenas a instalação elétrica, que é feita pelas concessionárias responsáveis. Feita a ligação, a empresa licitada para a instalação vai pôr os equipamentos, fazer testes e passar a fornecer água para a localidade”, explicou, informando que, além do Camboatá, os povoados onde a instalação se fez mais recentemente são no Assentamento Sepé Tiaraju, em Indiaroba e no Povoado Siribas, em Siriri, municípios a 100 e 34,4 km da capital, respectivamente.

Além do Camboatá, do Siribas e do Sepé Tiaraju, estão instalados e fornecendo água à população, os sistemas dos assentamentos 27 de outubro, 5 de Janeiro e Povoado Sítio Novo, ainda em Indiaroba; nos povoados Colônia do Sapé, Minante, Rio Fundo/ Riachinho, Araticum e Assentamento Dorcelina Folador, em Itaporanga D’ajuda; Assentamento Caraíbas, povoados Curral dos Bois, Encruzilhada e Araticum, em Japaratuba; Povoado Currais, em Japoatã; povoados Quebradas III e Chã do Cabral, em Salgado; povoados Cambui, Bom Viver, Bonfim e no Assentamento Cleonice Alves, em Santa Luzia do Itanhy; Assentamento Caio Prado, em Estância; Povoado Rocinha, em São Francisco; povoados Touro e Canal, na Barra dos Coqueiros, Povoado Canavieira, em Tomar do Geru e no Povoado Flor do Mucuri, em Divina Pastora.

Crise hídrica
No início do ano, São Cristóvão, situado na Grande Aracaju, sofreu dificuldades com a crise hídrica em muitas das suas localidades, inclusive na zona urbana. Para tanto, nos primeiros dias de janeiro, a Cohidro perfurou três poços para dar suporte ao abastecimento de água potável do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), na sede municipal. Antes disso, em 2016, perfurou outro no Povoado Timbó, também para a SAAE. Desta vez é o Povoado Camboatá que passa a ter água para consumo humano. “O ‘Água para Todos’ custeia o poço e a instalação do sistema de abastecimento, com reservatórios e chafarizes em número suficiente para atender a população. Mas, como tem ocorrido em outras localidades; moradores, associações, ou então as prefeituras, estão se mobilizando para fazer o encanamento até as casas. O mesmo está acontecendo no Camboatá”, externou Paulo Sobral.

João da Conceição vive com a mulher, filha, genro e dois netos, no Camboatá. Ele é um dos que fez a ligação de água do sistema até a residência e comemora a melhoria. “Acho que melhorou muito. A gente pegava água para beber do poço do vizinho ali embaixo, trazia na carroça e quando ele não estava, não tinha como pegar. E para casa, a gente pegava no rio, para lavar prato, lavar roupa. Mas aquela água do rio está muito preta, não presta para lavar roupa, está contaminada, não tinha qualidade. Essa agora, a gente usa para beber, tomar banho, lavar roupa. Usa essa água para tudo, agora nós temos água boa, água de qualidade”, descreveu o morador há 2 anos no povoado.

Semana da Alimentação consolida produção e consumo de orgânicos em Lagarto

Palestras do segundo dia de evento foram no Cepard, antigo Colégio Polivalente de Lagarto – foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

Três dias de atividades marcaram a ‘Semana da Alimentação da Cohidro’ em Lagarto, alusiva ao Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro. Terça, quarta e quinta-feira, respectivamente, no Campus Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas (Cepard) e no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lagarto, houve palestras educativas, depoimento dos agricultores e exibição de alimentos orgânicos produzidos no Perímetro Irrigado Piauí. Além da entrega de cartilhas agroecológicas editadas pela Companhia Estatal e impressas em convênio com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Evento organizado pela Diretoria de Irrigação (Dirir), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), através das suas gerências de Desenvolvimento Agropecuário (Gedea) e do Perímetro Irrigado Piauí. Este último, polo agrícola administrado pela empresa em Lagarto, onde hoje 10 agricultores irrigantes estão convertidos e autorizados à produção de alimentos orgânicos. Pertencem a uma Organização de Controle Social (OCS), reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O objetivo principal da ‘Semana de Alimentação’, segundo o diretor-chefe da Dirir, João Quintiliano da Fonseca Neto foi o de divulgar o trabalho dos agricultores e a própria agricultura orgânica. “Se faz necessário procurar novos mercados aos agricultores que aderiram à produção sem o uso de agrotóxicos. E nada melhor que esses novos clientes estejam na cidade mais próxima ao nosso perímetro, que é Lagarto. Da mesma forma que na agricultura familiar, de pequeno porte, é bem mais aceitável o método de produção que se atente a produzir sem os riscos que os agroquímicos oferecem ao agricultor e à sua família, que quase sempre vive junto das lavouras,” defende.

Cartilhas educativas
Nessa visão de propor ao agricultor e aos técnicos agrícolas, de dentro e de fora dos seus perímetros irrigados, optarem por não correr os riscos que oferece o uso do agrotóxico no seu trabalho, é que a Cohidro editou a cartilha ‘Produtos Alternativos para o Controle de Pragas e Doenças na Agricultura’. Um trabalho elaborado pela engenheira agrônoma Sonia Maria Souza Loureiro há seis anos, e que em 2016 passou por uma revisão. Para a produção de 4.000 exemplares dessa segunda edição, a companhia contou com a parceria do MPT, que em uma de suas ações de fiscalização trabalhista, converteu o pagamento de multa na impressão gráfica do material educativo.

Quarta, no Cepard, o procurador do trabalho Manoel Adroaldo Bispo compareceu à ‘Semana da Alimentação’, para fazer a entrega oficial da publicação à Cohidro. “A importância para o MPT, é disseminar cada vez mais a consciência de que é possível produzir sem contaminar o ambiente. Então, essa cartilha vem em boa hora, porque contribuirá para que tenhamos produtos alimentares cada vez mais saudáveis”, considerou. Ele estabeleceu que 3.000 unidades seriam entregues à empresa e outras mil, serão destinadas à instituições de Sergipe que, da mesma forma, tem atuação junto aos agricultores familiares do estado.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, agradeceu o apoio dado pelo MPT à continuidade deste projeto que defende uma atividade agrícola mais compensatória e benéfica à saúde da população em geral. “Dou meus parabéns ao Dr. Adroaldo Bispo, que pela segunda vez estendeu a mão à empresa para viabilizar este projeto, e para Drª Sônia Loureiro, pela perspicácia em encontrar tempo de elaborar esse compêndio de informações muito importantes para quem planta. É algo inovador, combater pragas e doenças das plantas com substâncias que não prejudicam nossa saúde. Saem ganhando todos: o produtor, que não adoece e ainda lucra mais ao vender um produto diferenciado e o consumidor, que se alimenta sem correr riscos de contaminação por defensivos químicos”, justifica.

Palestras
O foco das palestras foram os estudantes das próprias instituições de ensino que gentilmente cederam espaço para realização do evento e também os agricultores e familiares, convidados a participar. O Técnico agrícola da Cohidro em Lagarto, Marcos Emílio Almeida, foi um dos organizadores e também palestrante nos três dias, falando da produção orgânica realizada no Perímetro Piauí. “O objetivo é favorecer o consumo desses alimentos orgânicos, que já vêm sendo produzidos aqui e criar uma condição de que esse grupo aumente, que traga mais pessoas envolvidas nesse processo de agricultura orgânica. Trazendo essa informação, a pessoa já vai comprar diretamente e valoriza o produto orgânico, porque é mais trabalhoso para você produzir”, disse ele.

Isaura Virginia Reis Menezes Valença é nutricionista formada no Campus Lagarto da UFS, atualmente fazendo pós-graduação com ênfase em Obesidade e Emagrecimento, mas também é aluna especial no curso de pós em Educação Física do Campus UFS de São Cristóvão. No dia do evento em sua universidade, ela proferiu palestra focada na bandeira da alimentação saudável. “A gente sabe que é fundamental alertar a população quanto aos hábitos alimentares saudáveis e principalmente ao consumo de alimentos orgânicos, visando evitar o aparecimento e a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis”, analisou.

A nutricionista do Programa Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (SESC) em Sergipe, Aline Rezende Alves, palestrou na “Semana da Alimentação”, na UFS e também no Cepard. “O objetivo da minha palestra foi falar o que é um alimento seguro, o que é uma alimentação de qualidade. Hoje, nós só temos um alimento seguro se esse alimento for orgânico, livre em agrotóxicos. Não tem como eu ter uma alimentação saudável, comendo frutas e verduras que sejam ricos nesses aditivos químicos. Precisamos também incentivar os nossos jovens, que eles fiquem no campo, mesmo que busquem cursos na cidade, voltem para o campo, produzam e consumam alimentos de forma saudável e consigam também, alimentar a sociedade”, esclareceu.

Outra organizadora do evento, Maria Terezinha Albuquerque, da Gedea, agradeceu ao Mesa Brasil do Sesc, pela indicação da palestrante. Da mesma forma ao Campus UFS de Lagarto, que indicou palestrante e cedeu o espaço ao evento, e a direção do Cepard, que também disponibilizou o espaço e mobilizou os alunos. “O evento foi um sucesso. As palestrantes Aline, do SESC e Izaura Valença, da UFS, foram excelentes na apresentação dos temas abordados, dando ênfase à importância de consumir produtos orgânicos. A metodologia aplicada foi de fácil compreensão, todos elogiaram. Excelentes profissionais e pessoa, parabéns. Esperamos poder contar com todo este apoio novamente. Obrigada!”.

Depoimento dado no evento
Delfino Batista, agricultor orgânico no perímetro irrigado, consolidado na OCS há mais de sete anos, fornece alimentos diretamente aos seus clientes nas feiras de Lagarto, na Cohidro e nas Feiras da Agricultura Familiar realizadas em Aracaju. Ele incentiva quem quer entrar no orgânico, avaliando que assim, a pequena propriedade rural tem mais chances de obter lucratividade. “Para mim foi a melhor coisa e não pretendo sair. A pessoa trabalhando direito, da certo, mas se trabalhou enganando, já viu, só bota uma vez. Mas graças a Deus, a Cohidro me deu grande apoio, até hoje. Se, não é eles, eu não estava aqui não. Eu sozinho, sem o apoio da Cohidro, eu não ia para frente de jeito nenhum. Vocês que são produtor e tem vontade de ficar no campo, trabalhar com o orgânico é a melhor coisa que vocês vão ter. Se você tiver vontade, querer, não é difícil não. Quando tiver começando, pode procurar um produtor que nem eu, que pode ajudar você. Podem me procurar”, se dispôs Delfino.

A aluna do 3º período no Cepard, Valesca Ferreira da Costa resumiu bem o que viu das palestras e depoimentos dados no dia em que o evento ocorreu em seu colégio. “Eu achei muito interessante, porque mostrou pra os jovens que o uso abusivo de agrotóxicos prejudica, não só a nossa saúde, mas a do nosso familiar também. E achei importante a palestra, que a nutricionista está dando sobre alimentação, que dá mais um desempenho, até nas atividades escolares”, considerou.

“Maravilhosa, especialmente, porque essa juventude é um disseminador de informação, essa juventude terá, uma vez esclarecida e consciente, de que o veneno mata, o veneno adoece. Ela ajudará muito seus pais, seus vizinhos, todos os seus familiares, no sentido de que há uma alternativa de produção saudável e não necessariamente o uso desse pacote tecnológico, que só interessa a indústria química, a indústria de adoecimento e mortes”, complementou o procurador Adroaldo Bispo, pelo que presenciou ao participar da ‘Semana da Alimentação’, no Cepard.

Semana da Alimentação em Lagarto terá palestras e divulgação dos alimentos orgânicos

Programação da Semana da ALimentação

Promover a produção orgânica realizada no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, será o objetivo dos três dias consecutivos de eventos, que a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) está organizando no município sul-sergipano. Na terça-feira, 17, no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), na quarta, no Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas e quinta, no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lagarto. Nesses locais, a partir das 9h, ocorrerão palestras, depoimento dos agricultores e exposição dos alimentos cultivados por eles. Aproveitando o mote do Dia Mundial da Alimentação, celebrando no dia 16.

Maria Terezinha Albuquerque, Técnica da Gerência de Desenvolvimento Agrário da Cohidro (Gedea), está coordenando o evento e explica que a intenção é mostrar que no município, há 75km de Aracaju, existe produção orgânica acessível à população local. “Vamos primeiro ao ambiente universitário, que tem conhecimento das alternativas de alimentação saudável, via o consumo de alimentos naturais. Queremos dizer e demostrar, na prática, que eles podem ter acesso a esses alimentos sem precisar procurar a capital do Estado, ali mesmo em Lagarto, em feiras até direito na área produtiva do agricultor orgânico, já que nosso perímetro irrigado fica muito próximo à zona urbana”, justifica sobre o dia de evento no campus Lagarto da UFS.

Terezinha considera ainda que o segundo dia será tão especial quanto o primeiro, já que terá por função a conscientização. “Por meio dos jovens, que são estudantes do nível médio, é possível alertar dos benefícios de uma alimentação saudável e livre de qualquer risco de contaminação por agrotóxicos. Convencidos disso, eles levam essa informação para dentro de casa, mostrando aos familiares que existe essa maneira mais sadia de se alimentar e que é sim possível fazer isso mesmo no interior, em Lagarto”, completa ela.

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o evento inova, por quebrar dois grandes paradigmas. “Por parte dos produtores rurais orgânicos, que o Governo do Estado atende, existe aquela reivindicação constante por uma logística que os permita levar seus produtos para vender na capital. Por outro lado, é muito comum o pessoal do interior, que quer optar por uma alimentação saudável, com alimentos orgânicos, achar que só em Aracaju vai encontrar os produtos para isso. Importantíssimo a realização destas ações que informam ao mercado consumidor que já existe no interior, produtores desses alimentos. Que ao lado da sua cidade, tem gente produzindo de maneira agroecológica e responsável, a partir da orientação dos técnicos da empresa”, considera, parabenizando a equipe da Diretoria de Irrigação e do Perímetro Piauí pela iniciativa.

Palestras
Abre o evento, em ambos os dias, o Técnico Agrícola da Cohidro e Lagarto, Marcos Emilio de Almeida, que vai falar, aos estudantes, dos processos que permitem a ‘produção orgânica’. O servidor tem a função, no Perímetro Irrigado Piauí, de acompanhar, de perto, os agricultores com a produção agroecológica já consolidada, mas também atua no processo de ‘conversão’, das áreas de plantio, em lotes livres do uso de agrotóxicos. Esta atividade é a única que ocorrerá nos três dias de evento.

Gildo Almeida Lima, gerente do Perímetro Piauí, explica que quando foi a campo divulgar o evento em Lagarto, acabou recebendo o convite para estender a programação ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais. “Eu, junto do nosso técnico agrícola e palestrante Marcos Emílio Almeida, fomos nas entidades locais, rádios e órgãos públicos, para fazer o convite do ciclo de palestras da terça e da quarta. Foi quando surgiu a oportunidade de encaixamos a mesma palestra sobre ‘Produção Orgânica’, dada por Marcos, ao evento que o Sindicato estará promovendo na quinta (19), o ‘1º Encontro de Conscientização sobre o Outubro Rosa’, focado na prevenção do Câncer de Mama e voltado ao público de jovens agricultores”, relatou.

Nos dois primeiros dias, o evento terá sequência na palestra da professora da UFS em Lagarto, Izaura Virginia Reis Menezes Valença, sob o tema da ‘Alimentação Saudável’. O ponto de partida na conscientização das pessoas em optarem consumir alimentos orgânicos, vem da mudança de seus hábitos alimentares. Os alimentos cultivados sem o uso de agroquímicos dão mais segurança para o consumo de vegetais in natura ou crus, base de toda dieta alimentar que priorize a saúde.

Outro aspecto importante e amplamente permitido a quem consome alimentos livres agrotóxicos, é o ‘aproveitamento integral dos alimentos’. Sobre o tema, também vai palestrar, na terça e quarta-feira, Aline Rezende Alves, nutricionista do Programa Mesa Brasil, do SESC em Sergipe. Segundo essa tendência gastronômica, muito do que é jogado fora no preparo dos alimentos que consumimos, como cascas, sementes, pode ser processado e reaproveitado em outras receitas, surpreendendo em sabor e até apresentando teor nutritivo superior àquela parte do vegetal que nós, culturalmente, aceitamos ser a consumível.

“Faz parte do nosso trabalho, de acompanhamento do produtor irrigante, em nossos perímetros, oferecer e até criar mercados consumidores para que eles possam escoar suas colheitas. No caso do orgânico, isso é mais necessário ainda, já que se trata de um consumidor especializado, que se predispõe em pagar um preço diferenciado, para obter um produto de qualidade. Será muito importante, promover o encontro entre consumidor e o produtor orgânico em Lagarto. Estamos confiantes de que o resultado será positivo”, avalia o diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto.

Depoimentos de vida
Ninguém melhor para vender um produto, onde a dedicação e esmero estejam tão presentes, do que próprio produtor orgânico. Essa oportunidade deles se expressarem, de mostrar toda a experiência vivenciada na missão de não mais lançar mão à praticidade do agrotóxico, para produzir, vai ser possível no encerramento dos dois primeiros dias de eventos. Logo depois, eles fazem exposição dos alimentos que produzem no Perímetro Irrigado.

Os agricultores vão dar o depoimento do que fazem para garantir esses alimentos naturais, livres de qualquer contaminante para quem consome e para as famílias que produzem.Também, nada menos importante, produzir por vias agroecológicas eliminam os riscos ao ambiente que vivemos: reservas hídricas, solo e a biodiversidade, que temos o dever de preservar às gerações futuras.

Dia Mundial da Alimentação
Celebrado em 16 de outubro, marca a data de fundação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em 1945. Tem por objetivo desenvolver uma reflexão a respeito do quadro atual da alimentação mundial e principalmente sobre a fome no planeta. Na data, a própria entidade realiza diversas atividades artísticas, esportivas e acadêmicas ao redor do mundo.

 

Mérito social da Cohidro é reconhecido durante entrevista de rádio

22 sistemas do ‘Água para Todos’ já operam em municípios sergipanos – Foto Ascom-Cohidro

Nesta quarta-feira, 27, o diretor-presidente da Companhia de desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), José Carlos Felizola foi entrevistado pelo radialista Jota Pereira, durante o Jornal da Fan 2ª Edição, jornalístico que ocupa o horário de almoço da Fan FM de Carmópolis. Com os microfones abertos às ligações de toda região leste-sergipana, alcance da emissora de rádio, toda participação ao vivo foi composta de perguntas feitas pelos ouvintes. Em suma maioria, eram reivindicações por ações da empresa em localidades rurais, mas era também unânime o reconhecimento do perfil de utilidade pública que a estatal tem adotado em sua história recente.

O advogado Felizola, que há 1 ano de 5 meses assumiu a presidência da Cohidro por indicação do próprio governador Jackson Barreto, durante toda a entrevista teve seu nome associado à mudança de foco de trabalho que adotou a Companhia. Principalmente na constante atenção despendida à população das localidades mais carentes e por receber a tudo e todos em seu gabinete, para debater soluções e oferecer o amparo da infraestrutura da empresa de modo a poder atender igualitariamente todo Estado.

“Tomamos conta das barragens públicas, dos perímetros irrigados que são seis, espalhados em todo Estado. Geramos mais de 10 mil empregos diretos e incontáveis indiretos, por conta de desses perímetros. Essas barragens que nós atuamos muito, por conta da seca no Estado. Enfim, a Cohidro gerência toda parte de recursos hídricos do Estado, principalmente na perfuração de poços, às vezes você tem uma comunidade que não tem acesso às redes de abastecimento da Deso e a Cohidro vai e perfura um poço, leva ou tenta levar água. Porque nem todos os locais a gente consegue encontrar água de qualidade, têm regiões com água salobra, outras que não encontra vazão suficiente para abastecer a comunidade. E a Cohidro tem hoje muitos serviços prestados ao longo dos seus 35 anos”, disse Felizola ao apresentar a empresa aos ouvintes.

Siririzinho
O ouvinte de Douglas Andrade, do município de Siriri, questionou, via telefone, a possibilidade da Companhia realizar uma nova tentativa de perfuração de um poço no Povoado Siririzinho, já que o primeiro teve pouca vazão. Mesmo assim, destacou positivamente o sistema de abastecimento do programa ‘Água para Todos’ sendo instalado no Povoado Siribas, também naquele município, que ainda não está operando, mas já é considerado com uma conquista para a população. “Primeiro, eu gostaria de agradecer a Cohidro e a Felizola, pela ajuda que foi dada na perfuração do poço lá do povoado de Sabinópolis, uma comunidade que vinha sofrendo a muitos anos e com a ajuda da Cohidro nós conseguimos solucionar o problema daquela comunidade. E também agradecer a perfuração do poço no Povoado Siribas, que estava sem água a mais de dois anos e aí a Cohidro nos ajudou nesse sentido”, frisou.

Sobre o Siririzinho, José Carlos Felizola garantiu que uma solução vai ser buscada, para atender a comunidade. “O Siririzinho não envolve somente Siriri, pois envolve também Rosário (do Catete), uma das demandas do prefeito Zé Rosa e também do prefeito Vino Barreto, já que o povoado fica no limite de um município para o outro. Nós tentamos resolver, nós perfuramos um poço artesiano, agora a região não é boa, todos os poços que nós tentamos lá estão dando uma vazão muito baixa. Existe um estudo de nossa equipe de geólogos em uma região próxima ao Siririzinho, que há perspectiva de uma boa vazão, para nós captarmos essa água. Mas como o povoado não tem acesso à água, mas já tem a rede da Deso, então para não haver um conflito, o ideal é haver um entendimento, porque se a Deso conseguir botar a água para lá, a Cohidro não entraria”, disse o presidente, ressaltando que a Cohidro atua para fornecer água aonde não existem redes convencionais de abastecimento de água.

Camará
Vereador de Muribeca, Fabiano do Camará juntou-se ao coro do radialista Jota Pereira, que tinha como questionamento principal ao presidente, o andamento da pendente instalação da unidade do ‘Água para Todos’ no povoado Camará. Nessa localidade, segundo Felizola, a única pendência que impede o início do abastecimento de água é a ligação do sistema à rede elétrica, pendente por parte da empresa concessionária que vem sendo insistentemente cobrada, pela Cohidro e pela prefeitura.

“Minha participação é mais uma forma de agradecimento a este jovem, diante desta pasta tão honrada que é a Cohidro, na qual ele vem resgatando esse nome da Cohidro aqui neste Estado. E nesse governo Jackson Barreto, a gente realmente está vendo que é uma questão maior a Cohidro, em prol do povo sergipano, no sentido da água. Fomos, realmente, contemplados com um poço artesiano aqui pela Cohidro, que é algo que caiu do céu, na hora certa, no momento certo, que vai abastecer 50% do povoado Camará, que realmente não tem acesso à água”, externou o vereador Fabiano, enaltecendo a atuação do presidente Felizola na resolução da demanda de sua comunidade.

Pacatuba
José Carlos Felizola, motivado pelas reivindicações dos ouvintes via às redes sociais da emissora, adiantou que no município de Pacatuba será contemplado por cinco sistemas de abastecimento do ‘Água para Todos’ na segunda fase, que inicia após a conclusão da atual, onde 37 comunidades rural estão sendo beneficiadas com sistemas de abastecimento de água via convênio com o Ministério da Integração Nacional, autor do programa. Inclusive, ele disse que tem participado de reuniões, agendadas pelo secretário de Estado da Agricultura Esmeraldo Leal, visando novos sistemas de abastecimento de água em assentamentos de reforma agrária no município, demanda abraçada e que tem a participação ativa do vice-governador Belivaldo Chagas.

Secretário de Agricultura
Falando em Esmeraldo Leal, foi surpresa a participação, por telefone, do secretário de Agricultura na entrevista à Rádio Fan com o presidente da Cohidro, empresa pública subsidiária da sua pasta estadual. “Dr. Felizola nos ajudou num processo extremamente difícil, de organização interna, inclusive da própria casa, que precisava de algumas mudanças. Ele foi muito ativo, tem uma relação muito boa com os funcionários e nos ajudou a enfrentar uma das piores secas da história. A Cohidro acabou sendo determinante nesse período, soube dialogar com os perímetros irrigados, com as prefeituras, principalmente no Alto Sertão Sergipano, para chegar com força e colaborar no momento difícil de seca. Então, por este empenho dele, estava mais do que na hora de eu fazer esse elogio público, de dizer do orgulho que nós temos de tê-lo na equipe. É geral no governo, todo mundo faz esse mesmo elogio a esse jovem dinâmico, ativo e que chegou na hora certa, para ajudar muito o Estado de Sergipe e inclusive, para ter mais vida, em uma empresa que é muito estratégica”, destacou.

“Nesses momentos de crise é que a gente descobre as grandes revelações e o secretário Esmeraldo é uma delas. Eu digo sempre que além da qualidade ele ser um homem direito, um home sério, ele tem uma coisa que o povo dá muito valor: respeito com a população, ele respeita o povo”, considerou Felizola, que arriscou emplacar a estatística de que o secretário de Agricultura é o que mais visita comunidades no Estado de Sergipe. Sobre o aspecto da consideração com o social, o presidente da Cohidro delimita, ainda na entrevista, seu conceito de relacionamento com o cidadão. “O povo tem todo direito de reclamar e também de cobrar, nós que estamos no outo lado, ou seja, comandando um órgão público ou cumprindo algum mandato, temos a obrigação de ouvir e procurar resolver”, conclui.

 

Presidente Felizola no Sala Parlamentar da TV Alese

O diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho deu entrevista ao programa ‘Sala Parlamentar’, da TV Alese, onde expôs parte se sua atividade, como gestor, frente a Empresa, desafios, conquistas, projetos em andamento e os futuros.

Presidente da Cohidro fala da emoção em levar água para comunidades carentes

José Carlos Felizola no Programa Sala Parlamentar

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), o advogado José Carlos Felizola Filho ressaltou na manhã desta segunda-feira, 31, durante gravação do Programa Sala Parlamentar, na TV Alese, a importância de ações voltadas para amenizar os efeitos da seca, a exemplo do Programa Água para Todos.

“Quando cheguei na Cohidro, a empresa estava em processo de extinção. Foi um desafio muito grande e hoje graças a Deus colocamos a empresa num cenário de relevância político-institucional do nosso Estado. Essa seca que nós atravessamos mostrou o papel importante que a Cohidro tem”, afirma destacando que deu continuidade ao trabalho do antecessor, o ex-deputado estadual, Mardoqueu Boldano, implementando os programas que estavam em andamento, mas que já está colocando a sua marca e dando a sua contribuição.

Entre os programas desenvolvidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação, Carlos Felizola falou sobre a importância do Água para Todos.

“Esse programa é fantástico. A gente acha a água um coisa tão simples, mas tem muita gente carregando em carroças, em potes na cabeça. Nós chegamos em comunidades rurais que não são abastecidas por água, cavamos o poço, armazenamos a água e distribuímos para as casas. Com dois meses de gestão nós inauguramos o primeiro poço em um assentamento de Sem-Terra no município de Japaratuba. O que nos deixa emocionados é que não levamos apenas água para essas comunidades carentes, levamos saúde e sobretudo dignidade”, afirma.

E acrescenta: “É uma coisa muito simples e quando a gente faz isso, a gente colhe, como dizia o saudoso Marcelo Deda, sorrisos e isso é a essência daqueles que procuram fazer o Poder Público”.

Água para Todos
O programa Água para Todos é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MIN) e faz parte do Plano Brasil Sem Miséria. O objetivo é levar água para 750 mil famílias, principalmente do semiárido brasileiro, universalizando o acesso de água a populações carentes residentes em comunidades rurais, e para consumo animal.

No Estado de Sergipe, serão investidos R$ 14,4 milhões em 25 municípios, na perfuração e instalação de 107 sistemas de distribuição e abastecimento de água potável. Para a segunda fase de execução, já estão previstas a perfuração e instalação de outros 67 sistemas de abastecimento.

Outros programas
Na entrevista, José Carlos Felizola Filho falou ainda sobre os programas: perímetros irrigados, contribuindo para a produção de 49,6 mil toneladas de alimentos; perfuração de poços tubulares; aquisição de alimentos; programa de recuperação de barragens; cisternas e Programa Produtor de Água, entre outros.

Cohidro completa sistemas de abastecimento em Salgado e mais 7 municípios

Sistema do Chã do Cabral conta com reservatório que atenda a população de 47 famílias – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

O ‘Água para Todos’, implantando pelo Ministério da Integração Nacional em convênio com os governos dos estados, em Sergipe é executado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Do final do ano passado para cá, foram concluídos 21 sistemas simplificados de abastecimento de água pelo Programa, atendendo 3.668 pessoas em oito municípios sergipanos. Em Salgado, 54 km de Aracaju, há duas unidades em funcionamento nos povoados Chã do Cabral e Quebradas III, onde 70 famílias receberam o benefício.

Felizola na entrega do Caraíbas – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, agora estão sendo finalizados outros 10 poços para entrega às comunidades. “Falta pouco para concluirmos a primeira etapa do programa e serem concluídos os 40 poços encomendados pelo Programa. Tão logo cheguemos nessa conquista, vamos para a segunda etapa, onde está planejado a perfuração de poços e instalação de sistemas de bombeamento, tubulações, armazenamento e abastecimento para outras 67 unidades, completando 107 ao total”, informou.

No Chã do Cabral, que fica em área de planície anexa ao Povoado Cabral e ao sul da sede municipal de Salgado, o sistema é composto de um poço perfurado em um nível mais baixo e distante cerca de 2km de onde foi construído o reservatório, instalado ao centro do vilarejo. A água é bombeada todo dia, até subir à parte alta e completar a caixa d´água. Edmilton Alves dos Santos, morador em frente do ponto de distribuição, aproveitou e fez uma canalização, da água que sai para o chafariz, até sua casa. “Foi uma graça de Deus que teve essa (obra) daí. Ao menos, temos essa fonte de água agora. Antes a gente andava quilômetros para chegar em riachos da região. Quem tinha carro ou carroça, ia melhor, mas quem ia a pé, carregava a água no lombo”, recorda.

São 2.237 litros de água por hora a vazão disponível no poço de 130 metros do Chã, e que atende 103 pessoas cadastradas durante o levantamento socioeconômico que elegeu a comunidade como carente de um sistema de abastecimento. Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, explica que o programa federal atende às duas principais demandas para o fornecimento nessas comunidades rurais, mas ele completa dizendo que está sendo possível incrementar alguns projetos, aumentando o grau de acessibilidade ao benefício ofertado pelo Governo do Estado, via ‘Água para Todos’.

“Os recursos e projetos são para a perfuração de um poço que atenda tanto a vazão, proporcional à demanda consumida por aquele número de habitantes, e a potabilidade da água. Obra que é complementada pela instalação de um ou mais reservatórios (dependendo também do número de habitantes) e dos pontos de abastecimento, incluindo as tubulações interligando essas duas benfeitorias. Mas há casos de comunidades onde já existiam sistemas de distribuição de água inoperantes; ou então moradores e prefeituras espontaneamente dispostos a investir nesse benefício há mais. Nesses casos, sempre nos propomos a adequar nosso sistema à necessidade destas melhorias”, expôs Paulo Sobral.

No Quebradas III, ao leste da sede municipal e próximo à rodovia SE-270, o novo poço de 130 metros e reservatório do ‘Água para Todos’ foi integrado, pela Cohidro, a uma rede de distribuição de água já instalada nas casas. Com isso, todo sistema ficou com uma vazão de 2.631 litros por hora, equivalente à demanda para atender as 165 pessoas lá cadastradas como moradoras.

Outros municípios
Em Itaporanga D’Ajuda já operam, fornecendo água para a população, os sistemas ‘Águas para Todos’ entregues pelo governador Jackson Barreto em dezembro de 2016, nos povoados Colônia do Sapé e Minante, com rede de distribuição nas casas e no Assentamento Dorcelina Folador, com dois chafarizes. Mais recentemente ficou pronto o sistema que atende, com um chafariz, o povoado Rio Fundo-Riachinho.

Também no final de 2016, em Japaratuba o governador entregou os sistemas dos povoados Curral dos Bois, Encruzilhada, com rede de distribuição e Araticum com seis chafarizes. Mas em setembro, o diretor-presidente Felizola já tinha entregado o sistema do Assentamento Caraíbas, o primeiro do programa e que atende quase 500 pessoas com rede de distribuição de água nas casas, inclusive para irrigação de pequenas hortas.

Redes de distribuição interligadas aos sistemas do ‘Água para Todos’ agora instalados, levam água às casas dos povoados Bom Viver, Cambuí, Mangabeiras, Bonfim e no Assentamento Cleonice Alves, em Santa Luzia do Itanhy. No município de São Francisco, Povoado Rocinha, além do encanamento residencial, há um ponto de abastecimento à carros-pipa no reservatório instalado pela Cohidro.

Chafarizes, dos sistemas instalados pela Cohidro, estão fornecendo água para os assentados dos projetos 27 de Outubro, 5 de Janeiro e no Povoado Sítios Novos, em Indiaroba. O mesmo no Povoado Currais, em Japoatã; no Camboatá, em São Cristóvão e em Flor do Mucuri, município de Divina Pastora.

Estudantes agroecólogos visitam perímetro irrigado estadual em Lagarto

Estudantes foram ao Perímetro Piaui constatar características socioeconômicas dos agricultores orgânicos – foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Estudantes do curso superior tecnológico em Agroecologia, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS), estiveram quinta-feira, 20, no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. No polo de irrigação pública do Governo do Estado os acadêmicos pretendiam avaliar a situação socioeconômica dos agricultores irrigantes que passaram a plantar sem usar agrotóxicos. Tal conversão começou há cerca de 20 anos, por incentivo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que opera e administra o sistema.

 

A Professora e Doutora em Geografia, Carmem Lúcia Santos, ministra a disciplina de Sociologia Rural no curso de Agroecologia e por isso considerou importante seus alunos questionarem o que muda na vida do agricultor quando ele passa a cultivar alimentos orgânicos. “Nosso objetivo da visita é conhecer a realidade do Perímetro Irrigado Piauí, vivenciar os conhecimentos técnicos e científicos e confrontar com a realidade dos habitantes da localidade. É uma conciliação da aula teoria com a prática, através da observação dos sistemas produtivos, do diálogo, da conversa com os produtores. Se essas observações, esses sistemas produtivos, atendem as necessidades das comunidades rurais”, explicou.

 

A visita começou no escritório da Cohidro em Lagarto, há 69km de Aracaju. Conduzidos e orientados pelo técnico agrícola e o gerente do Perímetro Piauí, Marcos Emílio Almeida e Gildo Almeida Lima, respectivamente, os alunos conheceram a Estação de Bombeamento 02, que envia água para os lotes irrigados, a Farmácia Viva de Fitoterápicos e a Estação Meteorológica, todos anexos à sede do polo irrigado. De lá, foram conhecer a produção de Edmilson dos Santos, agricultor orgânico há quase 20 anos e integrante de OCS (Organização de Controle Social), grupo de produtores registrados no Ministério da Agricultura e autorizados à venda, direta ao consumidor, destes alimentos.

 

O estudante de Agroecologia do IFS, Ronaldo José dos Santos notou que mesmo tendo produtores do perímetro estabilizados na produção orgânica, não é a opção da maioria. “Embora a gente perceba que a porcentagem, levando em consideração ao número de famílias que produzem aqui no Perímetro, seja muito pequena. A gente acha importante, que se comece a produzir orgânicos para incentivar a produção local. A gente conversou agora com o produtor Edmilson, que embora teve perda nessa transição, ele não se arrepende e isso é importante no ponto de vista consciencial para a produção de orgânicos”, avaliou.

 

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola reconhece que não seja fácil abandonar a comodidade do plantio convencional, onde a indústria química oferece solução para todo e qualquer problema que venha ocorrer na lavoura. Mas os técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos da Companhia, há tempos incentivam à conversão. “Eles ganham em qualidade de vida, tem mais saúde em parar de lidar e conviver com a aplicação de agrotóxicos. Isso para quem geralmente mora junto da lavoura, é fundamental. Ganha também o meio ambiente, solos e águas sem riscos contaminação. Do ponto de vista econômico, no mínimo o produto orgânico pode ser vendido 40% mais caro e isso é melhora da renda do agricultor”, considera.

 

Hidroponia

Outro tipo de mudança no método de cultivo, a exemplo do orgânico, é a hidroponia, que consiste na agricultura sem o uso de terra para plantar. Em uma estufa, o agricultor do Perímetro e também acadêmico em Agroecologia, Denisson Rosendo, produz cinco variedades alface: Crespa, Lisa, Roxa, Cacheadinha e Americana. A plantas são fixadas em canaletas, onde suas raízes ficam totalmente submersas em solução de água e nutrientes. Esse líquido circula todo um circuito fechado que nutri cada pé, até retornar ao reservatório e ser reaproveitado. Nessa estrutura, de oito metros por 10, ele colhe 950 pés de alface a cada 45 dias.

 

A estudante Larissa Michaelle, fez um comparativo das duas formas de conversão de método agrícola. Para ela, ambos os métodos tem pontos positivos para a realidade do agricultor. “Eu estou achando muito rica a experiência de estar aqui, de poder comparar, de poder vivenciar e o que mais me chamou atenção foi justamente esse cultivo (hidropônico) aqui. Porque a gente vê assim, é muito mais limpo, ele não tem lagarta, não tem a sujeira em si do solo, que já pode trazer alguns patógenos. Apesar de algumas pessoas ainda condenarem, é muito rico. Apesar de ele (Tal) estar usando também a parte agroecológica, a parte orgânica. Achei interessante ele tirar a semente da própria alface pra replantar, achei isso fantástico. Mas se fosse para escolher, optaria pra trabalhar com a da água”, concluiu.

 

Para o diretor de Irrigação da Cohidro, o Engenheiro Agrônomo João Quintiliano da Fonseca Neto, a hidroponia é um procedimento de vanguarda, que elimina o uso em excesso de agroquímicos. “A água que, no processo convencional, se perde infiltrada no solo ou evaporada pela exposição ao sol, nesse sistema é aproveitada inúmeras vezes, até ser consumida pela planta, o que corresponde a um aproveitamento quase que de 100%. Longe do solo, muitos patógenos – principalmente os fúngicos – não vão infectar e adoecer a planta e com isso evita-se o uso de agrotóxicos”, considerou.

 

Última atualização: 2 de dezembro de 2017 14:46.