[vídeo] Governo disponibilizou análise de solo para agricultores de perímetro de Lagarto via Emdagro e ITPS

Assista o vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code

No último dia 14, o programa Sergipe Rural, da Aperipê TV , trouxe a informação de que 100 analises de solo foram disponibilizadas aos irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, com o objetivo de auxiliar o cultivo agrícola, determinando os melhores plantios a serem adotados nos lotes da Agricultura Familiar atendidos pela Cohidro com água de irrigação e assistência técnica. Até dezembro o Governo de Sergipe fará 3.786 análises de solo no estado, via parceria entre a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e o Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), mantido pela  Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS).

A reportagem de Patrícia Dantas, com imagens de Jorge Henrique, foi até Lagarto mostrar que toda equipe da Cohidro que atua no perímetro Piauí, antes de recolher às amostras de solo para enviar para o ITPS fazer as análises, se mobilizou para orientar os agricultores sobre os métodos de coleta. Inclusive eles produziram vídeos educativos para distribuir nos aplicativos de troca de mensagens, explicando como era o procedimento. Isso sem deixar de fazer um auxílio presencial aos irrigantes alheios à essas tecnologias.

[vídeo] Cohidro ensina coleta de amostra para análise de solo

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A Cohidro orientou os agricultores irrigantes atendidos em Lagarto sobre os métodos de coleta de solo, através destes vídeos educativos ou auxílio presencial, além de receber as amostras de solo. 100 amostras estão sendo coletadas no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela companhia estadual, com o objetivo de auxiliar o cultivo, determinando os melhores plantios para a área analisada.

As práticas do vídeo foram feitas pelo técnico em agropecuária da Cohidro José Américo, que deu toda orientação técnica para que o funcionário da Cohidro Heber Santos filmasse e narrasse o vídeo. Esse material audiovisual foi produzido para orientar os agricultores a fazerem a coleta de amostras por conta própria, para depois entregar à Cohidro o material e ser feita a análise de solo.

Até dezembro, o Governo de Sergipe fará 3.786 análises no estado via convênio entre Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). Destas, 1/4 será coletada na região do Semiárido e 3/4 na Região Citrícola, onde se inclui o Perímetro Irrigado Piauí.

A análise de solo, feita antes de um novo plantio, oferecerá mais segurança e economia para plantar. Aos agricultores que não sabem fazer a coleta de amostra de solo ou não têm acesso à Internet para assistir aos vídeos explicativos, produzidos e distribuídos via aplicativo de mensagem, os técnicos da Cohidro irão até os irrigantes.

Governo do Estado disponibilizará análise de solo para agricultores de perímetro irrigado em Lagarto

100 amostras serão coletadas no Perímetro Irrigado Piauí com o objetivo de auxiliar o cultivo, determinando os melhores plantios para a área analisada. Até dezembro, o Governo fará 3.786 análises no estado

 

[Foto: Fernando Augusto]
Agricultores familiares que recebem irrigação pública no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, receberão 100 análises de solo realizadas pelo Governo de Sergipe. Administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o Perímetro Piauí se destaca pela produção de milho, mandioca, maracujá, batata-doce, entre outras culturas. Para esta ação, a Cohidro orienta os agricultores sobre os métodos de coleta, através de vídeos educativos ou auxílio presencial, além de receber as amostras de solo.

As análises serão feitas a partir de convênio entre a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), também vinculada à Seagri, e o Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). O objetivo é auxiliar o cultivo dos agricultores, determinando os melhores plantios para a área analisada e o tipo certo de adubação de correção, a partir dos resultados laboratoriais que indicarão a composição e a presença, ou não, de nutrientes naquele solo. Até dezembro, o Governo do Estado fará 3.786 análises. Destas, 1/4 será coletada na região do Semiárido e 3/4 na Região Citrícola, onde se inclui o Perímetro Irrigado Piauí.

A análise de solo, feita antes de um novo plantio, oferecerá mais segurança e economia para plantar, acredita o irrigante Valmir Barbosa, do Perímetro Piauí. “Geralmente, acontece da gente plantar algumas culturas e termos perdas. Ficamos na dúvida se é o solo, praga, ou a [qualidade da] muda. Com a análise, a gente vai trabalhar com mais segurança, sabendo realmente o que está plantando e uma previsão da produtividade que podemos alcançar. Vamos até economizar, porque aplicaremos a adubação certa. Com certeza, vai economizar muito no bolso”, confia o produtor, que fez a análise numa área com mandioca, onde pretende replantar a raiz ou trocar por milho ou amendoim.

Técnico em Agropecuária da Cohidro, José Américo explica como é feita a coleta da amostra de solo. “Primeiro, escolhe um balde e uma ‘enxadeca’. Depois, tem que limpar uma área e faz uma cova em formato de V, com cerca de um palmo (22cm) de profundidade, para assim retirar a amostra de uma das paredes da cova, tirando uma fatia de terra de cima a baixo. O local só não pode ter formigueiro, ter recebido esterco ou ser ao redor de casa, pois mascara a amostra”. O técnico orienta ainda que a quantidade de amostras dependerá do tamanho da área, tendo como referência de 10 à 15 coletas por hectare. “Depois, mistura todas as coletas e limpa [tirando pedras, raízes, galhos e folhas], deixando apenas a terra. Finalmente, desta terra, escolhe cerca de 500g e entrega para a Cohidro, em uma sacola limpa e bem amarrada”, complementa José Américo. Após o recebimento, a Cohidro enviará as amostras para a Emdagro.

Aos agricultores que não sabem fazer a coleta de amostra de solo ou não têm acesso à Internet para assistir aos vídeos explicativos, produzidos e distribuídos via aplicativo de mensagem, os técnicos da Cohidro irão até os irrigantes. “Além de prestar orientações, a Cohidro acompanhará e fará todas as correções junto aos agricultores, após a análise dos resultados finais, que indicarão os nutrientes necessários para a terra ter melhor produtividade. Eles vão fazer a plantação de acordo com o que estiver necessitando. Foi um benefício bem-vindo, porque é gratuito e será de grande valia para a produção do perímetro”, destaca o gerente do perímetro irrigado Gildo Almeida.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, destaca a importância do Perímetro para o setor produtivo e ressalta que a ação é resultado do trabalho conjunto entre a Seagri e suas empresas vinculadas (Cohidro e Emdagro). “Esta é uma ação prioritária do Governo de Sergipe e é um exemplo de que, cada vez mais, estamos alinhados no diálogo entre Seagri e suas vinculadas. A análise de solo vai potencializar ainda mais a produção no Perímetro Piauí, em Lagarto, um dos quatro sistemas públicos de irrigação, que se destaca pela produção de milho verde, que atende mercados sergipanos e baianos, e também é exemplo de diversificação de culturas como mandioca, maracujá, batata-doce, entre outras culturas da agricultura familiar”, argumenta André.

Governo cria bancos de sementes em perímetro irrigado para multiplicar palma forrageira no Alto Sertão

Produtores beneficiados devolvem primeiras raquetes colhidas, para que mais produtores utilizem como semente

[foto: Fernando Augusto]
Própria do clima Semiárido, a palma forrageira é, por natureza, uma espécie que sobrevive a longos períodos de seca e chuva escassa. Ao mesmo tempo que serve de alimento para o gado, ela contribui, principalmente na região Nordeste, com a produção de leite e carne. Para auxiliar os pequenos criadores na alimentação dos seus rebanhos, o Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), contribuiu para a criação de mais dois bancos de sementes da palma forrageira do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, Alto Sertão Sergipano. Mesmo resistente à escassez de água, é na irrigação que a palma cresce acelerada, chegando precocemente ao ponto de corte das novas sementes.

Através do projeto, mais de três mil famílias estão sendo beneficiadas com a entrega de sementes da palma forrageira, da variedade Orelha de Elefante Gigante, e mudas de gliricídia. Entre eles, há cinco pequenos criadores de gado de leite irrigantes do Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, que assim como o Califórnia, é administrado pela Cohidro. O Projeto Sergipe de Combate à Desertificação é fruto da parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A execução fica por conta da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), tendo na ponta a expertise técnica das suas subsidiárias, Cohidro e Emdagro [Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe].

Nos dois perímetros irrigados, além das sementes, as famílias também receberam os insumos necessários para iniciar a produção, como kits de irrigação. A irrigação ajuda no crescimento vegetativo acelerado da palma e geram, em menor tempo, as ‘raquetes’ de palma, que já podem ser picadas e oferecidas como alimento às criações, mas também servem de semente para gerar uma nova planta. O irrigante do Califórnia, Antônio da Silva, beneficiário do projeto com o campo de palmas, aponta que há uma perspectiva de colheita já para os próximos meses. “O governo forneceu adubo, já plantamos e, por enquanto, estamos aguando com o sistema da irrigação de aspersor, mas a Cohidro forneceu o sistema de bico, só falta a gente instalar. A perspectiva é a gente colher, e depois entregar os primeiros cortes. Colher tudo certinho”, confia seu Antônio.

Nesses campos, que são bancos de sementes, após as plantas atingirem o tamanho de colheita, cada produtor irá repassar parte da produção para outros criadores, multiplicando o alcance do projeto e a disseminação mais rápida da variedade para os outros produtores. A gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, conta que houve uma parceria entre a empresa e os produtores. “Firmamos com eles o compromisso de que, nos dois primeiros cortes, serão entregues 80% da produção ao Governo do Estado e, a partir do terceiro corte, a produção será 100% dos produtores. Por ser uma produção rápida, a palma irrigada já pode ter o primeiro corte com apenas seis meses”, explica a gerente.

[vídeo] Cohidro participa de Webinário sobre Programa Águas de Sergipe

[reprodução]
O Webinário sobre o Programa Águas de Sergipe – Um Case de Sucesso ocorreu na última quarta-feira (20), reunindo os coordenadores do PAS em cada uma das instituições atuantes na execução: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (SEDURBS), através da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (SERHMA), gestora do programa; Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e companhias de Saneamento (Deso) e de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro). Os objetivos do programa foram o fortalecimento do marco institucional e de políticas para a gestão integrada dos recursos hídricos e meio ambiente no estado de Sergipe e a implementação de ações que contribuíssem para a revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe – BHRS, sob uma perspectiva integrada.

Novo sistema de irrigação fará economia de 60% da água e 50% da energia elétrica utilizada nos dois perímetros irrigados da Cohidro [foto: Ascom/Cohidro]
A Cohidro, vinculada ao Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), foi representada no Webinário pelo seu diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola (Dirir) João Fonseca, que apresentou painel expositivo das ações executadas pela empresa através do programa, nos quatro eixos: ‘Ações de Segurança e Recuperação de Barragens’, ‘Modernização dos Perímetros Públicos de irrigação’, ‘Ações de Conservação do Solo’, “Fortalecimento Estrutural da Cohidro’.

João Fonseca [reprodução]
“As ações de Segurança de Barragem, são ações que o Banco Mundial sempre reputou e nós também reputamos como de extrema importância para o programa. Iniciaram logo após a construção de um painel de inspeção e segurança de barragens composto por quatro especialistas, na área de Hidrologia, Hidráulica, Maciça de Concreto e Geotecnia. Esses especialistas contratados fizeram uma vistoria nas barragens, incluindo a barragem da Deso, onde fizeram um levantamento e apontaram, quais ações seriam de médio, curto e longo prazo a serem executas”, afirmou o diretor João Fonseca.

O Webinário é parte das atividades de balanço do PAS em Sergipe, foram concluídas mais de 50 ações nos três componentes com investimentos feitos, e pagos acima de R$ 213 milhões. Da parte da Cohidro, segundo João Fonseca, uma delas está em sua fase conclusiva de execução. “Apesar de todas as ações serem importantes, eu diria que a mais importante é o Plano de Segurança das Barragens. Essa ação está sendo executada por uma empresa contratada já em campo, com a previsão de finalizar até o final do ano. Tanto das nossas três barragens [perímetros irrigados da Ribeira, Jacarecica I e II], como também da Jaime Umbelino, da Deso”, concluiu.

 

O Webinário completo pode ser assistido em: https://youtu.be/J62sqbaeKow

Projeto de Combate à desertificação distribuirá mudas de gliricídia e palma forrageira para pequenos pecuaristas

Seagri, Emdagro, Cohidro, MMA e PNUD incentivam plantações consorciadas em benefício de mais de 3 mil famílias

[Foto: arquivo pessoal]
Agricultores irrigantes de Tobias Barreto estão entre as mais de 3 mil famílias que serão beneficiadas com sementes da palma forrageira Orelha de Elefante e mudas de gliricídia, para criar campos de produção consorciada. As espécies servem de ração para o gado leiteiro, vocação produtiva da região. Em agosto, no Perímetro Irrigado Jabiberi, foi dado mais um passo do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação, fruto da parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A execução fica por conta da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), tendo na ponta a expertise técnica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que gerencia o Perímetro.

O projeto tem por objetivo introduzir políticas públicas de manejo sustentável da terra aplicando tecnologias socioambientais, para elevar a produção rural nas áreas susceptíveis à seca (ASS) ou à desertificação (ASD). Em outras áreas do Semiárido Sergipano, ainda serão implantados projetos de ‘bioágua’ (reuso da água) para quintais produtivos; de enriquecimento (agroflorestal) da Caatinga; de captação de água em cisterna ‘calçadão’ para pequenas Irrigações; de criação bancos de sementes crioulas; emprego de práticas de conservação de solo e a contratação de consultoria técnica. Na última semana, uma webcapacitação foi realizada pela Seagri, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa (Embrapa Semiárido), tendo como tema central a produção, o manejo e a utilização de gliricídia para alimentação animal. O curso foi ministrado pelo médico Veterinário e doutor em zootecnia da Embrapa, Rafael Dantas.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, reforçou a relevância da iniciativa conjunta, que busca também fortalecer os projetos de assentamento de reforma agrária no estado. “Serão entregues mais de 140 mil mudas de gliricídia, a partir do dia 31 de agosto. Só com a gliricídia serão beneficiadas 350 famílias neste primeiro ano. Até o final do projeto, essa parceria com MMA, PNUD e demais entes deverá beneficiar mais de 3 mil famílias. Em diálogo com os parceiros, entendemos a importância da gliricídia, tanto no combate à desertificação quanto para a sustentação da bacia leiteira sergipana. Estamos falando de uma planta que é fixadora de nitrogênio, tem um teor de proteína considerável e é uma leguminosa que reduz o custo de produção para a cadeia leiteira”, pontua André Bomfim.

No Jabiberi, para ter acesso à palma, os pequenos produtores irrigantes do Perímetro se comprometeram a doar o saldo da primeira colheita de ‘raquetes’ para beneficiar mais pessoas. Dessa forma, os bancos de espécies forrageiras se multiplicarão e atenderão, também, outros produtores. Irrigante do Jabiberi, Uilde de Jesus já teve êxito no plantio de palma forrageira e de capim elefante irrigados, para alimentar 10 vacas e 50 cabeças de ovinos. Agora, prepara o solo em um hectare do seu lote para abrigar a plantação a ser replicada com os criadores vizinhos. “Sou presidente da associação dos produtores aqui e a minha ideia é que todo mundo tenha um pedaço do lote com a palma e a gliricídia plantados, para na época da seca, a gente ter para dar para os animais. Com a gliricídia, a palma e o capim elefante, poderemos substituir o uso do farelo soja e um pouco do milho. Já fiz um teste e foi excelente. Reduz ao máximo a compra desses itens, que representam mais de 50% do custo do leite da gente. A gliricídia substitui a soja, a palma substitui o milho e o volumoso é feito com o capim elefante. Aí é só jogar na cocheira”, detalha.

Pedro Vidal, por sua vez, tem experiência no uso da gliricídia na alimentação de suas 18 vacas de leite. “Hoje, eu trabalho com ela com o capim de ração, meio a meio. E, para mim, é muito importante, porque o teor de proteína dela é muito alto e as vacas aumentam a produção de leite. Os animais têm muito boa aceitação à gliricídia”, argumenta. Domingos Souza tem um rebanho de 48 animais criados também no Jabiberi e vê na colaboração, proposta no projeto da Seagri, uma forma dos pequenos pecuaristas crescerem juntos. “Quero ter mais alimentos para o gado, minha área aqui é pequena. Vejo como uma forma de crescer nosso rebanho ajudando uns aos outros”. Ambos os produtores beneficiários do projeto, tocam seus próprios lotes há cerca de 10 anos, depois de trabalharem para outros criadores.

Irrigação
As espécies forrageiras implantadas no projeto têm o crescimento vegetativo acelerado ao receber a irrigação, e possuem resistência à seca. Características adequadas à realidade do Jabiberi que, depois de passar a compartilhar seu reservatório com o abastecimento humano na área urbana, precisou suspender o fornecimento de água aos lotes em anos de maior escassez de chuva. Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro, considera o convênio um avanço. “Como a oferta de água diminuiu, o criador não pode depender só da água para ter o alimento dos rebanhos. Fizemos mudanças para ter irrigação [se não for em todo] por um período maior do ano. Reduzimos o tempo diário de fornecimento de água para cinco horas e construímos, com esses 74 irrigantes, novos reservatórios de 100 mil litros, adaptados ao novo regime de distribuição de água”, explicou.

Agricultura familiar continua como alternativa viável de atividade econômica durante a pandemia

Estimativa de safra é positiva para 2020, e poder público e agricultores unem esforços para encontrar alternativas de escoamento

O casal de agricultores de Itabaiana – Lindinalva da Silva e Odair José dos Santos [Foto: Fernando Augusto]
Neste fim de semana, se celebra o Dia Internacional da Agricultura Familiar (25 de Julho), atividade econômica que continua forte em Sergipe e em plena expansão, segundo avaliação da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (SEAGRI). De acordo com o censo do IBGE 2017, cerca de 77% dos 93 mil estabelecimentos rurais em Sergipe são compostos por agricultores familiares. Aqui no estado, como em todo o Brasil, a atividade é a principal responsável pela produção dos alimentos disponibilizados para consumo da população. A produção de arroz no Baixo São Francisco, a laranja produzida no Sul Sergipano, a pecuária leiteira do Alto Sertão, a ovinocaprinocultura no Agreste e Sertão, e a produção de mandioca na região Centro-Sul são bons exemplos de atividades agropecuárias significativas para a economia do estado, com participação importante do agricultor familiar. Regulamentada pela Lei 11.326, de 24 de julho de 2006, a atividade é constituída de pequenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária, aquicultores, extrativistas e pescadores,

As estatísticas de safra 2020 para Sergipe apresentadas no último Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, publicado em junho pelo IBGE, mostram crescimento em várias culturas – em grande parte, de produção familiar. O milho, por exemplo, tem previsão de safra de 740 mil toneladas – alta de 13,9% em relação a 2019, ficando como 4º maior produtor do nordeste. O feijão tem produção estimada em 4.329 toneladas – alta de 33,9% em relação a 2019. Entre os grãos, apenas a safra de arroz apresentou queda de -5,3% em relação a 2019, mas com previsão de 32.619 toneladas, o que mantem o estado como 3º produtor do Nordeste. A safra da laranja, por sua vez, tem estimativa de 364.000 toneladas este ano, mantendo Sergipe como 5º produtor nacional e 2º do Nordeste.

Durante a pandemia, o gargalo, segundo os produtores, tem sido o escoamento da grande produção que vem contrastando com a redução da procura pelos produtos, em razão do isolamento social para enfrentamento à pandemia de Covid-19. Mesmo assim, iniciativas têm sido tomadas para incrementar as vendas. Entre elas, investimentos da Fundação Banco do Brasil que viabilizaram, por meio da Associação Camponesa de Sergipe (Accese), a compra e distribuição de 2.200 cestas de alimentos da agricultura familiar. Outra ação importante é o início da entrega dos alimentos produzidos nos perímetros púbicos ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab. Segundo a Cohidro, o Califórnia e outros dois projetos similares estão autorizados a iniciar entregas e outros dois estão em processo de ranqueamento para participação. As cinco propostas, se aceitas, poderão injetar em torno de R$ 600 mil nos perímetros irrigados do estado e destinar mais de 200 toneladas de alimentos à doação. Ainda sobre o escoamento da produção, a Seagri afirma que já foram aprovados R$ 700 mil do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Funcep) para a compra de alimentos da agricultura familiar via chamada pública neste segundo semestre, com investimento de R$ 130 mil do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), parceiro do Governo do Estado.

Políticas Públicas e bons resultados
O secretário de estado da Agricultura, André Luiz Bomfim Ferreira, destaca que os agricultores familiares têm acesso a políticas públicas que vêm contribuindo para manutenção e expansão das atividades produtivas. “As políticas do Estado têm priorizado as atividades da agricultura familiar, seja via Seagri, Emdagro, Cohidro ou Pronese. A Emdagro, com escritórios por todo o estado, presta assistência técnica rural e fomento à produção. Exemplos são o programa de Distribuição de Sementes – só este ano, foram 43,6 toneladas entregues, em parceria com Embrapa, FIDA e empresa Di Solo; o programa de Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro (IATF); o Programa de Regularização Fundiária; e o apoio à regularização das queijarias – só para citar algumas. Não se pode negar também o valioso trabalho da Cohidro na modernização e gestão dos perímetros públicos irrigados. Para se ter ideia, em 2019, os perímetros produziram 39 mil toneladas de alimentos, além das centenas de poços perfurados ou recuperados, assim como as barragens. Através do Pronese, o governo estadual vem implementando o Programa Nacional de Crédito Fundiário/Terra Brasil em parceria com o Ministério da Agricultura, que já possibilitou o acesso à terra para mais de 2 mil famílias. Tem também as políticas feitas em parcerias nacionais e internacionais  com Embrapa, Ministério da Agricultura, Ministério do Meio Ambiente, Incra , FIDA, PNUD, voltadas para o pequeno produtor ”, relacionou André.

O testemunho dos agricultores é a maior prova da força deste setor. Dá gosto de ver, por exemplo, a horta na propriedade de Davi Matos Cirilo, no povoado Apertado de Pedras, município de Simão Dias (SE). Tudo orgânico: alface, tomate, repolho, coentro, pimentão. “A gente tem de tudo um pouco e serve tanto para o consumo da família como para vender aqui na vizinhança”, explica o agricultor. A família do senhor Davi e mais 21 famílias deste povoado receberam apoio financeiro do Projeto Dom Távora para produção de ovinos, aves, horta comunitária e sistema de abastecimento de água. Outro produtor, Ranulfo Moura, em Capela, em menos de três anos, adquiriu um pedaço de terra por meio do Crédito Fundiário, e tem na fruticultura sua principal atividade. “Hoje, mesmo com a pandemia, estou com 25 mil pés de abacaxi, 200 bananeiras, 60 laranjeiras, 10 mangueiras e outras culturas menores. Faço a venda direta das frutas nas feiras aqui da região e envio também para a Central de Abastecimento de Aracaju – CEASA”, pontuou.

 

Fonte: Ascom/Seagri

CARTILHA DE PROTEÇÃO AO CORONAVÍRUS

Para instruir agricultores sergipanos e técnicos que atuam junto aos produtores rurais nos municípios, a Emdagro, em parceria com a Seagri e a Cohidro, elaborou a Cartilha de Proteção ao Coronavírus.

O manual contém orientações objetivas sobre a Covid-19, com base em informações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS), para que todos possam se proteger e proteger suas famílias, reduzindo as possibilidades de contágio.

As informações passadas falam sobre o surgimento coronavírus, principais sintomas, formas de propagação e medidas de proteção, como instruções para a limpeza de caixas e equipamentos agrícolas, frutas, legumes e verduras.

Leia e fique informado! A melhor arma contra o coronavírus é o conhecimento!

No Fórum Permanente da Agricultura Sergipana Cohidro propõe integração irrigado-sequeiro

Perímetros irrigados têm condições de aumentar oferta de material forrageiro para a pecuária leiteira.
Foto Vanessa Passos

Na última terça-feira (26), aconteceu mais um encontro do Fórum Permanente da Agricultura Sergipana, recepcionado, em sua quarta edição, pelo Sistema Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR e pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – FAESE. O Fórum é uma importante instância de debate criada pelo governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura – SEAGRI, reunindo um total de 33 instituições públicas e da sociedade civil organizada, em torno do interesse comum de propor soluções para os gargalos das mais diversas cadeias produtivas da agropecuária sergipana.

Presidida pelo secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, a reunião foi aberta pela exposição dos entes públicos estaduais, quanto às suas contribuições para o desenvolvimento da agropecuária sergipana. “Foi mais um dia produtivo, onde expusemos as atividades que vêm sendo desenvolvidas pela Seagri e, da mesma forma, a Emdagro e a Cohidro, com foco principal no ano em exercício. Falamos sobre assistência técnica rural, sobre o trabalho desenvolvido nos perímetros irrigados, ações de defesa animal e vegetal, regularização fundiária, e sobre as parcerias iniciadas em 2019 – incluindo os termos de cooperação que foram firmados. Também falamos sobre a emenda de bancada e os recursos de cerca de R$ 17 milhões que serão destacados pelos parlamentares sergipanos para a nossa agricultura”, comentou André.

Diretor de irrigação, João Fonseca apresentou ações e propostas da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação – Cohidro. “Nos perímetros, disponibilizamos o benefício direto do fornecimento de água para irrigação, ATER e a assessoria em Agronegócio. Uma proposta nossa ao fórum é a de integrar a agricultura irrigada com a do sequeiro e outros setores. Os perímetros têm condições de fornecer, tanto frutas para pequenas agroindústrias, como também – e principalmente no Alto Sertão – a alimentação animal para a bacia leiteira de Sergipe, como a silagem de milho, de sorgo e feno. São unidades produtivas que podem ser contratadas por pecuaristas para produzir, em qualquer época do ano, esses insumos, muitas vezes escassos a esse produtor”, destaca.

Entre as muitas ações expostas pela Emdagro, o presidente Jefferson Feitoza destacou a importância das ações de defesa animal realizadas pelos técnicos da empresa para o futuro econômico do Estado. “Sergipe foi decisivo na criação de uma verdadeira barreira sanitária que protegeu o Estado da entrada do foco de peste suína clássica identificado em Alagoas. Como se trabalha em blocos, o bloco que começa em Sergipe, termina no Rio Grande do Sul. Sergipe ter conseguido fazer esse controle significou que outros estados do Brasil possam continuar vendendo a sua carne”, disse Jefferson, que também afirmou que a segunda fase da campanha contra a febre aftosa vem conscientizando os produtores sobre as possibilidades positivas trazidas pela certificação de zona livre sem vacinação em 2021 – meta perseguida pela Emdagro.
O debate também girou em torno da ampliação de Assistência Técnica Rural – ATER no estado. O Senar atua há dois anos oferecendo o Assistência Técnica e Gerencial – ATeG e, neste ano, tem como meta atingir 700 beneficiados, como informou o representante da instituição, Célio Pereira. Para ele, o fórum é uma oportunidade para as instituições identificarem como contribuir com o Governo do Estado no desenvolvimento da agricultura. “Nessa parceria com a Seagri, os produtores só têm a ganhar e, para nós, é um honra muito grande abrigar o fórum com tantas entidades”, assinalou. Também estiveram presentes na reunião, representantes do Banese e do BNB, da Embrapa, da Superintendência Federal da Agricultura, da Conab, da Universidade Federal de Sergipe; das associações sergipanas dos Engenheiros Agrônomos – AEASE, dos Armadores de Pesca Artesanal – ASEAPA e dos Plantadores de Cana – Asplana; da Organização de Cooperativas – OCESE e da Federação da Indústria – FIES do estado de Sergipe.

Itinerante, o fórum terá sua próxima reunião sediada na Embrapa Tabuleiros Costeiros, pré-agendada para fevereiro de 2020, com foco na discussão sobre o Proagro [Programa de Garantia da Atividade Agropecuária]. A Embrapa deverá apresentar um relatório, que será entregue aos agentes financeiros, para que se discuta a possibilidade do financiamento de produções consorciadas [hoje engloba apenas culturas isoladas].

Irrigantes do perímetro da Cohidro em Canindé participam de diagnóstico participativo da Emdagro

Cooperação técnica entre empresas visa aprimorar assistência técnica rural, buscando agricultura sustentável nos perímetros públicos do Governo do Estado

Além do diretor-presidente, compareceram ao primeiro dia do DRP os diretores Jean Nascimento (Administrativo e Financeiro), Carlos Viana (Infraestrutura Hídrica) e João Fonseca (Irrigação e Desenvolvimento Agrícola) [Foto: Fernando Augusto]
Atuantes no Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, os agricultores irrigantes e os técnicos agrícolas que fazem o atendimento em seus lotes, participam até quinta-feira (19 a 21), da aplicação do Diagnóstico Rápido Participativo – DRP, que está sendo executado por técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro. A intenção é a melhoria na qualidade na assistência técnica e extensão rural (ATER) que é oferecida aos produtores agrícolas, e está sendo viabilizada a partir da cooperação firmada entre as duas instituições públicas, ligadas ao Governo de Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri.

Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral afirma que a melhoria no serviço de ATER no Califórnia é uma reivindicação dos irrigantes e que vai ser replicada nos outros cinco perímetros irrigados da companhia. “Atendemos simultaneamente as demandas dos produtores em duas frentes. Por um lado, ocorrem intervenções físicas nas estações de bombeamento [EBs], para que melhore a qualidade do serviço de oferta água aos lotes. Graças aos recursos da tarifa aplicada aos irrigantes, mostrando que esse recurso está sendo aplicado no próprio perímetro, já reformamos a EB-03 e, neste exato momento, funcionários da própria Cohidro estão executando o mesmo trabalho na EB-06. Esse trabalho, somado à assistência técnica, é outra reivindicação que estamos atendendo, nessa excelente relação que temos com a Emdagro, que tem mais expertise em ATER”, diz Paulo, agradecendo o empenho dos técnicos da empresa co-irmã no perímetro.

Na cooperação técnica com a Cohidro, participaram os técnicos da Emdagro Abeaci dos Santos, Eugenia Ramos, Dilma Tavares, Luiz Nunes e Gilberto Araújo
[Foto: Fernando Augusto]
A assistente social Abeaci dos Santos é técnica da Emdagro e está aplicando o DRP no Califórnia. Ela explica que o objetivo é coletar e avaliar informações, para elaborar uma estratégia de ação orientada para a qualificação da ATER prestada no perímetro. “Estamos qualificando os técnicos da Cohidro e também os próprios agricultores, pois eles têm uma parcela de contribuição muito grande na tomada de decisões e na própria produção. É uma relação onde existe uma troca de saberes dos dois lados, para que se possa fomentar o desenvolvimento de uma forma mais sustentável dentro do projeto Califórnia. A qualificação já começou segunda-feira (18), com uma roda de conversa que fizemos com os técnicos das duas empresas, refletindo como são a assistência técnica prestada, as dificuldades e as necessidades existentes”.

Em cada dia do DRP, participam agricultores de dois dos setores do Perímetro. Já os técnicos da Cohidro estarão presentes nos três encontros. “Essa capacitação é importante para melhorar o trabalho. Os técnicos visitam o lote, olham e orientam”, pontua Osvaldo dos Santos, irrigante do Setor 04. Para ele, que está aposentado, os técnicos da Cohidro ajudam a compensar a sua ausência no lote em que produz quiabo, tocado pelo filho, a nora e outro genro. “Eu não trabalho mais, os meninos é que trabalham”, completou o agricultor que conta agora com essa assistência para modernizar a lavoura, implantando um modelo de irrigação localizada, mais eficiente e econômico.

Rosileide da Conceição produz em seu lote quiabo, milho e feijão de corda. Ela é do Setor 06, grupo que participa do DRP no segundo dia, e tem a expectativa de uma assistência técnica que a auxilie na trocar de suas lavouras, a fim de ter mais renda na produção. “O quiabo traz muito prejuízo. A assistência técnica pode ajudar a escolher outros tipos de produtos que tenham menos perda e menos despesa. Eu aceitaria trabalhar com outros produtos, mas não temos condições”, avalia. Irrigantes e técnicos foram subdivididos em grupos de trabalho, cada um abordando um dos eixos: social, produtivo e ambiental. A partir de dinâmicas, depoimentos e entrevistas, foram construídos os diagramas utilizados na apresentação dos resultados, ao final do encontro, que reuniu novamente todos os participantes.

 

Última atualização: 20 de abril de 2020 09:13.