Orgânicos e meteorologia são foco de visita acadêmica na Cohidro em Lagarto

Alunos do sexto ano do Colégio Mundial, visitam o Perímetro Irrigado Piauí

Estudantes visitaram o Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Lagarto, no dia 19. O objetivo era conhecer o processo de cultivo de alimentos orgânicos dos agricultores irrigantes, e a estação meteorológica que auxilia nos trabalhos do pólo de irrigação. São alunos do sexto ano do Colégio Mundial, situado na sede mesmo Município, que foram presenciar na prática muito da teoria aprendida na sala de aula.

Acompanhados por duas professoras e coordenação, os alunos puderam conhecer como é a vida no campo e como alguns alimentos são produzidos. A ideia da visita partiu da professora de Geografia, Débora Rabelo. “Nós juntamos duas matérias, geografia e ciência e escolhemos a Cohidro porque sabemos do seu trabalho importante para a região de Lagarto e também por possuir uma estação meteorológica. Nossas crianças estão aprendendo sobre o clima, e com essa visita eles aprenderam como se usa o termômetro e outros tipos de ferramentas”, explicou a professora.

Hoje responsável pela aferição dos instrumentos da estação meteorológica, o Técnico em Agropecuária da Cohidro, Willian Domingos Silva, guiou a visita dos estudantes, explicando a finalidade de cada equipamento. “Aqui podemos medir a quantidade de chuva que caiu e determinar quando vai voltar a ser necessário irrigar as lavouras. Medindo a insolação, a radiação solar, podemos determinar a quantidade de água e o tempo em que ela deverá ser irrigada nas plantas. Assim como é medida também a taxa de evaporação, para determinar o quanto que será evaporado dessa água aplicada e vai precisar ser compensada, com mais tempo de irrigação ligada”, detalhou.

Segundo o aluno Marcos Wendell, a visita foi muito interessante. “Eu nunca tinha visto algo parecido, agora eu consigo saber como eles medem o clima”, conta o estudante. Pelo fato da maioria da turma ser da cidade urbana, muitos nunca tiveram um grande contato com a aérea rural, a aula alimentou o conhecimento dos alunos apresentando-lhes uma nova realidade, de que elementos compõe a sociedade.

Gilvanete Teixeira, gerente do Perímetro Piauí, comenta que são várias as solicitações de professores e instituições de ensino, para visitações à unidade da Cohidro em Lagarto. “O volume da produção agrícola, que aumenta a cada ano, e a grande variedade de culturas agrícolas que são inseridas nas lavouras dos irrigantes – principalmente quando é um plantio de tratos culturais usando métodos orgânicos – têm chamado muito a atenção da mídia e, consequentemente, da comunidade acadêmica”, defendeu.

Agricultura orgânica

Os estudantes visitaram também o lote irrigado orgânico de João Pacheco, lá eles tiveram contato com o cultivo de hortaliças e puderam conhecer todo o processo de produção agroecológica de alimentos, onde as crianças puderam entender as diferenças entre um produto cultivado com e sem defensivos agrícolas. “Elas nunca tiveram esse contato que estamos tendo agora nessa visita, então, muitos levarão o que aprenderam hoje pra sala de aula, por meio de debates e conversas do dia a dia.É importante mostrar para as crianças de hoje, novos lugares e diferentes formas de se trabalhar” conta a professora Debora.

Dos mais experientes produtores orgânicos do Piauí, João Pacheco garante a procedência dos seus produtos livres de agrotóxicos. Ele e outros 10 produtores formam um Organismo de Controle Social (OCS), que é autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para a venda direta ao consumidor de produtos orgânicos. “Quem oferece na feira um produto orgânico sem ser, logo será descoberto. Eu não vejo problema nenhum em virem visitar minha horta, porque sei que estou trabalhando correto”, destacou.

Essa dedicação à produção orgânica de João Pacheco está rendendo frutos, tanto que recentemente ele investiu R$ 14 mil em enorme telado vermelho, anti-insetos e raios UV, que também retém o impacto da chuva sobre os canteiros, para implementar em sua horta. Outro empreendimento gerado pelo trabalho do produtor irrigante é a construção de um armazém, voltado à comercialização desses produtos orgânicos que cultiva em seu lote. Quem vai tomar conta do “comércio” são os filhos, segundo ele, pensando no futuro dos jovens, trabalhando junto da família.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano diz conhecer várias estórias de sucesso através do trabalho nos perímetros irrigados, como a de Pacheco. Para ele, são exemplos que servem para estimular o trabalho dos servidores e gestores da Empresa. “Significa a ‘grande colheita’ do fruto de nosso trabalho, saber que surte resultado nosso empenho dentro da Companhia e que as políticas públicas, por nós aplicadas, têm resultado”, comentou, agradecendo também a visita dos alunos e professores, “reconhecimento que é outra prova de que estamos no caminho certo”, afirmou.

Mas o que orgulha João Pacheco é mostrar, às visitas, a área coberta por tela, medindo 70 por 30 metros. A grande estufa abriga as culturas que são mais vulneráveis à ação das pragas, como as variedades de Tomate Cereja e Tomate Francês, o Pimentão, o Jiló, a Berinjela, a Alface, a Cenoura, o Repolho e também o Coentro. “Se conseguir ter uma boa produção, sem ser estragado por nenhum inseto como promete fazer o produto, consigo compensar o investimento, economizando principalmente no custo da mão de obra”, justifica o produtor.

Na Alese Cohidro participa de audiência pública sobre escassez de água

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A mesa foi composta pelos deputados Jairo de Glória, Ana Lúcia Vieira, Maria Mendonça, o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal; o prefeito de Canindé do São Francisco, Heleno Silva; o metereologista Overland Amaral, da Secretaria de Meio-ambiente e Recursos Hídricos; o superintendente substituto da Codevasf, Oscalmi Porto; o diretor presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Carlos Melo; o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola e o diretor-técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), Gismário Ferreira Nobre – Fotos: Jadilson Simões

“Não é só a preocupação dessa Casa, mas de uma cadeira produtiva. Convocamos essa audiência pública, devido à escassez de água em todo o Estado de Sergipe, principalmente na região do Alto e Médio Sertão. Precisamos de ações que visem amenizar o sofrimento dos sertanejos”. Foi o que afirmou na manhã desta sexta-feira, dia 25, o deputado Jairo de Glória, presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), durante Audiência Pública realizada com o tema: ‘Discussão sobre a problemática da seca e a escassez de água que afeta o sertão sergipano’. Ao final das discussões foi definida a criação de uma comissão visando elaborar um documento para ser entregue ao governador Jackson Barreto, solicitando ações para minimizar o sofrimento dos sertanejos.

Convidamos vários órgãos do Governo, produtores e lideranças comunitárias, visando traçar metas, planos e ações estratégicas para combater a estiagem no sertão e amenizar a vida dos sertanejos. Acreditamos que enquanto o Canal de Xingó não sair de fato, a situação continue apenas com efeitos paliativos. O intuito nosso é saber o que temos de fato para mostrar a população, pois a Defesa Civil já tinha anunciado essa seca e não temos ações efetivas, medidas paliativas para a perda de animais, as barragens secando”, destaca o deputado Jairo de Glória.

Enfrentamento
O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), José Carlos Felizola Filho, afirmou que a Cohidro tem se adequado para enfrentar o problema da seca em todo o Estado de Sergipe. “Existe uma crise muito grande no Estado brasileiro como um todo, mas a Cohidro tem se adequado para enfrentar uma das piores secas do Nordeste. Uma seca que já está no quinto ano consecutivo, de chuvas irregulares não apenas no semi-árido sergipano, mas em outras regiões. Existe um problema sério da escassez dos recursos hídricos e a Cohidro tem se amoldado a essa situação para que possamos levar os melhores serviços para os sertanejos”, ressalta.

Felizola destacou que vários projetos que estão em Brasília saíram do Governo do Estado. “Esses dias o governador Jackson Barreto estará lançando um Programa de Enfrentamento dessa problemática visando levar ao povo sertanejo essa problemática para que possamos levar algumas ações para que possamos enfrentar essa realidade triste que estamos vivendo”, complementa.

“Seca no Sertão fechará ciclo de sete anos sem chuvas”, alerta meteorologista
A previsão é de alerta para o Sertão e Semiárido Sergipano. De acordo com o meteorologista Overland Amaral, que participou da realização da audiência pública da Alese nesta sexta-feira, 25, sobre a problemática da seca e da escassez de água que afeta o sertão sergipano, a climatologia atual sobre a região Nordeste aponta para o fechamento do ciclo de 7 anos de seca em Sergipe.

Para frisar o cenário exposto pelo cientista, para o período chuvoso deste ano, trimestre de junho a agosto, era esperado o índice pluviométrico de 700 milímetros, quando somente choveu 300 milímetros. Um abalo para a população e agricultura da região.

“Estamos hoje no 5º ano de seca em todo o Nordeste e em Sergipe. Neste período o índice de pluviosidade (chuvas) foi extremamente abaixo da média histórica prevista para todo o Estado, e especialmente na região do Semiárido e Alto Sertão Sergipano. Ou seja, categoricamente um período seco”, pontuou Overland Amaral.

Segundo explicou o meteorologista, os modelos climatológicos apontam que no próximo ano, 2017, semelhante situação que vivemos neste ano de 2016, será difícil para a agricultura e para o armazenamento de água.

“Dentro dos nossos estudos, do modelo aplicado para a projeção da previsão climatológica, a tendência não é muito boa. É bom entender que estamos no 5º ano consecutivo desse quadro meteorológico e, a tendência é entramos no ciclo de 7 anos de seca. Estamos caminhando com a mesma situação para o próximo ano e a perspectiva é que em 2018 o ciclo de sete anos de seca se concretize”, prevê.

Reuso da Água
Outro ponto estratégico de melhoria aos impactos da seca, que foi ressaltado por ele foi o Reuso da Água. “Muitas águas poderiam ser reutilizadas para o aporte forrageiro da palma e mesmo no período de seca, a exemplo da água canalizada pelo uso urbano, como já ocorre no Rio Grande do Norte”, exemplificou o assessor sindical da Federação dos Agricultores de Sergipe (Fetase), Jocélio Oliveira dos Santos. Ele manifestou nas discussões compartilhando algumas contribuições que sugerem mitigar o efeito da seca sobre o sertão sergipano.

Força-tarefa
A deputada Ana Lúcia Vieira (PT), propôs na audiência, a criação de uma força-tarefa com a finalidade de criar uma Comissão Especial para levar as demandas apresentadas ao governador Jackson Barreto.

“A audiência Pública provocada é de extrema importância porque tem o papel de escutar a população para entendermos melhor a problemática e o deputado Jairo fazer os encaminhamentos e podermos dialogar com os poderes. Numa crise dessa, o Estado precisa ter uma Força Tarefa, da mesma forma que o Ministério Público fez com o rio São Francisco”, sugere.

A mesa foi composta pelos deputados Jairo de Glória, Ana Lúcia Vieira, Maria Mendonça, o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal; o prefeito de Canindé do São Francisco, Heleno Silva; o meteorologista Overland Amaral, da Secretaria de Meio-ambiente e Recursos Hídricos; o superintendente substituto da Codevasf, Oscalmi Porto; o diretor presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Carlos Melo; o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola e o diretor-técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), Gismário Ferreira Nobre.

Fonte: Agência de Notícias Alese

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Assista o vídeo da entrevista do Ditetor-Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, para a TV Alese:

 

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Novembro Azul leva palestras e exames à Sipat da Cohidro

Equipe multidicisciplinar da SMS atendeu aos servidores com exames e acompanhamento

Em função do Novembro Azul, nesta segunda-feira, dia 21, houve uma palestra sobre o Câncer de Próstata, voltada aos funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) que também puderam realizar testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatite B e C. Além de seguir o calendário de saúde, que reserva todo mês para incentivar os cuidados da saúde do homem, a atividade deu início a ‘Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat)’ na Empresa, que até a próxima segunda tem programadas mais atividades organizadas pelas divisões de Saúde e Segurança do Trabalho (Dissa) Desenvolvimento Humano (Didhu), Posto Médico e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
A Enfermeira e coordenadora do Programa Saúde do Homem na Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju (SMS), Ana Calorina Miranda, ministrou uma palestra sobre o Câncer de Próstata e prevenção da saúde do homem. Ela quis alertar aos homens que para se prevenir não há idade certa, lamentando que alguns só procuram ajuda médica quando estão em um estado de saúde mais agravado. O desinteresse da parcela masculina se confirma no fato de só recentemente o Ministério da Saúde (MS) criar mecanismos de atendimento específico.

“Desde agosto de 2009 existe um programa ministerial, o MS lançou um programa nacionalmente para cuidar da saúde vocês e tem um foco específico para uma faixa de idade, de 20 a 59 anos. Estamos em um mês alusivo à sensibilização do homem em relação ao cuidado com sua saúde, mas não apenas na prevenção do Câncer de Próstata e por conta disso, em parceria com os profissionais de programa de DST, Aids e Hepatites Virais da SMS, trouxemos o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)”, informou Ana Carolina, sobre o serviço móvel onde o resultado dos testes de HIV, Sífilis e Hepatite B e C, sai em média de 20 minutos. Na Cohidro, o serviço foi oferecido pelas enfermeiras Léa Matos, Eloise Dias e Susiene.

Ainda segundo Ana Carolina, o atendimento do CTA não se restringe a realização de exames, pois conta com equipe multidisciplinar. “Os colaboradores da Cohidro, estão tendo a oportunidade de realizar os testes, passar pelo aconselhamento, que fala como pegar essas doenças. Então nada melhor que essa oportunidade, desses homens terem esse momento de fazerem o exame e se tratarem já que hoje, mesmo com a doença é possível ter uma boa qualidade de vida. O resultado do teste é entregue individualmente para cada paciente, porque o aconselhamento é feito a partir dos conhecimentos daquela pessoa e dos comportamentos de vulnerabilidade ou não. Então, é o momento de se ajustar e a partir daí modificar as ações feitas de modo errado”, completou a enfermeira.

Para Luiz Fernando Lima de Oliveira, Estagiário da Gerência de Recursos Humanos da Cohidro (GERHU), foi uma oportunidade que os funcionários aprenderem e de adiantarem os cuidados com a saúde, com os testes rápidos e imunização. “Muito importante, tanto para os jovens quanto para os mais velhos. Eu mesmo não tinha ciência dessas informações que eu recebi e com certeza agora eu vou começar a me cuidar mais. É importante também porque eu não fiz nenhum desses exames, tanto as vacinas, então vou fazer agora, porque é uma forma mais fácil”, relatou ele, lembrando que nos meses de outubro e setembro, as mesmas atividades de saúde trouxeram para a Empresa a vacinação contra Hepatite, Tétano e Gripe.

Diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima, estabelece que a atenção que a Dissa e DIDHU estão dedicando aos funcionários, colabora com o bom funcionamento da Empresa. “A Companhia é composta muito mais por servidores, do que unicamente de máquinas e instalações. Se fizermos por onde cuidar da saúde deles, estaremos cuidando também saúde da Empresa, para que esse servidor fique mais tempo apto ao trabalho, retribuindo assim a este empenho desses programas”, avaliou as atividades dos departamentos que pertencem a GERHU.

Já Onofe Viana Santos, soldador da Gerencia de Perfuração de Poços da Cohidro (Geperf), aconselha a todos os colegas que façam os exames e considera isso como prevenção para problemas que possam surgir mais tarde. “Aqui na Empresa tem muita gente ainda que critica quando alguém faz o exame de toque. Quando um colega tem o problema, não dão apoio, fazem brincadeirinhas. Ao invés de ajudarem eles complicam. Nessa Empresa aqui somos todos irmãos, são 33 anos juntos, somos todo uma família. Agora ainda existe a discriminação, a pessoa precisa se conscientizar de que ir ao médico é bom. O que o pessoal está fazendo é importante”.

O diretor-presidente da Companhia, José Carlos Felizola Filho, fez questão de participar também das atividades, como forma de incentivo. “É importante a gente se solidarizar com os colegas e incentivar a participação dessas ações de saúde. Tem que deixar o tabu de ‘machão’ de lado e se cuidar, para continuar por bastante tempo presente com a família, curtir os filhos, os netos e ter uma velhice saldável. Muito ‘cabra’ forte, valente, acaba se perdendo simplesmente por se descuidar da saúde, por se achar imbatível. Tá na hora do homem mudar a cabeça, porque a doença não tem medo de cara feia, muito pelo contrário”, brinca.

José Adevaldo dos Santos é sondador também da Geperf. Ele conta como foi a sua experiência ao tratar um problema de saúde que, devido à sorte que nem todos têm, descobriu a tempo um algo ainda mais grave. “Antes de eu fazer essa cirurgia, sentia muito esses sintomas, quando eu ia ao banheiro urinar, sentia dores. Mas eu não sabia o que era, porque ninguém nunca me falou. Daí foi quando aconteceu de eu fazer a cirurgia de rins, o médico descobriu que a minha próstata estava alterada. Então foi quando ele fez a raspagem de próstata que eu melhorei, fiquei normal, normal… não tive mais preocupação nenhuma. Mas daí como o homem é sossegado, muito acomodado ele só vai para o médico quando for parar na urgência. E é lá que descobre isso tudo. Então, não é melhor fazer antes os exames? É melhor se prevenir”, adverte.

Sipat
A Cipa é quem organiza o Sipat, onde a programação de saúde foi inserida. Na sexta, 25, a partir das 8h está programado, na sede da Cohidro, um mutirão reunindo todos os funcionários para fazer uma grande coleta de objetos que são propícios ao acumulo de água da chuva, a fim de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Febre Chikungunya e Zica Vírus. Já na segunda, 28, a partir das 8h30, esses departamentos trazem à Empresa e no mesmo local, uma apresentação teatral com tema que trata da prevenção de acidentes de trabalho.

Veja o álbum completo de fotos da palestra e dia de saúde:

Cohidro participa de seminário de gestão hídrica organizado pelo Banco Mundial

Seminário de gestão hídrica foi organizado pelo Banco Mundial – Foto divulgação

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) participou, na última semana, do seminário “Rumo à sustentabilidade dos serviços de água rural – modelos de gestão e ferramentas para planejamento”. O evento foi organizado pelo Banco Mundial, em Brasília, na quinta-feira, 17, e representaram a empresa sergipana e o Estado, os diretores de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola (Dinfra), Paulo Henrique Machado Sobral, e o de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola (Dirir), João Quintiliano da Fonseca Neto.

O Banco Mundial e entidades que gerenciam a exploração de recursos hídricos nos estados do Nordeste, mais o Paraná e Minas Gerais, durante o evento discutiram modelos sustentáveis de gestão da água, sistema de abastecimento comunitários e saneamento rural, tomando como exemplo experiências bem-sucedidas, tanto de estados do Brasil, quanto de outros países como Panamá e Nicarágua.

Na oportunidade, o destaque foi para o Ceará, que conta com o melhor avanço sistemático a partir do trabalho da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (COGERH). Conforme informa o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, a Empresa Sergipana está articulando convênios com o a sua congênere cearense. “Como lá quase todo território é caatinga, eles tiveram que desenvolver as melhores tecnologias de aproveitamento da água do Nordeste. Em maio passado estivemos visitando a COGERH e agora estamos com futuros projetos de parceria que possam viabilizar a assistência nos eixos de água e esgoto nas comunidades rurais, beneficiando diretamente a população mais carente

”, revela.

Segundo o diretor da Dinfra, a Cohidro já vem trabalhando com a parte perfuração de poços, instalação, distribuição e a participação no evento foi fundamental para articular planos de ampliação desses projetos. “A ideia é envolver também o município e principalmente a comunidade na gestão. Nós já estamos discutindo isso com o Banco Mundial e a Cohidro também vem discutindo com o programa “Água para Todos” (do Ministério da Integração Mundial) para se criar um modelo de gestão a fim de ter uma longevidade maior dos sistemas”, afirma Paulo Sobral.

Águas de Sergipe
A Cohidro desenvolve convênio com o Banco Mundial no programa ‘Águas de Sergipe’, gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Conforme expõe João Quintiliano, a Companhia contará com recursos na ordem de R$ 43 milhões para investir nos seus polos irrigados. ?São R$ 33 milhões para modernização da irrigação nos perímetros da Ribeira e do Jacarecica I (Itabaiana e Areia Branca), onde o sistema vai ser todo automatizado e de funcionamento noturno, economizando tanto água quanto energia elétrica. Nesses, e também no Perímetro Jacarecica II (Riachuelo, Malhador e Areia Branca), haverá ainda investimentos na segurança e adequações ambientais nas barragens. Os outros R$ 10 milhões compreendem investimentos em conjunto com outros órgãos e secretarias de Estado”, adianta o titular da Dirir.

 

Sergipe vai a Brasília pleitear recursos para agricultura irrigada, pecuária e combate à seca

Presidente Felizola, deputados Joni Marcos e Fabio Reis, em audiência com o ministro Helder Barbalho – Foto: Ascom/Fábio Reis

Em Brasília, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e sua subsidiária, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), na terça-feira, dia 8, tiveram audiências no Ministério da Integração Nacional (MIN). Foram tratados a obtenção de recursos para implementação do projeto de irrigação Manoel Dionísio Cruz, em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano; para a reestruturação dos outros seis perímetros irrigados da Cohidro e ainda em ações de enfrentamento aos efeitos da estiagem prolongada no Estado.

No Manoel Dionísio são previstas a construção de 100 km de adutoras com capacidade para atender 5 mil agricultores familiares. Preliminarmente orçado em R$ 125 milhões, vai desenvolver atividades produtivas em lotes de cinco hectares, voltados para fruticultura irrigada e lotes de 20 a 25 hectares para pecuária leiteira. No projeto serão atendidos 2.300 hectares irrigados, com captação de água do Rio São Francisco. Segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, o pleito foi bem recebido no MIN.

“Participei da audiência com o secretário de Recurso Hídricos do Ministério, Dr. Ricardo Santa Ritta, onde pleiteamos a liberação de recursos para investimentos em nossos perímetros. O que resultou no compromisso mútuo de agendarmos sua vinda a Sergipe, para conhecer tanto a área para implantação do Manoel Dionísio como os outros polos de irrigação pública geridos pelo Governo do Estado, através da Cohidro”, expôs Felizola.

O presidente da Cohidro esclarece que o processo de reestruturação dos perímetros irrigados já vem acontecendo e têm ações executadas e outras em processo de licitação. “Pelo Proinveste, novas 45 bombas estão reequipando as estações de bombeamento nos perímetros Piauí (Lagarto) e Califórnia (Canindé). O programa está reformando estas instalações, canais de irrigação e barragens. O mesmo se dará via programa ‘Águas de Sergipe’, modernizando e tornando sustentável a captação de água para irrigação na bacia do Rio Sergipe”, completou.

Felizola, com os dos deputados federais Fábio Reis e Jony Marcos, o secretário Esmeraldo Leal (Seagri) e o prefeito de Canindé, Heleno Silva, ainda tiveram audiência com Ministro da Integração, Helder Barbalho. “Levamos os pleitos do Governo do Estado para minimizar os efeitos da grave e prolongada estiagem que nosso Estado atravessa”, finalizou o presidente da Cohidro.

Segundo o secretário Esmeraldo Leal (Seagri), esta ida à Capital Federal faz parte de um conjunto de reuniões que a Cohidro, a Secretária de Agricultura, a Deso (Companhia de Saneamento de Sergipe) e a Defesa Civil Estadual (ligada à Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos – SEIDH) tem tido em Brasília, muitas delas com a presença do governador Jackson Barreto, em função de amenizar, aos sergipanos, os efeitos da pouca incidência de chuvas.

“A reunião teve uma importância muito grande, queria destacar o esforço que o Governo do Estado tem feito em função dessa questão emergencial, tem criado todas as condições para que toda equipe de governo acesse essas questões. Demonstram a unidade dos órgãos, no nosso caso a Seagri e as vinculadas, mas também outras secretarias que podem e devem colaborar com essa questão. Então acabou sendo fundamental. O presidente da Cohidro se posicionou firmemente com relação a importância de termos poços artesianos, principalmente no semiárido sergipano. Além de abastecer ao ser humano, também serve à dessedentação animal”, explicou Esmeraldo.

Ração animal
Ainda com enfoque nos efeitos da estiagem prolongada aos rebanhos sergipanos, Esmeraldo Leal demostrou que, além de água, está sendo necessário ir buscar apoio para a questão nutricional. O que o motivou, na mesma viagem, ir até a sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “A Secretária também se posicionou, em relação a preocupação geral da pauta do Semiárido, ao impacto da seca à ração animal. Tanto a possibilidade de compra de ‘rolão’, mas também a possibilidade de adquirir, através da Conab, milho com preço justo. Então, uma série de ações foram discutidas, todas elas com o apoio do governador, para que a gente amenize essa situação”, concluiu o secretário.

 

Palestras, teatro, exposição e exames clínicos em saúde e segurança, fecham o ano na Cohidro

Em reunião realizada na última terça-feira (08), entre as divisões de Saúde e Segurança do Trabalho (Dissa) Desenvolvimento Humano (Didhu), Posto Médico e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), foi definido um calendário de fim de ano para as atividades voltadas aos servidores e colaboradores da Empresa, com palestras em saúde, exposição de artesanato, peças teatrais e exames clínicos. A programação começa dia 21 de novembro e vai até 12 de dezembro, ocorre palestra com o Dr. Almir Santana.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola – Foto: Ascom/Cohidro Felizola

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho reforça que a Diretoria Executiva vem buscando incentivar e atender as demandas destes setores. “Eu e o diretor Administrativo Financeiro, Jorge Kleber (Soares Lima), fazemos um esforço para administrar as outras inúmeras obrigações da Empresa e poder também contribuir, dentro do possível, com as solicitações das áreas de saúde e segurança do trabalho. Esse grupo unido, com vontade de trabalhar e que vem fazendo a diferença na atenção da Empresa aos funcionários com essas atividades”, avalia.

Nos dias de palestras também houve a aplicação de vacinas – Foto: pixabay.com

No próximo dia 21 será realizada a quarta palestra sobre saúde na Cohidro, dessa vez tratando do Câncer de Próstata, em função do Novembro Azul. Nesta data estarão disponíveis para os servidores da Empresa testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatite. Anteriormente as palestras trataram do Câncer de Mama, da Alimentação Saudável, do Alcoolismo e do Tabagismo, além da aplicação de vacinas contra Gripe, Tétano e Hepatite B. Já no dia 28, ocorre uma apresentação teatral sobre prevenção de acidentes de trabalho, realizada em parceria com o SESI.

Findando o calendário de atividades de saúde e dando continuidade ao ciclo de palestras preventivas, no dia 12 de dezembro o tema será DST’s, ministrado pelo Dr. Almir Santana, médico e gerente do programa Estadual DST/Aids da Secretária de Estado da Saúde (SES). No mesmo dia ocorre a Exposição de Artesanato e de Trabalhos Manuais feitos por funcionários da Cohidro. Artigos produzidos artesanalmente e que são ótimas ideias para presentear os mais próximos no Natal, como peças decorativas e de utilidade doméstica, serão apresentados no dia aos colegas da Empresa.

Muitos dos artesãos que fazem a Cohidro já confirmaram presença e vão mostrar decorações em MDF, bordados, crochês, bijuterias, laços e tiaras infantis, árvore natalina de jujuba, sandálias e copos personalizados, sabonetes e aromatizantes personalizados, caixas em scrap, mandalas do Divino Espírito Santo, entre outros. Servidores e colaboradores da Empresa, também interessados em expor seu artesanato, devem contatar Roberto Barros da Dissa.

 

Perfil: Delfino, uma vida inteira voltada à agricultura

Josileide e Delfino criar os dois filhos com o trabalho na lavoura e convivendo no ambiente de cultivo

Delfino Batista do Nascimento é natural de Lagarto, filho de agricultores e com seis irmãos: dois homens e quatros mulheres que, como ele, ‘nasceram na agricultura’. Atualmente, aos 57 anos, é agricultor orgânico e irrigante assistido pelo Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no município. Com a ajuda da esposa e principal incentivadora, Josileide Martins de Carvalho Nascimento (Dona Dicuri), ele comercializa os alimentos livres de agrotóxicos em feiras da agricultura familiar na cidade natal e na capital, Aracaju.

Fruto desse amor ‘que veio da terra’, o casal tem dois filhos: Jonathan (18) e Laisa Carvalho (28). Esta quer seguir os passos do pai, pretende seguir o caminho do produtor na plantação de orgânicos. Casada, ela tem planos de largar o emprego e se dedicar somente a agricultura, juntamente com Delfino. Ele se enche de orgulho ao falar da filha, futura agricultora.

Após o falecimento do seu pai, Delfino decidiu dar continuidade ao que aprendeu com o patriarca da família, passando a tocar a própria roça. Aumentou o lote que recebeu de herança, comprando o que era de direito de um dos irmãos. Em seguida, herdou outro lote da mãe e depois disso, o agricultor ainda resolveu comprar outro pedaço de terra. Hoje, seu sítio localizado dentro do Perímetro Piauí, totaliza 14 tarefas, isto é, 4,2 hectares.

Com a vida difícil, o agricultor começou a trabalhar com pouca idade na roça do pai e garante não se arrepender, ele afirma: “Sempre fui agricultor, eu nasci na agricultura”. Já em sua terra, isso há mais de 30 anos, Delfino começou a trabalhar com produtos convencionais como o fumo e a mandioca. Foi quando decidiu mudar o rumo da sua atividade, orientado pelos técnicos agrícolas que lhe assistiam, passou a plantar alimentos orgânicos. Entre idas e vindas, já se passaram 15 anos desde a primeira tentativa de ele apostar no cultivo sem agrotóxicos, atividade que agora toma toda a dedicação do agricultor.

Além do amor pela agricultura, a perseverança e a persistência foram fundamentais paraque o projeto desse certo. Hoje, ele se arrepende de ter desistido do orgânico no começo, por achar que não daria certo. Há 07 anos seguidos na produção agroecológica, se diz realizado ao ver tudo que conquistou. O agricultor também confirma o apoio da Cohidro, que há quase 30 anos passou a ofertar água para irrigar seu lote, com a construção do Perímetro Piauí e depois, foi quem mais lhe deu incentivo ao plantio sem agrotóxicos, através dos seus profissionais em assistência técnica.

Com o apoio da Cohidro, Seu Delfino hoje faz parte de vários projetos entre eles, a Feira da Agricultura Familiar. O evento é realizado semanalmente em Aracaju pela Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (SEIDH), seja em sua sede ou em outros órgãos públicos, como as secretarias de estado da Educação de Sergipe (SEED), do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) e mais recentemente no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Nessas feiras, agricultores assistidos pela Companhia, dentro dos perímetros, ou pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), se dedicam tanto com o plantio de alimentos, sem a adição de agrotóxicos, quanto à comercialização diretamente ao consumidor. Auxiliados na logística, de trazer os alimentos do interior, e orientados quanto às normas de higiene e conservação dos alimentos, eles são incentivados a praticar os mesmos preços das feiras convencionais. Isso atrai freguesia suficiente para que, em poucas horas, acabem todos os estoques.

Para o agricultor, o Governo do Estado é seu grande parceiro e colabora de forma assídua no seu trabalho. “Eu mudei para orgânico porque a Cohidro disse que era bom e deu certo. Hoje sei que é muito melhor do que antes, porque antes eu dependia do atravessador, hoje eu dependo do consumidor e isso não falta. A Cohidro, graças a Deus, me dá apoio, hoje digo que é mais fácil faltar mercadoria, do que cliente”, destaca Delfino, que ainda estabeleceu um ponto de venda na própria Empresa, em Aracaju. Simultaneamente à Dona Dicuri, que toda quinta fica na Feira da Agricultura Familiar, o esposo comercializa parte desses alimentos aos servidores na sede da Companhia.

Quando perguntado o que a Cohidro significa, o agricultor responde: “Tudo” e completa, afirmando que sem a Companhia, as oportunidades não bateriam na sua porta. Segundo ele, a parceria com o Governo do Estado, permite uma vida mais digna para os produtores, principalmente, para quem trabalha com orgânicos, pois com a Empresa e a SEIDH, colaborando com a produção e a comercialização, se evitam os prejuízos.

Para o produtor, a palavra que define o trabalho da Empresa na sua vida é mudança. “A agricultura é tudo na minha vida, é o meu sustento e a Cohidro fez com que eu mudasse o rumo da minha vida e seguisse a linha do orgânico. Hoje eu não me arrependo, porque sei que estou muito melhor do que antes. Feliz e agradecido por toda a mudança,” enfatizou.

E para quem pensa que Delfino, aos 57, já está satisfeito com tudo que entende no trato da terra, se engana. Ele e outros 10 produtores de Lagarto integram uma Organização de Controle Social (OCS), grupo que após ser registrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), passou e ter a autorização para comercialização de produtos orgânicos. Eles se reúnem periodicamente, cada vez em um lote de um agricultor diferente para ajudar, ensinando aquilo que sabem aos outros e também aprendendo, das técnicas que ainda não conhecem.

Jardim de Infância aprende em horta orgânica cedida pela Cohidro de Canindé

Tito Reis recebeu pequenos alunos e educadoras pra mostrar o trabalho de produção orgânica que faz com agricultores – foto acervo Tito Reis

A fim de aprender como nascem, crescem e para que servem as plantas, alunos da Educação Infantil do Colégio Ágape, em Canindé de São Francisco, na última sexta-feira, 04, estiveram na Horta Coletiva da Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5). Local cedido à Entidade pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), na área do Perímetro Irrigado Califórnia, também neste município do Alto Sertão.

Trata-se de um espaço seguro para receber as crianças, pois lá os técnicos agrícolas da Cohidro ensinam práticas de agricultura livre do uso de agrotóxicos, para os produtores orgânicos e àqueles em processo de conversão ao método produtivo. A Bio5, além do treinamento, utiliza dos produtos que são colhidos na horta para comercialização nas feiras da região ou no próprio local, onde o cliente tem a possibilidade de escolher o alimento no pé ou até colher ele mesmo.

Quem recebeu os alunos do Jardim de Infância foi o Técnico Agrícola Tito Reis, servidor da Cohidro em Canindé. Para atender os pequenos visitantes, ele contou com o auxílio dos colegas, também técnicos da Empresa, Joaquim Ribeiro e Roberto Ramos, que atuam no Califórnia.

“Mostramos para as crianças os tipos e as utilidades das plantas. Apresentei para os pequenos alunos como se faz um plantio orgânico. Foi uma aula prática para que eles tivessem uma ideia de como é e de onde vêm as hortaliças que eles comem em casa”, ressaltou Tito. Na horta ele cultiva, com os agricultores, desde hortaliças comuns como alface, couve, coentro, rúcula, cebolinha, berinjela, pimenta de cheiro e mostarda, todas em plena produção; até experiências com alimentos exóticos ao clima Seminário do local, a exemplo do morango, do melão e do gengibre.

A horta fica situada ao lado do escritório da Companhia em Canindé e às margens da rodovia SE-230, que liga a cidade aos outros municípios do Estado. Foi essa visibilidade que fez despertar o interesse das educadoras do Colégio, conforme contou a diretora Ana Paula Cabral. “Foi a escola que procurou. A professora (Geovana Moreira) da educação infantil está dando o conteúdo da ‘utilidade das plantas’. Passando, a gente viu a horta e entramos em contato com a Cohidro. Nos informaram que a pessoa responsável era o Senhor Tito e que trabalhava sem agrotóxico, que é orgânico e achamos bem interessante a proposta”, considerou.

Presidente Felizola – Foto Ascom Cohidro

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, a atividade orgânica neste e em outros perímetros sempre atrai o interesse acadêmico. “Geralmente recebemos visitas de turmas de universitários e de estudantes técnicos, focando nas práticas agrícolas. Mas não é incomum essa versatilidade, que estes espaços oferecem para professores poderem falar da importância do trabalho do homem do Campo e da preservação do Meio Ambiente, principalmente da água, razão da nossa Empresa existir”, reconhece.

Procurando a Cohidro, o Colégio marcou a visita, sob o compromisso do técnico Tito Reis em fazer uma demonstração aos pequenos. “Os alunos ficaram bem interessados. Nosso objetivo foi mostrar na prática aos alunos o que estão aprendendo em sala na teoria. Mostrar o lado prático da questão o que se trabalha de conteúdo em sala, porque a vivência com certeza vai marcar mais do que só falando né? Na sala é só de uma forma mais imaginaria e na prática eles viram, plantaram, pegaram, foi bem legal! As pessoas podem pensar: é educação infantil, eles não vão entender… Muito pelo contrário, eles interagiram muito bem, gostaram”, avaliou Ana Paula, que passou a conhecer o espaço junto dos alunos.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que a transição à agricultura orgânica vem sendo incentivada nos perímetros administrados pela empresa pública, ligada à Secretária de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). “Sem usar o agrotóxico, o consumo dos alimentos se torna mais seguro e a convivência das famílias de agricultores e trabalhadores rurais com a lavoura, fica sem os riscos da exposição aos pesticidas. Também são preservados de contaminação os animais e a vegetação nativa, solo e água”, defende, contabilizando 24 agricultores convertidos e registrados nos seis polos irrigados.

Bio5
Formada por agricultores do Perímetro Irrigado Califórnia, o grupo tem duas produtoras integrantes de uma Organização de Controle Social (OCS), entidade registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para venda direta ao consumidor de produtos orgânicos, e outros seis agricultores interessados à conversão agroecológica, para assim terem também a autorização à comercialização desse tipo de alimento. Além de possuírem o espaço cedido pela Cohidro, para produzir e aprender, os agricultores irrigantes cooperam entre si, inclusive na realização de mutirões uns nos lotes dos outros. Na horta coletiva eles ainda geram três empregos, para trabalhadores rurais cuidarem das plantações.

Futuro prefeito de Frei Paulo vem à Cohidro

Paulo Sobral e o novo prefeito de Frei Paulo, Anderson de Zé das Canas – Foto: Ascom/Cohidro

O Diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Paulo Sobral, recebeu hoje a visita do prefeito eleito de Frei Paulo, Anderson de Zé das Canas. O Encontro ocorreu para tratativas das demandas por poços e sistemas de abastecimento de água no município, incluindo os atendidos pelo programa federal ‘Água para Todos’.

Serão dois sistemas de abastecimento de água potável, nos povoados Cachoeira e Alagadiço, assistidos pelo ‘Água para Todos’, perfurados e que aguardam ordem de instalação, para a construção da infraestrutura de bombeamento, armazenamento e distribuição.

Na ocasião, o futuro prefeito também trouxe demandas de outras comunidades que carecem serem assistidas por outros sistemas, abastecidos via água subterrânea de poços tubulares.

Movimento Camponês leva demanda de poços no sul do Estado à Cohidro

Representantes do Movimento foram recebidos pelo presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho – Foto Ascom/Cohidro

Trazendo demandas relacionadas à perfuração de poços comunitários para abastecimento humano em povoações rurais, estiveram hoje, dia 04, na Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), integrantes do Movimento Camponês Popular de Sergipe (MCP-SE). A Empresa deu sinal positivo para viabilizar, de forma gradual, os 10 sistemas de abastecimento de água requeridos para atender – neste mesmo número de comunidades – cerca de 180 famílias em Itabaianinha, Cristinápolis e Tomar do Geru.

A intenção do MCP-SE é de conseguir essas fontes de abastecimento de água nessas povoações rurais, na intenção de criar condições de permanência dessas agrofamílias no campo. Coordenador do Movimento, Ezequiel Gonçalves diz que o grupo representa comunidades rurais tradicionais, voltadas à produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, inclusive com uma própria marca de milho processado para cuscuz.

“A gente é um movimento social que organiza as famílias camponesas, essas companheiras que estão aqui são da região sul do Estado. São coordenações das comunidades que representam outras famílias. Essa demanda de poços que a gente tem aqui dentro da Cohidro é com o objetivo de conseguir esse espaço, para as comunidades. A gente tem um trabalho na produção de alimentos que são de hortaliças e beneficiamentos de cuscuz e a água – como na maioria do estado – a gente tem muita dificuldade”, relatou Ezequiel.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho recebeu os representantes da MCP-SE com entusiasmo, pelo o trabalho desenvolvido pelo grupo. “É importante valorizar e atender essas comunidades que vivem do campo, para que sejam oferecidos meios de subsistência na área rural que é de onde tiram o seu sustento. Fiquei contente em ver que a mobilização deles traz bons frutos, produtos com valor agregado para venda, que é o caso deste cuscuz. Vamos providenciar, conforme a disponibilidade das nossas equipes com as outras demandas, para atender esses poços requisitados”, disse o diretor da Companhia ligada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, adianta que já existem trabalhos das equipes da Empresa nessas localidades e que será dada a continuidade, a partir disso. ”Dois ou mais desses poços já foram locados, ou seja, nossos geólogos já foram lá determinar a localização geográfica do ponto exato para a perfuração. Vamos fazer a locação dos que faltam e fazer uma programação, apresentando uma escala de prioridade dessas e das outras demandas, para poder fazer a execução de todos os poços”, acrescentou.

Ezequiel Gonçalves expressou que ele e o grupo ficaram satisfeitos com o encontro e que após atender esta demanda, mas querem também solicitar a água para irrigação. “Junto aqui com a Cohidro, vamos fazer essa parceria. A gente tem uma pauta prioritária, que seria pra o consumo humano a princípio, e num segundo momento, para potencializar a produção. Essa prioridade que a gente apresentou aqui que são dez poços, seria para o consumo humano, cerca de 180 famílias, dez comunidades diferentes em três municípios”, reforçou.

Última atualização: 16 de outubro de 2017 10:42.