Comercialização agrícola foi tema de palestra da Cohidro no STTR de Canindé

Palestra explorou os aspéctos econômicos do Califórnia – foto acervo Edmilson Cordeiro

Na manhã da última sexta-feira, 19, a gerência do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) esteve no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Canindé de São Francisco (STTR), município do alto sertão sergipano onde está instalado o perímetro. Aos filiados da Entidade, os representantes da Empresa fizeram uma apresentação sobre a produção e comercialização dentro do polo agrícola, que só em 2015 movimentou mais de R$ 43 milhões na geração de 40 mil toneladas de alimentos.

O assunto palestrado por Edmilson Cordeiro, gerente do Califórnia, norteou os aspectos socioeconômicos e geográficos da área de atuação da Empresa. “O Sindicato nos convidou para fazer uma apresentação, sobre a produção e comercialização do Perímetro Irrigado. Achei muito importante passar as informações sobre o assunto. Falei desde o histórico, da localização, do sistema de bombeamento, da estrutura física, das culturas, da assistência técnica creditícia, do projeto que estamos concluindo sobre o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e até da importância econômica para o município e o Estado”, explicou.

Sobre o PAA, o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, esclarece que a proposta está em fase de análise junto à Conab. “São 24 irrigantes do Perímetro Califórnia que se propõe a fornecer 77 toneladas de alimentos, sob a remuneração de R$ 8 mil para cada produtor. Esse alimento será diretamente encaminhado para entidades socioassistenciais”, completa. Segundo ele, somando todos os projetos entre os ativos e os que aguardam homologação, os agricultores dos perímetros irrigados assistidos pelo Governo do Estado poderão gerar alimentos, durante um ano e doar para mais de 24 mil pessoas em situação de insegurança alimentar em 2016.

Presidente do STTR, Genivaldo Lopes disse ter procurado o responsável do perímetro da Cohidro para falar sobre a produção e comercialização no Califórnia,“de forma que mostrasse para os integrantes do Sindicato a importância da produção e como comercializar de uma boa forma”, respondeu. Ele conta ainda a forma que a Entidade atua no Perímetro, já que alguns dos seus colegas associados são assistidos pela irrigação da Companhia. “A nossa parte entra mais a credenciaria, na informação e organização dos trabalhadores”, ressalta.

Quesito fundamental para a produção agrícola sustentável, os cuidados com o meio ambiente e a conservação dos recursos hídricos foram abordados no encontro do STTR.Quem também participou foi o Técnico em Agropecuária Tito Reis.“Eu fiz uma explanação sobre a importância do uso racional da água, sua importância e o compromisso de nós como agentes públicos de preservar, priorizar, capacitar e passar os conhecimentos para a sociedade”, disse.O servidor da Cohidro é quem acompanha a produção orgânica no Perímetro Califórnia, principalmente orientando os agricultores e fazendo capacitações em cultivo agroecológico, em uma área cedida pela Empresa à Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5).

O Califórnia

A partir da captação de água direto no Rio São Francisco, o Perímetro Irrigado Califórnia dispõe de estrutura hídrica para fornecer água para 333 lotes agrícolas, entre os totalmente irrigados e os de forma parcial atendendo uma população de 1.360 beneficiados direto. São 78 km entre canais de adutoras e sete estações de bombeamento, que formam o sistema de irrigação que funciona à uma vazão de 5.600 metros cúbicos por hora. Segundo o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, o polo agrícola passa por uma fase de investimentos e recuperação de sua infraestrutura.

“Por meio do Proinveste, adquirimos 37 bombas para o Califórnia, equipamentos novos que irão substituir os antigos com quase 30 anos de uso. No Canal N1 houve recuperação dos 1.579 metros, onde eram os mais pontos críticos e isso foi possível via convênio que fizemos com a Semarh (Secretária de Estado de Meio Ambiente) que disponibilizou R$ 199 mil em recursos do Funerh (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) para a obra. Outras reformas irão ocorrer no restante dos trechos de canais e ainda promoverão a reforma da estrutura civil do perímetro, também por meio do Proinveste”, completou Felizola.

Governo reúne produtores agrícolas, prefeitos e lideranças para discutir ações emergenciais de enfrentamento à seca

Jackson Barreto apresentou os encaminhamentos que vêm sendo tomados pelo Governo do Estado no enfrentamento da seca em Sergipe / Fotos: Marcelle Cristinne/ASN

O governador Jackson Barreto reuniu agricultores, prefeitos, diretores de órgãos estaduais, deputados e federações agrícolas de Sergipe para apresentar os encaminhamentos que vêm sendo tomados pelo Governo do Estado no enfrentamento da seca e suas graves consequências. O encontro, que ocorreu nesta quinta-feira, 25, no Palácio dos Despachos, também teve o objetivo de fortalecer o diálogo com os envolvidos, para a busca de ações conjuntas.

A ideia do governador é elaborar um documento para ser levado ao Governo Federal, buscando sensibilizá-lo para ações emergenciais efetivas, em vistas da previsão de grandes perdas agrícolas para este ano. Segundo levantamento da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizado em vários municípios, somente na safra de milho a média é de mais de 90% de perda. Além disso, existe uma grande preocupação do governo também com o abastecimento de água para Aracaju e região metropolitana, em virtude da dificuldade de captação na adutora do São Francisco na cidade de Telha.

“Tomamos a iniciativa de fazer essa reunião para que os companheiros tomem ciência que há uma preocupação do governo com a seca e seus prejuízos, com os agricultores pequenos, médios e grandes que estão passando dificuldades. O governo não pode ficar incessível nesse momento e já estamos com todo o nosso pessoal da área trabalhando. Nossa preocupação é conversar com todos, porque tive uma reunião com o presidente interino Michel Temer e o ministro da Integração buscando algumas ações em função dos efeitos da seca e sobre o que o governo federal vai fazer para nos ajudar”, informou.

Jackson Barreto também lembrou aos presentes que o governo estadual já vem tomando algumas iniciativas a partir da criação, há cerca de um ano, de uma força-tarefa para o Semiárido, que envolve a Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hidricos, a Administração Estadual do Meio Ambiente e a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro.

Presenças

Também participaram da reunião o prefeito de Poço Redondo, Roberto Araújo; vice-governador Belivaldo Chagas; o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza; o chefe da Defesa Civil, Cel. Mendes; o presidente da Cohidro, Carlos Felizola; o deputado estadual, Jeferson Andrade e o metereologista Overlan Amaral. E ainda o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Sergipe (Fetase), Antônio Oliveira; Gileno do MST, Haroldo do MPA, o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Sergipe, Denio Leite e o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – Faese, Ivan Apóstolo.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Oficina de Fitoterapia acontecerá no perímetro da Cohidro em Lagarto

Folha-de-Guaco,-utilizada-para-combater-a-tosse-da-gripe – Foto: Ascom/Cohidro

Lambedor de Guaco para combater a tosse da gripe; tinturas, óleos e shampoos com plantas curativas; sabão medicinal para Escabiose e sabonetes de Erva Doce; pomada de Arnica para dores e contusões. Estes são alguns dos produtos que a I Oficina de Fitoterapia e Práticas Integrativas e Populares de Cuidado propõe ensinar a teoria e a prática de feição, em duas terças-feiras de curso, nos dias 30 de agosto e 6 de setembro, na Farmácia Viva de plantas medicinais do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), no município de Lagarto.

A capacitação é voltada para agentes públicos de saúde, líderes comunitários, estudantes e pessoas ambientadas às práticas de medicina alternativa por meio do uso de plantas medicinais. A organização é iniciativa da gerência do Perímetro Piauí, da Associação de Moradores “Maria José dos Santos” do Povoado Brejo e do Movimento Popular de Saúde Sergipe (Mops). Segundo o Técnico Agrícola da Cohidro, Marcos Emílio Almeida, as vagas são limitadas e a distribuição dará preferência à comunidade abrangida pelo polo de irrigação.

“As inscrições estão sendo feitas no site da Cohidro e são abertas para qualquer pessoa, mas ao menos metade das 25 vagas estarão sendo destinadas as pessoas que residem e trabalham nos povoados Moita Redonda, Fazenda Grande, Brejo e adjacências. O restante das vagas será destinado aos demais inscritos”, explicou Marcos Emílio, informando que os interessados poderão se inscrever até a véspera, 29 de agosto, o que pode ser feito clicando aqui.

Rosimeire Barbosa, mais conhecida como Meirinha, é Coordenadora do Curso de Extensão em Farmácia no Campus de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ela é responsável pelo horto de plantas medicinais criados pelo convênio entre a Cohidro e a Instituição de Ensino e vai ministrar a Oficina. Além da transmissão do conhecimento para lidar com as ervas medicinais, a intenção dela com a capacitação é envolver mais pessoas da comunidade em que ela também vive, o Povoado Brejo e redondezas, nas práticas integrativas.

“A partir destas duas terças-feiras, vamos criar um grupo de estudos e pesquisas com as mulheres deste Perímetro, o que é até mesmo uma forma de geração de renda”, explicou Meirinha. Segundo ela, embora sejam dois dias de atividades, cada um deles terá atividades diferentes um do outro. “Serão dois dias a oficina e vamos emitir certificado, para quem participar dos dois dias”, complementou, lembrando que se trata de uma realização que conta com o apoio da própria UFS, da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Ministério da Saúde.

Farmácia Viva
Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, a Farmácia Viva foi criada para desenvolver o hábito da cura pelas plantas no Perímetro Piauí. “A Empresa contribuiu doando o espaço, insumos, materiais de construção e diariamente fornece água de irrigação, além da atenção dada pelos nossos técnicos agrícolas. Ali os agricultores irrigantes participam, procurando espécies medicinais que poderão plantar em seus lotes, mas os próprios produtores levam também as plantas que eles conhecem, para enriquecer a coleção de plantas, contribuindo com os estudos e disseminação deste conhecimento popular, que assim permanece vivo”, avaliou.

João Quintiliano da Fonseca Neto, diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, esclarece que “como já é constante a visitação de estudantes nos lotes, em nossa Estação Meteorológica e nas estações de Bombeamento, acaba que este é mais um espaço, dentro do Perímetro Piauí, que contribui com o conhecimento acadêmico. Os estudantes desses cursos complementares e universitários da UFS usam desse acervo de plantas para estudo e realização de pesquisas”, concluiu.

Cohidro recebe mais de R$ 11 milhões em investimentos e melhora vida dos produtores sergipanos

Implementados pelo Governo do Estado, projetos Califórnia, Jabiberi e Piauí, em Canindé, Tobias e Lagarto, respectivamente, recebem recursos do Proinveste para alavancar produção e oferecer qualidade de vida ao sergipano/ Fotos: Victor Ribeiro/ASN

No extremo oeste, Alto Sertão sergipano, município de Canindé do São Francisco, produtores rurais ganham representatividade e se desenvolvem econômica e socialmente por meio da plantação de frutas e hortaliças. Em outra ponta do estado, no Centro Sul, pequenos pecuaristas produzem milhares de litros de leite em Tobias Barreto e cultivam produtos diversos em Lagarto, muitas vezes de forma orgânica [sem uso de agrotóxicos]. Tudo isso é possível por conta dos perímetros irrigados Califórnia, Jabiberi e Piauí, respectivamente. As iniciativas foram implementadas pelo Governo do Estado e são administradas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que recebeu R$ 11 milhões do Proinveste para investimento nos perímetros, aquisição de novos equipamentos que irão auxiliar nos trabalhos de perfuração de poços, além de limpeza e manutenção de barragens e ações de infraestrutura da empresa. Com quase 30 anos de funcionamento, os perímetros recebem R$ 7 milhões para fomentar a produção sergipana e oferecer qualidade de vida ao sergipano.

A água é a alavanca que sustenta os perímetros. Por meio da irrigação, produtores como João Aureliano da Silva, do Califórnia, mudaram a perspectiva de vida. “Meu braço forte é o Estado, que nos traz a água. Antes da implementação do perímetro, era sofrido. Tínhamos que pegar água dos caminhões e de barragem e o trabalho era grande. Nem trator existia. Então nós usávamos arado de boi e na roça você via queimadas. Não havia outras soluções. Depois que o Califórnia começou foi uma maravilha. Nossa renda melhorou e quem sabe controlar o que ganha, não fica sem pão. A diferença do que eu recebia antes e agora é muito grande”, conta Aureliano, que também é o presidente da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai).

Para o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, o investimento do Estado em irrigação movimenta a economia dos municípios do interior e garante renda para os pequenos produtores sergipanos. “Investir na reestruturação da irrigação pública do Estado é cada vez mais contribuir com um saldo econômico mais positivo. Essa agricultura familiar, que atendemos nos perímetros, gera de riqueza R$ 112 milhões ao ano e pode passar a produzir ainda mais, com o incremento nas instalações e equipamentos, que resultará em melhoria no fornecimento de água”.

Em Sergipe, são 14 mil pessoas beneficiadas diretamente com irrigação. Só no ano passado, foram produzidos 119 mil toneladas de alimentos. Desse total, mais de 40.419 toneladas foram no projeto Califórnia, em Canindé de São Francisco. São 1.360 produtores que trabalham em 333 lotes, 2.788 hectares de área atendida com a irrigação que geram R$ 5 milhões mensais de renda para os trabalhadores rurais, dinheiro injetado na economia do município. O projeto atualmente atende a seis mil pessoas diretas e quatro mil indiretas. Dentre as culturas encontradas na localidade, estão as de goiaba, acerola, manga, maracujá, macaxeira, feijão de corda, milho, tomate, pimentão, alface, coentro, cebolinha e rúcula e hortaliças em geral.

De acordo com o gerente do Califórnia, Edmilson Cordeiro, o perímetro é responsável por gerar 35% da arrecadação do município. A movimentação econômica também foi comentada por Felizola, que destaca que o projeto proporciona geração de riqueza para a população carente. “Costumamos dizer que Canindé é outro município depois da instalação do Califórnia, pois a usina hidroelétrica gera muito dinheiro para poucos e o perímetro gera muita riqueza para a população de baixa renda. O Califórnia movimenta a economia local em termos de venda de insumos agrícolas, mercadorias e transporte de produtos. E o que a gente quer fazer é agregar valor a esses alimentos, de modo que, estamos incentivando a criação de um centro de distribuição no município, que depois tentaremos levar para outros locais”, afirmou o presidente da Cohidro.

O projeto Califórnia recebe investimento de R$ 4 milhões. O Governo do Estado promove reforma do prédio onde funciona a sede do perímetro, melhorias nos sete quilômetros de canais, sendo que os dois quilômetros mais críticos já estão praticamente concluídos, e destina 37 novas bombas apenas para a localidade. As intervenções pretendem regularizar a capacidade de fornecer água à agricultura e até ampliar a quantidade de terra irrigada, fazendo, por tabela, com que a produção e renda aumentem.

“O Califórnia ofereceu bastante qualidade de vida. Se não houvesse essa iniciativa, o produtor não estaria mais aqui, pois procuraria outra região para trabalhar. Aconteceria que não ia caber tanta gente na cidade, que tem em torno de 28.000 habitantes. Estou aqui desde quando fundaram o projeto e acompanho todo o desenvolvimento desses agricultores. Antes eles andavam em cima de um jegue. Hoje é uma moto, um carro. A qualidade de vida da família melhorou bastante. Por meio dessa assistência técnica, eles já aprenderam bastante a plantar, produzir e a colher em cima do sistema de irrigação. A equipe técnica da Cohidro desenvolve palestras, seminários, cursos e promove visitas individuais”, comenta o gerente do perímetro.

Para aumentar o nível de competitividade dos agricultores irrigantes, o Estado, por meio da Cohidro, firmou parceria com a Embrapa para implementar campos experimentais na região do Califórnia. O resultado desse trabalho é a produção de uva de mesa no sertão de Sergipe, trazendo a tecnologia que já é destaque em Petrolina, Pernambuco. Os produtores entram com a mão de obra e a terra e são acompanhados diretamente pela Instituição Federal. Eles vão lucrar com o parreiral e se transformar em multiplicadores das técnicas empregadas aos outros irrigantes.

Canindé também é destaque no perímetro pela preocupação com a agricultura orgânica. A Cohidro acompanha um grupo de produtores no processo de conversão agroecológica e na regularização deles em entidades junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para essa produção, a empresa cedeu um lote à Associação de Produtores Orgânicos. Além de atividades de instrução realizadas pelos técnicos agrícolas, os alimentos orgânicos gerados estão sendo vendidos nas feiras semanais e no próprio local, que virou ponto de visitação.

E não só os orgânicos são destinados às feiras livres. Cidades de Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco, além de escolas de municípios diversos, recebem alimentos produzidos no local. Outro modo de venda de alimentos é apor meio da parceria com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que compra a produção para que seja repassada para instituições beneficentes doarem a pessoas em situação de insegurança alimentar ou no preparo de refeições. A proposta do perímetro de Canindé é fornecer 87 toneladas de alimentos.

Lagarto

O perímetro Piauí, em Lagarto, gerou, apenas no ano passado, 8.868 toneladas de alimentos, sendo 1.595 de tomate, 1.400 de mandioca e 1.116 de quiabo. Em valores atualizados pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), foram gerados R$ 15 milhões com a comercialização dessa produção agrícola, que favoreceu em renda 3.515 pessoas diretamente beneficiadas.
Do Proinveste, o perímetro em Lagarto recebe R$ 762.400. Dentre os investimentos previstos para a localidade, há oito novas moto-bombas, equipamento composto de motor elétrico de 75CV e bomba centrífuga, que vão reequipar a Estação de Bombeamento (EB) 02, substituindo os aparelhos antigos, investimento de R$ 189.900. Todas as tubulações que vão servir estas máquinas já foram reformadas por outra demanda atendida pelo Proinveste.

Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida, o perímetro atende a quase 400 produtores e são desenvolvidas 28 culturas, como batata, repolho, couve, pimenta, milho verde, amendoim, batata doce, alface, maçã, macaxeira, pimentão e maracujá. O projeto também incentiva a agricultura orgânica. Uma das pessoas que investe nisso é João Pacheco, que conta que já trabalhou por um tempo com agrotóxicos. “Parei porque não me fazia bem. Então fui atrás da produção orgânica e tenho de tudo um pouco. Além de vender aqui do lado da minha casa, também comercializo na feira em Lagarto. Se não fosse a ajuda do Estado, não estaria aqui”.

O Piauí, assim como o Califórnia, também destina a produção para feiras livres e mantém parceria com o PAA. A Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP) já entregou neste ano 84 toneladas de sua produção agrícola, gerada pela irrigação pública do Governo do Estado, a seis entidades socioassistenciais do município, que juntas atendem a 6.860 pessoas. Foram cinco entregas quinzenais desde abril e a APPIP vai continuar a entregar por mais nove meses, atingindo, ao final, total de 296 toneladas de alimentos doados.

“Para nós, a ajuda do perímetro é uma grandeza, pois além do governo estar contribuindo através do sistema de irrigação, temos a ajuda dos técnicos. Com isso começamos a produzir e há enriquecimento para a comunidade. Essa é uma forma de manter o homem no campo, que é a nossa preocupação. Vemos o desemprego no dia a dia e essa parceria com o governo faz com que o homem tenha segurança e não vá para a cidade”, destaca o presidente da APPIP, Antônio Amorim.

Tobias Barreto

Em Tobias Barreto, ao contrário dos outros dois projetos, o foco é a pecuária. Dos 74 lotes, 45 são para produção de leite. O destaque para o perímetro Jabiberi é que, por meio de associação criada pelos produtores, foi construído um laticínio que está em processo de legalização. O espaço adquire todo o leite do perímetro e processa, em média, entre dois e cinco mil litros por dia. A iniciativa foi possível porque o perímetro adotou o projeto ‘Balde Cheio’, que consiste na divisão dos lotes em piquetes menores, onde o gado pasta por um período e depois é manejado para outro, no qual o capim está maior. Enquanto as vacas se alimentam em um dos cercados, os outros estão recebendo água através da irrigação e adubação para novamente crescer e, no futuro, depois desse período de descanso e recuperação, a área recebe novamente os animais.

Segundo o gerente do Jabiberi, José Reis Coelho, a produção de leite no perímetro em 2015 chegou a 3.679 litros/dia e 1.342.795 litros durante o ano. Em 2009, ano de início do ‘Balde Cheio’, eram 1.087 l/d e 396.755 l/a, respectivamente. Levando em consideração o preço médio atual do leite de R$ 1, ele conta que o perímetro consegue gerar mais de R$ 1,5 milhão em recursos. O produtor modelo da região é Pedro Vidal. Ele começou com 600 litros/mês e chegou a 6.500 l/mês, uma evolução alcançada em apenas dois anos. “A mudança em minha vida foi grande. Antes trabalhava em uma fazenda como empregado. Então fiquei sabendo do projeto ‘Balde Cheio’, acreditei e quis participar. A renda de casa melhorou quase 100%. Deixei de ser empregado para ter meu próprio canto com os animais, e gosto demais de trabalhar com isso”, conta Pedro.

O Governo do Estado investe em modernização no perímetro de Tobias Barreto, a exemplo de iniciativas como implementação de cercas elétricas. Além disso, o diretor-presidente da Cohidro comenta que a intenção é promover mais ações. “Temos muitos investimentos em infraestrutura para fazer em Tobias. Além da limpeza da barragem e perfuração de poços, colocaremos novas tomadas para a água chegar com melhor qualidade e rapidez no lote do produtor. Tem também a questão do calçamento, que está em fase de licitação e perto de ser concluída”, resume. O gerente do Jabiberi complementa que, além disso, haverá a implantação do projeto Dom Távora para construção de 74 reservatórios para cada um dos produtores, atingindo cerca de R$ 700 mil. No total, o perímetro tem R$ 1,2 milhão destinado pelo Proinveste.

Por meio desses investimentos, não só a comunidade do Jabiberi, como a região se desenvolve, de acordo com José Reis Coelho. Ele destaca que, de forma direta ou indireta, todos se beneficiam, seja com a contratação de mão de obra da circunvizinhança, ou na compra do leite produzido no perímetro, que é de qualidade.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Perímetro Jacarecida I da Cohidro é líder na produção de Batata-doce

A Roxa-branca é das variedades mais comuns no Jacarecica I

De janeiro até maio, tem produtor colhendo Batata-doce no Jacarecica I, que é o perímetro irrigado que mais produz dentre os administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Em 2015, foram quase quatro mil toneladas (ton) do alimento, ocupando 198 hectares (ha) dos 251 da área total irrigada. Localizado no município de Itabaiana, no Pólo Irrigado os agricultores agora se aproveitam da alta no preço para produzir mais o tubérculo, incrementando os tratos culturais e atingindo produtividades de até 34ton/ha.

Os tratos culturais da Batata-doce são mais simples do que em outras culturas e a ausência de doenças, que prejudiquem seu desenvolvimento, facilitam ainda mais o manejo do produto. Esses fatores incidem na redução do custo de produção, incluindo o de mão de obra, o que incentiva a preferencia de praticamente todos os 126 agricultores irrigantes do Jacarecica I pelo cultivo. Luiz Joaquim de Oliveira é um deles. Nascido na região, há 30 anos trabalha no seu lote de 2ha no Perímetro, onde cultiva as variedades Roxa-branca, a Branca e a Paulistinha.

“É uma plantação isenta de pragas e doenças, o preço que agora está em alta e ela não é exigente em mão de obra, como em outras cultas. Nos tratos culturais, duas pessoas dão conta de minha área, só contrato mais quando é para a colheita. Não tem que pelejar com tóxico, como em outras culturas e isso ninguém quer mais fazer não”, justificou Luiz Joaquim. Sua plantação do tubérculo constantemente ocupa 1ha do seu lote. Quanto não está plantada a Batata-doce, tem Coentro, outra das preferências do Jacarecica I, Milho ou quiabo, todas como cultura de rotação.

Gerente do Perímetro, Osvaldo Nunez da Cruz considera Joaquim de Oliveira um dos mais bem-sucedidos produtores da Batata-doce no Jacarecica I. “Ele colhe entre 50 e 60 sacos, o que equivale a 2ton porcada tira de 0,08ha, alcançando uma produtividade de 24ton/ha. Ele, como os demais produtores, tanto escolheram essa planta pela maior facilidade para cultivar, mas também pelo mercado promissor. Tem bastante procura pelos feirantes e intermediários que chegam a pagar para o agricultor o preço de R$ 1,25 por quilo do produto”, considerou.

Alta produtividade

No lote do produtor irrigante José Benício de Mendonça são 1,5ha dedicados à Batata-doce, a produtividade da variedade Roxa-branca atingiu um patamar considerado acima da média, com a marca de 34ton/ha. Para o Técnico em Agropecuária da Cohidro, José Givaldo Oliveira, este resultado não poderia vir em momento melhor para o agricultor. Para ele, responsável pela assistência técnica nesta área do Jacarecia I, o momento é propício com a melhora no valor de venda e isso anima, aumenta a dedicação de quem cultiva a Batata-doce.

“O resultado da produção de José Benício superou as expectativas da região. O ótimo preço da Batata-doce no comércio faz com que as áreas dedicadas para o produto aumentem e os produtores passem a investir mais em insumos de melhor qualidade, com melhor adubação, melhores equipamentos de irrigação e mão de obra mais constante e qualificada”, comemorou o técnico José Givaldo. Ele explica ainda que as variedades mais comuns são a Roxa-branca e a Branca, justamente pela produtividade e pela precocidade, propiciando a colheita em três meses depois de plantada.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, acompanha o cultivo da Batata-doce e informa que outros perímetros irrigados da Companhia como a Ribeira em Itabaiana, o Jacarecica II, em Malhador e Riachuelo e ainda o Piauí, em Lagarto, são grandes produtores do tubérculo e só têm aumentando sua produção, motivados pelo bom preço e oferta da irrigação. “É um produto considerado altamente nutritivo e podendo ser alimento para todo tipo de pessoa. É fonte de energia, minerais e vitaminas, por isso ultimamente está sendo muito requerido nas dietas para perda de peso e para quem frequenta academias de ginástica”, disse.

Batata-doce Ourinho

Catalogada por pesquisadores como uma variedade legitimamente sergipana, a Barata-doce Ourinho ocupa um patamar de destaque e é considerada de qualidade superior em comparação aos outros tipos cultivados. A Ourinho é preferida para aplicação em receitas culinárias em diversas partes do Brasil e até internacionais, devido sua coloração mais amarelada que as demais. Mas por ser de colheita mais tardia, quatro meses, ela acaba por ser preterida pelos agricultores. O que não é o caso do agricultor irrigante do Jacarecica I, José Hunaldo Oliveira de Goes, que na colheita, feita neste início do ano, teve boa rentabilidade com a cultivar.

Para o técnico José Givaldo a produção da Ourinho, por não ser comercial na região, superou as expectativas de produção na área de José Hunaldo. “Com um produto de ótima qualidade, o resultado foi ótimo para o Produtor, ainda mais com o ótimo preço praticado na hora de vender esta variedade. A produtividade de 25ton/ha, teve fruto no fato do Agricultor seguir corretamente as orientações técnicas, assim como adubação, manejo de irrigação e tratos culturais”, revelou o Servidor da Cohidro.

Diretor de irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto explica que foram colhidas, ato todo, 9.108 quilos de Batata-doce nos perímetros da Companhia em 2015. “As maiores produtividades do tubérculo são encontradas aonde existe irrigação e por isso é um dos cultivos mais escolhidos para utilizar da irrigação oferecida pelo Governo de Estado. Pela facilidade de plantio, pela reduzida utilização de insumos comerciais e de mão de obra, se torna um ótimo investimento, de baixo custo e de retorno rápido para o irrigante”, concluiu.

Servidores da Cohidro participam de palestras e exames de saúde

As palestras foram focadas na conscientização em saúde sobre os males do Tabagismo e do Alcoolismo

Na última segunda-feira, 15, foram oferecidas aos funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe, (Cohidro), palestras focadas na conscientização em saúde sobre os males do Tabagismo e do Alcoolismo. Além disso, uma equipe com técnicas de enfermagem atendeu aos servidores, fazendo exames para identificar o nível de glicemia no sangue e a aferição da pressão arterial. Respectivamente, as atividades foram desenvolvidas pelas secretarias de saúde do Estado (SES) e Municipal de Aracaju (SMS).

A iniciativa partiu da Gerência de Recursos Humanos (Gerhu) da Cohidro, através dos departamentos de Desenvolvimento Humano (Didhu) e Segurança no Trabalho (Dissa). Contribuiu para a realização Simone Melo, estagiaria de enfermagem da Associação de Servidores da Cohidro (ASC), convidando na SES e SMS, todas as equipes para a realização dessas atividades aos funcionários.

A primeira palestra foi sobre o Tabagismo, realizada pela enfermeira Lívia Angélica, representante da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde da SES. Ela trabalha há 12 anos com a prevenção dos males ligados ao hábito de fumar e falou sobre a importância da prevenção de doenças e causadas pelo fumo e como essas atividades de conscientização podem ajudar nisso.

“O principal objetivo com essas palestras, para os Órgãos Públicos, é que você multiplica a informação, que pode trazer boas mudanças do seu comportamento. Multiplicar isso no momento oportuno, por que a informação é sempre bom, você vai usar na hora que você precisa. O paciente consciente, ele pensa a respeito do contexto de um indivíduo como o todo e qualquer pessoa que sabe o que é prejudicial, às coisas que são danosas, agora podem fazer a escolha certa”, ressalta Lívia Angélica.

No segundo momento o palestrante Nilson Silva, da Coordenação de Doenças Mentais da SES, fala sobre o alcoolismo e as situações que podem ser causadas através do consumo do álcool. “A bebida, tem mais situações dramáticas do que cômicas. A gente vê acidentes de carro, situações de riscos, que causa sofrimento para a família toda, por causa da relação com o álcool”. Nilson relata que o álcool é um tipo de droga licita, a substância pode causar dano para o organismo e a informação sobre o tema serve para que as pessoas reflitam sobre o tipo de benefício ou malefício pode ser produzido no comportamento, depois de consumir.

O diretor Administrativo Financeiro da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima, incentivou a ação das gerências de recursos humanos, que optaram por trazer especialistas à Empresa para falar de saúde. “Eles têm que tratar da parte boa da relação entre empresa e funcionário, que são os rendimentos, os benefícios e gozo de férias, mas precisam provocar este servidor, o material humano da Companhia, às questões que implicam tanto na qualidade do serviço prestado por eles, quanto na qualidade de vida que eles levam. Empresa boa de trabalhar não é a que paga melhor, é aquela onde se vive bem para aproveitar dos rendimentos, fruto desse trabalho”, concluiu.

Na mesma linha, o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, defende a realização de eventos internos com foco nos servidores. “Assim como são boas as festas e confraternizações, as palestras de conscientização e cursos de aperfeiçoamento precisam fazer parte do cotidiano do funcionário. É importante que a Empresa se atente em como está indo a saúde dos seus colaboradores, pois se ele adoece, é também uma parte certamente fundamental desta Companhia que cai enferma, deixando a população carente do atendimento que aquele posto de trabalho garantiria. E nosso foco é esse, não tenha dúvida”, considera.

Posto médico

Simone Melo acredita que o objetivo maior do evento é a prevenção e escolheu temas relacionados com as necessidades dos servidores. “Toda empresa trabalha com a prevenção, por isso aderi à ideia das palestras aqui na Cohidro, que tem um índice de funcionários hipertensos e com a glicemia alta. E o outro ponto é sobre o alcoolismo e tabagismo, que existem funcionários que necessitam da informação para a prevenção”, afirma.

A Estagiaria justifica que essa informação relacionada a condição de saúde dos servidores vem do posto médico mantido pela ASC e que funciona na Cohidro, composto por um médico Clínico Geral, Cirurgiã Dentista, uma Técnica de Enfermagem e também ela, como estagiaria da Enfermagem. “Aqui nós temos um controle, existe um monitoramento, tudo organizado para fazer os acompanhamentos dos funcionários dia a dia”, disse Simone. Ela estuda a realização de eventos futuros com novos temas, todos voltados à prevenção, para que os servidores ganhem conhecimento com as informações sobre saúde.

Glicemia e pressão arterial

Também esteve presente nessa iniciativa Mariana Aragão, representante da SMS que conta como é participação da Secretária nesses eventos. “Na verdade, nós nos sentimos lisonjeadas por estas instituições nos chamarem para esses locais porque, de alguma forma, nós estamos levando a promoção e a prevenção à saúde para os trabalhadores. Hoje aqui a gente está medindo a pressão arterial e a glicemia e quando a gente vê que deu alguma alteração, encaminhamos ao posto daqui da Cohidro”, explicou.

Para Genivalda Silveira, coordenadora da Didhu da Cohidro, o evento é importante para mostrar o conhecimento e atentar o público para os cuidados pessoais. “Precisamos cuidar da nossa saúde, para prolongar o nosso tempo de vida. A intenção da palestra é de que as pessoas venham, escutem as informações e observem onde precisam melhorar. Pretendemos colocar esse tipo de projeto para frente e incluir a área de Saúde e Segurança no Trabalho”, complementou.

Governo de Sergipe coordena evento nacional de acompanhamento do Programa Água Doce

Iniciativa visa à implantação e recuperação de dessalinizadores para garantia do fornecimento de água de qualidade para um quarto da população rural do semiárido | Foto: Ascom/Semarh

A cidade de Aracaju sediará entre os dias 23 e 25 de agosto a II Reunião de Acompanhamento da Execução do Programa Água Doce (PAD) e o Curso de Capacitação Técnica nos Componentes do Programa. A solenidade acontecerá no Hotel Mercure sob a coordenação do Governo de Sergipe e reunirá secretários de Estado e coordenadores estaduais.

Segundo a programação do evento, no primeiro dia haverá apresentações do curso e do Sistema Informação do Programa Água Doce, orientações técnicas e encaminhamentos para atualização do Documento Base. O coordenador nacional do Programa, Renato Saraiva Ferreira e o hidrogeólogo consultor do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Martins, estarão presentes na abertura do evento.

Água Doce

Iniciativa visa à implantação e recuperação de dessalinizadores para garantia do fornecimento de água de qualidade para um quarto da população rural do semiárido | Foto: Ascom/Semarh

O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil, tendo o compromisso de garantir o uso sustentável dos recursos hídricos, promovendo a convivência com o semiárido a partir da sustentabilidade ambiental e social beneficiando cerca de 100 mil pessoas em 154 localidades do Nordeste.

Alguns municípios e comunidades a serem atendidos na primeira fase do convênio são Monte Alegre: Lagoa do Roçado; Nossa Senhora da Glória: Periquito, Assentamento Fortaleza, Aningas, Retiro II; Poço Verde: Cova da Índia, Saco do Camisa e Ponta da Serra. A escolha dessas comunidades se deu a partir de critérios determinados pelo Programa, como IDH, número de famílias (mínimo de 100) e aglomeração mínima. Uma equipe multidisciplinar que agrega diversas instituições parceiras, como órgãos do Governo (Semarh, Seagri, Emdagro, Pronese, Cohidro, Defesa Civil, Vigilância Sanitária, Deso, Adema), DNOCS, Codevasf, Embrapa, Universidade Federal de Sergipe (UFS), ASA e Incra forma um núcleo soberano na tomada de decisões e de todas as ações do PAD.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

 

Cohidro e Codevasf ajustam continuidade de parcerias em Canindé

Foto Ascom-Cohidro

Em uma primeira visita, após assumir como superintendência Estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) em Sergipe, César Mandarino esteve na manhã desta terça-feira, 9, na sede da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Junto do presidente da Estatal Sergipana, José Carlos Felizola Filho e diretores executivos, definiram acordos para operacionalização da Estação de Bombeamento (EB) 100 em Canindé de São Francisco, de uso compartilhado entre as duas as Empresas.

Após ser captada no Rio São Francisco, a água para irrigação dos perímetros irrigados Califórnia, administrado pela Cohidro e Jacar-Curituba, administrado pela Codevasf, passam pela EB-100, onde as bombas de cada Companhia fazem chegar irrigação em seus devidos polos agrícolas, através de EBs secundárias e terciárias.

“O trabalho de operação e manutenção dos equipamentos, além dos custos extras destes serviços e o custeio do consumo com eletricidade desta estação principal, compartilhada, vinha sendo todo arcado pela Empresa Estatal Sergipana. Diante do atual aspecto financeiro, de contenção de gastos, em que o Governo do Estado se encontra, criou-se a necessidade de ser revista esta incumbência, já que se trata de um projeto de irrigação administrado pelo Governo Federal, através da Codevasf, que fornecem água para área de reforma agrária conduzida pela Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra).

Na reunião, os gestores concluiram que irão buscar, em Brasília, definir se ficará sob responsabilidade da Codevasf ou do Incra a função de custear a parte que cabe ao Jacaré-Curituba no consumo com eletricidade da EB-100. Assim como, também do Distrito Federal, ambas as Companhias irão fazer um esforço conjunto para conquistar custeio para a recuperação destes equipamentos desta instalação, que na parte que cabe ao Califórnia, são 29 anos de uso sem sofrer uma intervenção para substituição de equipamentos.

“Diante dos inúmeros esforços, que toda máquina administrativa do Governo do Estado vem fazendo para cortar gastos, não é mais possível da Cohidro custear totalmente as tarifas elétricas da EB-100, custo que deveria ser dividido. Por mais que seja reconhecido por nós, o fim social do Jacaré-Curituba, a Empresa tem pesada carga com o compromisso do consumo elétrico de todas sete EBs do Califórnia de dos outros três dos nossos perímetros, com mais cinco EBs”, ponderou o presidente Felizola que na reunião estava acompanhado dos seus diretores Administrativo e Financeiro, Jorge Kleber Soares Lima e de Irrigação e Desenvolvimento Agrário, João Quintiliano da Fonseca Neto.

Governo de Sergipe adquire 45 bombas de irrigação pelo Proinveste

Novas bombas chegaram à Cohidro no final da última semana – Foto Ascom-Cohidro

Sexta-feira, 5, foram desembarcadas, no pátio da Companhia de Desenvolvimento de recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), 37 bombas novas, adquiridas com recursos do Proinveste do Governo do Estado de Sergipe e que irão equipar os perímetros irrigados Piauí, em Lagarto e Califórnia, em Canindé de São Francisco. O investimento total de R$ 507.900, para aquisição de 45 destes equipamentos, integra as ações de recuperação dos polos de irrigação pública, trazendo melhora no sustento de 4.875 pessoas no campo.

Para Lagarto são oito moto-bombas, equipamento composto de motor elétrico de 75CV e bomba centrífuga, que vão reequipar a Estação de Bombeamento (EB) 02, substituindo os equipamentos antigos, investimento de R$ 189.900. Todas as tubulações que vão servir estas máquinas já foram reformadas por outra demanda atendida pelo Proinveste no Perímetro Irrigado Piauí. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola, João Quintiliano da Fonseca Neto, as aquisições vêm em boa hora e darão mais suporte à irrigação.

“Com a chegada desses equipamentos a irrigação nos lotes dos produtores irá melhorar o fornecimento de água, podendo até aumentar a oferta. Um detalhe importante é que essas bombas antigas, agora substituídas, ficarão no Perímetro Piauí dando suporte em caso de falha de alguma das novas. Assim, o risco de interrupção no fornecimento de irrigação vai ser menor e com períodos de paradas técnicas muito curtos, pois haverá equipamentos sobressalentes, o que não tínhamos, até hoje”, Avaliou João Fonseca.

As duas EBs do Piauí suplantam 41 km de adutoras a uma vazão de 2.960 m³/h, para atender uma área irrigada de 703 ha, subdividida em 421 lotes agrícolas. Em 2015, a irrigação pública fornecida a esses agricultores familiares gerou 8.868 toneladas de alimentos, 1.595 só de tomate,1.400 de mandioca e 1.116 de quiabo. Em valores atualizados pelo IGP-M, está estimado em R$ 15 milhões o valor para a comercialização desta produção agrícola obtida no perímetro irrigado no ano anterior, o que favoreceu em renda as 3.515 pessoas diretamente beneficiadas.

O diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, considera que as melhorias tendem a superar os números anteriores de produção. “A soma da produção do próximo ano, que em todo exercício estarão as novas bombas em funcionamento, vão mostrar certamente um aumento na produção. Vai haver mais água chegando nos lotes e com menos tempo de paradas. Hoje temos equipamentos com quase 30 anos de uso e com os novos tudo muda, até o custo de operação diminui, pois são equipamentos modernos e de consumo elétrico reduzido. Isso tudo, no fim, repercute em economia para o Governo do Estado manter o Perímetro Piauí e mais renda para o agricultor, conclui.

Califórnia

No Califórnia, em Canindé, serão 37 novas bombas centrífugas, para serem empregadas nas EBs secundária (02) e terciárias (03 até 07). Destas, já 34 foram entregues, se somadas as cinco que chegaram em junho. Diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral informa que está previsto receber do fabricante as três bombas restantes ainda em agosto e assim fazer a instalação. Ele também explica que este é somente um dos investimentos da Empresa no Perímetro Irrigado.

“A instalação será feita pelos técnicos da Cohidro, de forma gradativa, pois sempre é seguida de testes de desempenho em cada uma das bombas. Nosso planejamento é de iniciar este serviço na próxima semana. Depois disso ainda está previsto, também pelo Proinveste, a reforma predial das EBs”, relatou Paulo Sobral. Sobre os canais trapezoidais (CTs) que servem de água essas estações, ele avisa que já começaram as reformas. “No Canal N1 (CTs 2, 3 e 4) está terminando a recuperação dos pontos críticos. Obras custeadas pelo Funerh (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), via convênio com a Semarh (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos)”.

Segundo o presidente Felizola, as obras para recuperação estrutural dos demais trechos dos CTs estão já licitadas por recursos do Proinveste e começam em breve. Ele informa que o CT-01, que hoje é margeado pelo centro comercial de Canindé, será totalmente coberto por concreto, para evitar os danos pela circulação de pessoas e animais e a poluição urbana. “O Perímetro Califórnia está sendo praticamente reinaugurado com tamanho investimento. Só nele serão R$ 4 milhões para as reformas estruturais, fora as 37 bombas que custaram R$ 318 mil. Tudo dos recursos advindos deste financiamento que o Governo fez com a União e que repassou à Cohidro o montante total de R$ 11 milhões”, complementou.

No Califórnia são sete EBs mantendo uma vazão total de 5.600 m³/h de água circulando por 78 km de adutoras e CTs até chegar aos 333 lotes, entre os totalmente irrigados (1.360 ha) e os que possuem um ponto de acesso para irrigação parcial (1.830 há). Embora esteja localizado na zona climática do Semiárido, com a água do Rio São Francisco o Perímetro é o mais produtivo dentre os que a Cohidro administra e dá assistência técnica. Foram colhidas 40.419 toneladas de alimentos em 2015, 15.560 só de quiabo, 9.400 de goiaba e 7.100 de macaxeira. Essa última produção anual valeria hoje (pelo IGP-M) cerca de R$ 46 milhões, distribuídos em forma de renda para as 1.360 pessoas assistidas diretamente no polo agrícola.

Última atualização: 16 de outubro de 2017 11:03.